ͲᎻᎬ ᏀᎡᏆᎬᏙᎬᎡ'Տ ᎻϴᎷᎬ #28

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Dei três passos para à frente e já me arrependi, mas não podia voltar atrás.

Todos estavam a contar comigo para nos tirar daqui.

A passagem era assustadora e o ar parecia estar mais gelado cá dentro. Talvez, fosse só impressão minha.

Minho e eu nos detemos, assim que vimos aquele grande círculo, como se fosse outra passagem para algo desconhecido mais a fundo.

Heistei em entrar, não sabendo o que podia encontrar e o que me esperava ali dentro.

Minho deslizou o seu dedo em algo viscoso para identificar aquela gosma desconhecida.

- Grievers. - O mesmo alega, ainda com o aspecto viscoso entre os dedos.

Apenas o encarei com uma expressão duvidosa e merecedora de preocupação.

Inpesradamente, um barulho alto vindo do círculo captou a nossa atenção.

Uma luz vermelha iluminou o local e escaneou-nos por completo, deixando-nos confusos com aquela ação.

Quando parou, ecoou um enorme som como se tivéssemos desbloqueado algo ou talvez a máquina identificou-nos como intrusos.

- Que raio foi aquilo? - Minho pergunta.

Um alarme soou depois do seu comentário e tudo começou a fechar-se atrás de nós enquanto fugíamos dali de dentro.

- Temos de sair daqui. - adverte, enquanto começa a correr. - Dá-me a chave. Rápido.

Rapidamente, lancei-lhe o dispositivo, com cuidado, para as suas mãos, de maneira a que a alcançasse.

Desesperados, corremos apressadamente para fora da situação onde nos metemos.

Escapulimo-nos das portas quase a fecharem-se e fomos em direção às lâminas, de modo a fazer todo o caminho que fizemos para voltar para a clareira.

Tudo começou a encerrar, com o objetivo de nos encurralar. Sempre atrás de Minho, corri.

- Temos de ir. Corre! - O mesmo grita, alcançando as lâminas antes que estas fechassem. - Vamos ficar presos!

Tentei aumentar os meus passos sempre que Minho começava por acelerar os seus. As lâminas já estavam a virar-se a fim de que se fechassem por completo para nos impedir de sair daquele sítio.

Tentava não perder tempo, despertada e ofegante por correr.

Vi-me aflita por me ter deparado com uma lâmina já fechada à minha frente assim que Minho passara. Corri, sem atraso, até alcançar a única lâmina que por pouco ainda não se fechara.

- Minho! - Grito pelo mesmo, ao observá-lo do outro lado.

- Tens de correr. Tu consegues. - Grita, correndo comigo ainda do outro lado.

Consegui atravessar a lâmina quase que tombando no mesmo. Minho segurou-me, impedindo de cair e acelerámos mais o passo, agora que já estávamos a ficar sem tempo.

Saímos da zona das lâminas e corremos até à entrada da secção sete.

Extraordinariamente, vários alçapões saíram do chão em que pisávamos. No fim, construindo-se como uma parede.

Um grande muro à nossa frente começou a cair, como se, neste momento, o labirinto estivesse contra nós e não quisesse nos deixar voltar de onde viemos.

- Vai! - Minho grita, ordenando-me que eu avançasse diante do mesmo.

Assim o fiz, consigo agora atrás de mim, correndo freneticamente.

O muro caiu com tamanha brutalidade que o chão até tremeu e deixou escapar um vasto imenso de pó sobre nós enquanto corríamos.

- Vá lá, não olhes para trás! - Minho grita, aflito com a situação em que nos encontrávamos.

Inúmeros alçapões começaram a deslocar-se do chão, transformando-se em várias paredes.
Todos aqueles muros que estavam ao nosso lado começaram a desmoronar-se, a tentar matar-nos, de vez.

- Merd@! - deixo escapar, quando constatei, por pouco, a minha morte.

