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Dois meses depois.

Hayley Marshall

Estou completamente hipnotizada com aquele bebezinho deitado no berço.

O pequeno Noah decidiu surpreender todos e nascer duas semanas antes do esperado. Fui surpreendida com uma ligação de Marcel no meio da madruga me informando que Rebekah entrou em trabalho de parto, foi a maior correria.

Agora, ambos estão bem e em casa.

— Precisa de ajuda pra tomar banho? — Perguntei para a minha amiga, que fazia uma careta a cada passo que dava.

— Está tudo bem, eu consigo tomar banho, só não consigo lavar o cabelo, mas o Marcel me ajuda depois!

Revirei os olhos.

— Eu sou profissional Rebekah, já vi as partes íntimas de muitas pessoas nessa vida! — Eu a semicerrei com os olhos, mas a mesma continuou balançando a cabeça negativamente.

— Nossa amizade precisa ter um limite, você não pode me ver pelada!

Soltei uma risada com sua indignação.

Enquanto ela foi tomar banho, continuei a observar o bebê no berço, Noah é a coisa mais fofa do mundo, um bebê extremamente bonito, e tão calmo. Estou realmente encantada pelo meu afilhado.

— Com licença! — O meu chefe, ou melhor, o irmão de Rebekah, bateu na porta do quarto. — Posso entrar?

— Pode sim, Rebekah está no banho, eu posso sair se for melhor!

— Não, não precisa! — Ele aproximou-se do berço, e assim como eu, admirou o bebê. — Como essa criança tão adorável pode ser filho da minha irmã e do Marcellus?

É uma preocupação bastante genuína.

— Eu me faço a mesma pergunta! — Sorri. Noah abriu os lindos olhinhos azuis, e curioso, ficou a olhar para mim e para o tio.

Rebekah parecia demorar mais tempo que o normal no banheiro, ou talvez a presença dele aqui seja um tanto quando desconfortável. Ele é um homem desprezível, mas um excelente profissional, e talvez essa impressão seja apenas superficial, pois, não conheço mais do que o seu nome e sua profissão, de resto, são grandes pontos de interrogação.

— Então, soube do leilão beneficente que será promovido pelo hospital na próxima semana? — Puxou assunto. Ele não é muito bom com isso.

— Soube sim, as outras enfermeiras fofocavam pelos corredores e me pararam para confirmar se era verdade, eu não fazia a menor ideia.

— Estive pensando, como será estilo baile, a senhora aceita ir comigo?

Minha mente levou alguns segundos para assimilar aquelas palavras.

— Está me pedindo para acompanha-lo? — Balançou a cabeça positivamente. — Não me ache mal educada, mas, nós mal nos conhecemos!

Elijah cruzou os braços.

— Eu sei disso, e como meu braço direito, preciso conhecê-la melhor, afinal, trabalharemos juntos por um bom tempo. Já faz mais de dois meses que a senhora está na minha equipe e mal trocamos duas palavras!

Entre a vida e a morte Onde histórias criam vida. Descubra agora