Nós os cinco corremos até ao labirinto, apressadamente, não querendo gastar nem mais um minuto do nosso tempo.
Já era tarde e o tempo estava a esgotar-se, não queria correr o risco de ficar, trancada, naquele labirinto mais uma noite.
- Depressa. - ordeno, deixando para trás aqueles três que se voluntariaram para vir connosco.
Fomos até ao sitio onde eu matara aquele Griever, na noite passada.
Assim que o avistámos, fomos de encontro ao seu corpo metálico sem vida.
Umas largas patas como a das aranhas, evidenciaram-se para fora da parede, levemente aberta por conter o resto daquele bicho, esmagado.Aquilo era nojento.
Os miolos da criatura estavam todas espalhadas pelo chão.
- Isso é nojento. - Zart alega enojado, enquanto segura uma vara nas suas mãos.
E eu estava de acordo com a sua alegação.
Realmente, era repugnante.
Não pude deixar de reparar na cara da criatura, havia algo de dentro dela que parecia ser importante registar. Algo de brilhante na escuridão em que a mesma se encontrava. Algo inusitado.
- Está algo lá dentro. - informo, tomando a atenção de todos.
- Queres dizer, além de uma panqueca de Griever? - Fry ironiza
Cada vez que eu me via a observar aquela criatura, conseguia ver o seu rosto tenebroso, com a boca aberta, com todos os seus dentes que com uma morida rasgaram, facilmente, a pele de um ser humano, em menos de um segundo.
Fiquei a observar Minho a aproximar-se da criatura, cautelosamente. A expressão no seu rosto, demonstrava receio e amedrontamento. A sua cara estava pálida.
- O que estás a fazer? - Fry atenta-se à ação do mesmo, apreensivo.
Minho pusera-se encostado mesmo à boca do bicho. Com medo que ainda possa estar vivo, considera com precaução estender o seu braço enquanto encarava a cara gelatinosa sem vida da criatura.
Antes de Minho alcançar aquele brilho eminente, a criatura sem vida, ou assim pensáramos, acionara uma de suas patas, fazendo o mesmo dar um salto para trás enquanto saía da proximidade daquele bicho.
Os restantes que estavam atrás de Minho, ficaram alarmados com a situação. Pude notar que o meu rosto estava mais branco que o normal, pelo susto.
- Pensei que disseram que estava morto. - Fry relata, ainda pávido com a situação.
- Foi um reflexo? - Zart supõe, questionando-se a si mesmo. Um mar de dúvidas rondavam os nossos olhares.
- Esperas tu. - Winston retorque, com uma expressão evasiva para o mesmo.
Tento pensar em alguma coisa, enquanto vejo que os rapazes ainda estavam petrificados com o que acabara de acontecer.
- Vamos tentar puxá-lo. - sugiro, já pegando numa das suas pernas metálicas.
Assim que determino, todos os outros rondavam a pata da criatura preparados para a puxar.
- Prontos? - pergunto, esperando pela aprovação dos mesmos. - No três. - determino. - Um, dois, três! - Assim que acabo de contar, exercemos toda a nossa força nos nossos braços e arrancamos o membro da criatura. Fazendo-a expelir um grande líquido viscoso e nojento, de cor amarela na sua perna.
Quase que vomitara.
O resultado de usarmos toda a nossa força impulsionou-nos para trás, fazendo com que Fry tombasse no chão.
- Estás bem, Fry? - pergunto, dirigindo a minha mão ao mesmo, com o intuito de ajudá-lo a levantar-se.
- Sim, obrigado. - O mesmo agradece, tomando um leve sorriso no seu rosto que rapidamente se desvaneceu depressa, depois de olhar para a criatura esborrachada.
Aquela coisa brilhante que reluzira, caiu no chão chamando a atenção de Minho que pegara naquilo que parecia ser o coração da besta.
Fazia soar um pequeno apito, repetidamente. Contestando o seu líquido pegajoso a deslizar entre o órgão, Minho tirara o dispositivo que, aparentemente, estava dentro daquela coisa.
Assim que tirara, largou aquele órgão no chão, enojado com o que acabara de experienciar.
Zart e os outros ficaram enjoados a ver ,com tamanha precisão, o que Minho acabara de realizar.
- Que raio é isso? - Pergunto franzindo a testa, enquanto olhava para o dispositivo que Minho tinha nas mãos.
O mesmo analisou por completo aquele objeto, rodando 360° para observar com exatidão.
- Deixa-me ver. - exijo, antes de Minho me ceder o seu dispositivo.
Era uma espécie de cilindro com mais ou menos quinze centímetros de largura, onde tinha estampado o número 7 num mini ecrã digital. Aquele número inserido naquele dispositivo em que na parte inferior estava impresso quatro letras "W.C.K.D"
- "W.C.K.D"? - murmuro para mim mesma.
O que isto poderia significar?
Paro para refletir, vagamente, antes de transferir o dispositivo, novamente a Minho. Com ele estará seguro.
- Seja o que isso for, podemos continuar isto na clareira? - Fry adverte - Porque eu não quero conhecer os amigos deste tipo.
Fry tem razão, já está prestes a escurecer. Daqui a nada, voltamos a ficar aqui presos, sendo uma refeição completa para os Grivers.
Pequeno almoço, almoço, lanche, jantar e ceia. = Eu, Minho, Winston, Fry Pan e Zart.
- Ele tem razão. - Minho declara. - Está a ficar tarde, vamos.
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𝑫𝑶𝑵'𝑻 𝑳𝑬𝑻 𝑮𝑶 - Newt {The Maze Runner}
AçãoUma jovem que acordou num lugar desconhecido, sem referências do seu passado, sem um pingo de lembrança, por sorte, recordando-se apenas de como se chama. Encontrando-se em um labirinto gigante quase impossível de escapar, feito por uma organização...