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Elijah Mikaelson

Sinto muito, Dr. Mikaelson e Senhorita Devanour!

Olhei para as minhas próprias mãos.

Eu nunca quis que isso acontecesse, não sou um monstro. Celeste foi minha companheira de vida por quase dezoito anos, vivemos a maior parte de nossos sonhos juntos, apesar de tudo que aconteceu, de todas as mentiras e traições, ela é a mãe do meu filho, e lá no fundo do meu coração, tem um lugar especial pra ela.

O ultimato do médico foi o suficiente foi para me fazer ligar um sinal de alerta na minha mente, não importa o que aconteça daqui para frente, eu farei questão de cuidar dela, Celeste merece, ninguém deve morrer sozinho, garanto que Hayley concorda comigo.

— Celeste, eu tenho colegas na Europa, posso tentar contatá-los! — Toquei em seu ombro.

Estamos na recepção do hospital, ela está cabisbaixa, mas não chora, parece apenas pensar.

— Sabe, Elijah, vai ver, esse câncer é o sinal que eu precisava para me redimir com todos aqueles que fiz mal, a você, a Kaleb, a sua família. Eu não estou preocupada, não tenho medo da morte, eu aceito isso, contanto que eu saiba que o meu filho vai ficar bem, e disso, eu tenho certeza!

Engoli seco.

Não tenho palavras pra conforta-la. Segundo o meu colega, especialista nestes casos, o estado de Celeste é irreversível, e se caso ela quisesse realizar uma cirurgia, as chances de morte eram muito grandes.

Isso é muito cruel.

— Ora, Ora, vejam só quem eu encontrei aqui. Meu ex-melhor amigo e a esposa dele que eu dormia! — Não consegui acreditar que estava vendo aquilo.

Tristan estava parado a nossa frente, com as mãos nos bolsos e a expressão arrogante.

Senti meus nervos explodirem.

Praticamente voei em sua direção, o segurando pela garganta e o prensando contra a parede.

— ELIJAH! — Gritou Celeste.

Os olhos de Tristan ficarem vermelhos, mas mesmo assim, o sorrisinho não saia de seus olhos.

— Seu filho da puta! — Ele conseguiu me empurrar.

Acertei um soco no seu estômago, depois outro no rosto. Ouvi a recepcionista lugar para a segurança.

— Prepare-se, Tristan. Farei da sua vida um inferno! — Acertei outro soco. Ele acertou um soco de volta, meu lábio cortou.

— Esperarei ansiosamente, Elijah!

Entramos no soco, ali no meio de todos. Deferi vários golpes certeiros contra eles, e infelizmente, recebi alguns também.

Precisaram dê quatro homens para conter a minha fúria.

— VOCÊ ESTÁ EM UM INFERNO, SEU FILHO DA PUTA!  — Gritei.

Tristan estava tão ensanguentado, que mal me olhou.

Os seguranças me levaram para fora do hospital, Celeste me acompanhou. Após uma série de perguntas, eles sabiam quem eu era, então, deixaram está passar.

Mas garanto que quando chegar em casa, Hayley vai me matar.

— Você se machucou! — Celeste olhou o meu pulso. — Hayley vai acabar com você!

— Eu sei, mas eu precisava dar uma surra nele!

Celeste pegou as chaves da minha mão. Ela levou-me até em casa.

— O que aconteceu com você? — Hayley gritou comigo assim que entrei em casa.

— Você deveria ver o outro cara, ele ficou muito pior!

Ela revirou os olhos.

— Como você está? — Perguntou a Celeste.

Hayley me arrastou contra vontade até a cozinha, onde fez um curativo na minha mão, no meu lábio e no supercílio, não sabia que tinha esse corte aí.

As duas começarem a conversar como se fossem amigas de longa data, Hayley estava muito emotiva com toda a condição de Celeste, e não é para menos. Quando eu já estava todo remendado, dei espaço para as duas conversarem em paz.

Subi para o quarto e deitei de costas na cama arrumada, ontem foi um dia muito estressante, a única coisa que me deixa aliviado é saber que Kaleb é biologicamente meu, mas farei com que Tristan sofra ardentemente por ter feito tudo isso.

Peguei o telefone no bolso e liguei para a única pessoa que me ajudaria nesse momento.

— Alô? — Ele atendeu.

— Lorenzo, preciso muito da sua ajuda!


(...)

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