Amável

O paciente (parte 1)

Selenia Bryce

- Meu Deus, essa garota faz de tudo pra chamar a sua atenção. – Escutei a voz de Jhennifer.

- Cala a boca Lunardi. – E então minha voz do meu médico.

- Você ficou bem mais insuportável desde que a pirralha chegou.

- Você ficou bem mais colada em mim depois da chegada dela, ciúmes ?

- Você me paga Conahan. – E escuto passos.

Só abro meus olhos quando sinto alguém apertar meus braços.

Pisco algumas vezes.

- Selly, meu amor. – É Dylan segurando minha mão e é ele quem me chamar de amor.

Bobagem esperar isso de Crixus?

Totalmente.

Dylan estava com feições preocupadas, bem junto a mim e agora beijava as costas de uma das minhas mãos, a que ele segurava.

Crixus estava no outro canto da sala com os braços cruzados e uma cara (rosto) de quem chupou limão.

Interessante foi observar seus olhos, que passavam exatamente o contrario de sua expressão.

Ele estava preocupado também. Aposto que tão ou mais que Dylan, mas ele não demonstrava.

Ele era muito "macho" para demonstrar.

- Selenia, você pode me ouvir? – Dylan voltou a me chamar e eu o olhei.

- É claro que ela pode, ela só teve uma queda de pressão, não foi nada.

- O que aconteceu? Quem são vocês?

A expressão de Crixus mudou rapidamente.

Ele veio até mim rapidamente.

- Você não se lembra de mim? – Ele perguntou com a voz falha.

Eu iria dizer que era uma brincadeira, mas Dylan me interrompeu.

- Eu sou seu melhor amigo. – Ele disse, um pouco desesperado.

- Para de mentir, você a expulsou do seu apartamento. – Crixus retrucou.

- Mas ela me perdoou! – Ele disse bravo.

- Não perdoou nada.

- Perdoou sim.

- Não perdoou.

- Eu perdoei sim. – Respondi. – Eu estava brincando gente, que horror, calma.

Os dois me olharam com raiva.

- Por um instante eu achei que você fosse uma boa pessoa. – Crixus resmungou e voltou a cruzar os braços.

Ri fraco.

- É bom saber que você se preocupa comigo. – Ele bufou seguido de Dylan.

Catherine Smith

- Otto Rubens Smith! Saia já daí! Seu projeto de satanás! – Ele riu e pulou da estante, me deixando com o coração na mão.

Voltei á cozinha e desliguei o arroz e o feijão.

- Josh, Brandon, Miguel, Thomas, Violet e Oliver. – Chamei o batalhão. – Venham almoçar.

Violet gritou "Já vai".

Brandon veio e se sentou, seguido de Josh e Otto, que mesmo sem ser chamado já estava com um garfo nas mãos batendo contra a mesa e gritando "comida, comida, comida".