Rapidamente, Minho avistara uma abertura prestes a fechar-se ao nosso lado quando o mesmo dera um grande salto para alcançar a única saída que nos restava.

Segui-o e rastejei, desesperadamente, a contar os segundos que faltavam para a abertura me esmagar.

Felizmente consegui escapulir-me, tombando no chão com o susto e o sufoco.

Suspirei de alívio, ainda com as nossas respirações pesadas. Ainda abismada com aquilo, Minho pôs-se a olhar para a saída que nos tirara dali, já inexistente.

Depois disto vou precisar de um bom descanso. Acho que nunca corri assim tanto na minha vida, nem mesmo quando estava a tentar fugir daquele Griever.

*

- Mas que raio aconteceu lá dentro? - Newt pergunta-nos enquanto voltávamos da nossa maratona.

Já com os pés postos na clareira, senti o meu corpo todo a fraquejar, novamente. As pernas já bambas e os meus pés doloridos e a minha cabeça a andar à roda por conta do cansaço.

Não me conseguia aguentar em pé, por muito tempo.

Simplesmente, caí nos braços de Newt, abatida, enquanto o mesmo me segurava para não me deixar cair.

Agradecendo a sua ajuda, mentalmente, dirigi-lhe um sorriso ofegante, enquanto me apoiava nos seus ombros.

- O que fizeste, Clairy? - pergunta, apanhado de surpresa.

- Encontrámos algo. - Minho começa por dizer. Não acho que teria forças para lhe responder. - Uma nova passagem. Achamos que pode ser uma saída.

Todos os Gladers ao nosso redor ficaram pasmados com aquela informação. Alguns até se debatiam entre eles.

- A sério? - Newt pergunta, fitando Minho que agora seguia em frente, deixando-nos sem outra opção se não segui-lo.

- É verdade. - declaro, saindo do seu aperto.

- Abrimos uma porta, algo que nunca tinha visto, antes. - Minho continua, cheio de alvoroço enquanto continuava a andar. Conduzindo-nos a algum sítio. - Deve ser onde os Griever vão.

- Esperem aí. - Chuck intervém na conversa, alarmado. - Estão a dizer que encontraram a casa dos Grievers? E querem que entremos?

Agora que penso bem, as palavras que me faziam sentido agora vindas da sua boca, já não me parecem uma boa ideia.

Mas não temos outra alternativa se queremos sair desta prisão.

- Pode ser a nossa saída. - aponto, agora com o mesmo atrás de mim.

- Ou pode haver uma dúzia de Grievers do outro lado. - Gally interfere-se na conversa, lá atrás, mais uma vez com a sua participação nada positiva. - A verdade é que a Claire não sabe o que fez, como de costume.

Assim que proferira as suas palavras, deu-me vontade enorme de esmurrar o seu rosto para o calar, mas em vez disso, deliberei abanar a minha cabeça, tentando espantar estes desejos tentadores.

- Pelo menos fiz algo, Gally. - afronto o mesmo, virando-me diante de si enquanto o encaro com uma expressão autoritária. - E tu, o que fizeste? Além de te esconderes atrás destas paredes.

- Deixa-me dizer-te uma coisa, caloira. - retorque com o seu tom de voz severo e a sua expressão bruta, enquanto apontava com o seu dedo indicador para a minha cara. - Estás cá há três dias. Eu estou cá há três anos! - inumera com os seus dedos.

- Estás cá há três anos e continuas aqui! - profiro com uma expressão clara e ríspida. - O que isso te diz? Devias fazer as coisas de outra forma.

- Hey.

- E devias mandar tu, que tal? - Gally insinua com as suas sobrancelhas arrebitadas e a sua testa franzida.

- É o Alby! - Teresa declara, captando a nossa atenção. Notando, agora, que a mesma nos chamava já há algum tempo, quando me deixei de confrontar com Gally.








𝑫𝑶𝑵'𝑻 𝑳𝑬𝑻 𝑮𝑶 - Newt {The Maze Runner} Onde histórias criam vida. Descubra agora