Doente

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Selenia Bryce

Eu sabia que era loucura, tanto ir com meu ex-namorado traidor, quanto ficar com um cara que não quer um relacionamento duradouro, mas minha preocupação e um órgão também terminado com "ão" que eu prefiro não citar, me fizeram correr de volta para os braços do médico mais filha da puta e irresistível que eu já conheci.

Toc. Toc.

- Crixus, abre a porta. - Bati mais algumas vezes e nada.

Ah Deus.

- Crixus, pare com as brincadeiras, por favor, precisamos conversar.

Nada.

Certo, aquela porta era grande, mas não era de ferro.

Tomei certa distância e me joguei contra ela, na missão de derrubá-la, mas quem acabou indo ao chão fui eu.

Eu não fazia ideia do que ia encontrar quando voltasse.

Várias cenas passaram por minha cabeça, como ver Crixus nu com outra mulher, ou Crixus nu com duas mulheres.

 Esse é o tipo de vingança que viria dele, por eu ter ido embora.

Nada contra Crixus nu, mas sim contra as mulheres.

Mas o que eu acabei encontrando – ponha encontrar nisso – foi um Crixus vestido, agora no chão.

Ele resolveu abrir a porta no mesmo momento em que eu fiz a tentativa idiota de arromba-la.

- Você está bem? - Assinto envergonhada, levantando-me de cima dele.

Ele se levantou, mas se eu não tivesse um bom reflexo estaria no chão novamente.

- O que houve? – Perguntei.

- Eu estou bem, eu só... aww, minha cabeça. – Ele choraminga.

O ajudo a chegar até a cama do seu quarto e ele se deita, arrancando a camisa e ficando apenas com sua calça jeans.

- Porque está assim? O que foi que você conseguiu fazer no intervalo de algumas horas em que eu não estive aqui Crixus Conahan. – Ele tossiu e me olhou com cara de dor.

- Eu... – Tosse. – Não sei... Talvez isso seja algo psicológico.

Franzi a sobrancelha.

- Porque pensa isso?

- Porque você sabe, fiquei assim logo que você saiu...

Tapo minhas mãos com a boca.

- Então a culpa foi minha...

- Não... Bom talvez.

Crixus Conahan

- Me desculpa, me desculpa, me desculpa! – Ela deitou ao meu lado na cama e beijou meu rosto algumas vezes.

- Não, tudo bem, só não vá mais embora assim... – Pedi e ela assentiu sem pensar duas vezes.

E voilá, meu plano dando certo.

Não me odeiem, eu quero que saibam que eu fiz isso porque eu não tive escolha.

Tudo bem que as chances de fingir estar doente dessem certo eram baixas, mas eu tinha que tentar.

Selenia não podia sair da minha vida. Não podia.

Não depois de me fazer cair de amores por... quer dizer... enfim...

AmávelOnde histórias criam vida. Descubra agora