Uma morena de cabelos cacheados, conhecida por todos como a dedicada assistente do seu poderoso pai, esconde segredos que poucos imaginam. Na luxuosa mansão onde uma festa opulenta desenrola-se entre cristais e champanhes, ela se rende aos braços de...
As dores que eu sentia eram constantes, um lembrete persistente de tudo o que havia acontecido. Estava dirigindo pelas ruas escuras da Espanha, a madrugada envolta num manto de silêncio inquietante. Cada quilômetro que avançava me aproximava mais do desconhecido, de um encontro que agendei com "?", na esperança de conseguir respostas e talvez algum controle sobre a situação.
As ruas pareciam intermináveis, como se a própria cidade estivesse testando a minha determinação. O meu corpo doía, mas a dor emocional era ainda mais intensa. Eu tinha que fazer isso, preciso ser melhor que Hazel. Precisava enfrentar "?" e entender as suas motivações, mesmo que isso significasse arriscar tudo.
Finalmente, cheguei ao meu destino: uma casa abandonada à beira da estrada, sua silhueta sombria destacando-se contra a escuridão da noite. Saí do carro com cautela, cada passo ecoando no silêncio opressivo. A porta da casa se abriu sozinha, como se estivesse me convidando a entrar. O meu coração batia acelerado, mas a determinação me impulsionava a seguir em frente e sei que será mais fácil se aparentar estar confiante.
Dentro da casa, a escuridão era quebrada apenas por um fraco feixe de luz que escapava de uma pequena abertura. No chão, vi um envelope, aparentemente deixado para mim. Com mãos trémulas, peguei o envelope e abri, encontrando uma série de pistas que me levaram a um porão. Cada passo que dava era acompanhado por um medo crescente, mas também por uma sensação de que estava prestes a descobrir algo crucial.
Ao descer as escadas, encontrei um pequeno abajur que iluminava fracamente o ambiente. No centro do porão, havia uma mesa simples e uma cadeira. Sentado nela, estava "?", a figura enigmática que tinha sido a fonte de tantos problemas. Ele me observava calmamente, disposto a ouvir o que eu tinha a dizer.
Respirei fundo, tentando acalmar os meus nervos. "?" estava diante de mim, a pessoa que talvez pudesse fornecer as respostas que tanto procurava.
— Eu vim até aqui porque preciso entender. - comecei, com a minha voz tremendo ligeiramente. - Preciso saber porque você está fazendo tudo isso. O que você realmente quer? Qual será o desfecho?
Ele se inclinou para frente, a luz fraca revelando apenas parte de seu rosto coberto por uma máscara e capuz. Seus olhos eram frios, mesmo com as lentes de contacto vermelhas, eram calculistas, mas havia uma curiosidade genuína na sua expressão. Ele não disse nada, apenas esperou, dando-me a oportunidade de falar.
