Braço de Ferro

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Crixus Conahan

- Bem-vindo de volta rapaz. – Disse com um sorriso nos lábios. Os meus companheiros aplaudiram logo após me verem em ação. Salvando um rapaz de 35 anos, que perdeu os batimentos cardíacos durante uma cirurgia torácica.

Minhas luvas descartáveis estavam cobertas pelo sangue do homem, que não fazia ideia de que poderia não ter saído desta sala.

- O nosso Conahan voltou. – Ouvi Look, um de meus velhos amigos, que eu mantinha pouco contato, depois do que aconteceu com Ava. Era engraçado seu sotaque texano.

Jhen se pendurou em meu pescoço, me dando beijos na bochecha.

A semana se foi mais rápido que o papa léguas em plena fuga, já era sexta-feira.

Eu e Selenia nos tornamos algo como parceiros. Tirando o fato de que eu a tinha em minha cama noite sim, noite não.

Eu gostava de como estávamos indo.

Sem compromisso, sem cobranças, sem ciúmes... Pelo menos da parte dela.

Metade dos funcionários daquele pequeno hospital já tentaram chegar junto, "trocar uma ideia" com a supervisora, mas eu deixei? Claro que não.

Não digam que eu estou agindo feito namorado, porque não estou. Eu sigo uma simples lei da bíblia dos machos. Enquanto uma mulher estiver na minha cama, não estará na de mais ninguém.

A única pessoa que eu ainda precisava tirar da jogada era o maldito King.

Se vocês estão pensando que Selly o perdoou, vocês estão enganados, por enquanto. Ela tenta ficar longe, mas o imbecil a ronda como urubu ronda carniça.

Mas depois de ele conseguir um doador para Sarah, ela amoleceu um pouco, o que significa que ele vai acabar sendo perdoado. Revirei os olhos.

Saí da sala de cirurgia um pouco encabulado com os elogios de todos inclusive das enfermeiras.

- Você está indo para sua sala? – Jhennifer me perguntou, me fazendo notar sua presença atrás de mim.

- Oi sombra. Quer me acompanhar até o banheiro? – Respondi com outra pergunta.

- Depende do que vamos fazer lá. – Ela sorriu e eu ri.

- Só nos seus sonhos, Srta Lunardi. – Cheguei ao banheiro ao lado da minha sala.

- Ei, quem está fazendo esse barulho? Tem alguém na sua sala Cric? – Ela perguntou e eu arqueei as sobrancelhas.

- Bom, Selenia deve estar...

- Vamos lá, faz força. – Escutei a voz de selenia.

- Arghh. – Escutei um barulho de tapa. – Eu estou quase lá. – Era a voz de Dylan.

- Meu Deus eles estão... - Não deixei Jhennifer terminar a frase. Pedi silencio.

Estava puto. Meu rosto atingiu tons avermelhados e minhas veias saltaram em dois tempos.

- Sua namorada está de te traindo... – Ela sussurrou.

- Ela não é minha namorada.

- Eu sei que vocês estão juntos. – Ela deu de ombros. – Relaxa eu não vou contar para ninguém.

- Você está todo suado, Dr King. – Escutei a voz entrecortada da minha supervisora.

Dylan riu.

- Agora você vai ter que rebolar.

- Ela não é minha namorada, é minha vadia. – Disse da boca pra fora, estressado.

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