Desde que seu filho mais velho se casou, Frida passou a morar com a filha, Kahrla. Nessa época ela tinha 19 anos, estudava farmácia e estagiava num laboratório. Frida já estava divorciada há uns quatro anos, e nesse ínterim só alguns flertes haviam acontecido.
Tudo começou com uma suspeita. Ela estranhava que Kahrla, alta, morena e encantadora, nunca trouxera nenhum namorado para casa. Seria ela lésbica? Frida passou a fuçar as coisas de sua filha Kahrla. Nada de errado até aí. Restou o computador.
Uma vez Kahrla tinha ajudado a mãe a recuperar a senha do e-mail dela, que ela havia esquecido. Ela usou o mesmo truque para descobrir a senha do e-mail dela, mesmo sabendo que é errado, mas foi ver as correspondências da filha.
Na caixa de entrada havia muitos e-mails. Frida quase caiu de costas ao ler o primeiro. A remetente dizia que transava com a própria mãe. E pior, incentivava a filha dela a fazer o mesmo.
Outras falavam sobre desejos pela mãe, de forma vulgar, como se aquilo fosse banal. Abalada, Frida foi à caixa de e-mails enviados. Foi mais estarrecedor. Neles a Kahrla a descrevia, dizia do seu tesão por ela e até fantasiava relações sexuais.
Antes ela não soubesse. Sua própria filha a queria como mulher. E ela nunca tinha percebido nada. Nem passou pela sua cabeça um desatino desses. Mas Frida não era de se jogar fora. O jeito jovial dela disfarçava os seus quase 40 anos.
Até então ela não tinha arranjado homem porque não quis mesmo. Propostas não faltaram. Mas com tantas garotas jovens por aí, Kahrla foi se interessar logo nela, a própria mãe?
Frida passou a observar melhor a filha. Pela primeira vez a olhou, não com olhar de mãe. Envergonhada, olhou-a como uma fêmea dominante, apreciando uma outra mais jovem e mais atraente. Foi o prelúdio dos seus tormentos.
Ela leu e releu todos os e-mails. E de tanto ler, ela já não sentia a repulsa da leitura inicial. Os textos lhe causavam uma estranha sensação. Um calor jamais sentido.
- Poxa, o que está acontecendo comigo? - pensava ela.
Pela cabeça de Frida passavam mil coisas: "Ela devia falar com Kahrla? Ela devia confessar que tinha lido os e-mails? Ela devia falar que, pelos padrões morais, aquilo era errado? O que pensaria meu filho, meus irmãos, o pessoal da igreja e os vizinhos?".
A situação, confesso, massageava-lhe o ego. Sua filha, linda, a desejava. Alguns trechos dos e-mails martelavam na em sua cabeça: "Minha mãe é gostosa demais! Que peitões lindos!", "Aquela bundona me deixou de grelo inchado", "Toquei uma siririca hoje, pelas suas coxas brancas e lisinhas", "Vi ela pelada no banheiro. Fiquei louca de desejo. Que vontade de comer ela com meu vibro!".
A mulher adormecida em Frida despertava. Ela voltou a frequentar o cabeleireiro e a manicure, reiniciou a dieta, renovou o guarda-roupa com vestidos e sapatos mais alegres e sensuais. E quando comprava lingeries novas e ousadas, ao estreá-las, passou a pedir a opinião de Kahrla.
Mesmo sabendo do despropósito, ela não tinha forças para reagir. Aliás, parte dela não queria reagir. Os dias foram passando e Frida, ficava cada vez mais doida. Os pijamas foram aposentados. Ela passou a usar camisolas curtas de cetim, transparentes, decotadas, expondo parte dos seus belos seios e coxas.
Kahrla fingia indiferença, mas, ao ler os e-mails dela, Frida a percebia mais excitada, numa verdadeira escalada de tesão. Ela estava dando corda.
Quando Kahrla era criança, Frida a beijava na boca, beijo de mãe. Na adolescência, não sei desde quando, passaram a se beijar na face.
Mas certo dia, os lábios das duas, novamente se encontraram. Esqueceram que eram mãe e filha e se beijaram na boca, de forma natural, com desejo. Frida desvencilhou-se perturbada, ao constatar que tinha sentido prazer.
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ENQUANTO O DIA NÃO VEM - contos eróticos noite adentro.
Chick-LitUma poltrona fria, um copo de uísque, um caderno, uma caneta, o som da vida noturna e, junto com ele, as lembranças de vários amores passageiros e lascivos, as saudades das aventuras que surgem assim que os vampiros saem de seus caixões, junto com a...