21

10 1 1
                                    

Hayley Marshall

Vermont.

A quem diga que é a cidade mais linda dos Estados Unidos, e eu não concordo, mas entendo tal opinião, o lugar é um absurdo de lindo.

Elijah e eu estamos andando de carro e observando as belezas daqui, é um lugar tão aconchegante, as pessoas extremamente educadas e gentis, sem contar, que podemos andar tranquilamente sem o peso de ter um paparazzi louco pra saber sobre a vida de Elijah, e assim, invadindo a minha.

— O que você quer fazer? — Perguntou beijando a minha mão.

Ainda estamos no carro, nossos dedos entrelaçados, está caindo uma chuva fraquinha lá fora, ouvindo apenas o som dos pingos caindo no capô do carro.

— Aqui está tão quentinho, mas eu estou começando a ficar com fome. O que acha de jantarmos e depois irmos pro chalé? Aproveitamos o dia inteiro amanhã!

Ele curvou-se no banco e cheirou o meu pescoço, fazendo todo o meu corpo arrepiar.

— Por mim tudo bem! — Virei-me para ele e o beijei.

A forma como nossos lábios se completam, fazia algo dentro de mim tremer, como se borboletas voassem no meu estômago, trazendo uma sensação de êxtase.

Suas mãos me tocavam com delicadeza, encontrando e descobrindo os pontos exatos onde eu mais gosto. Ele me descobria a cada toque, a cada beijo, a cada gesto de carinho, e até a cada cafonice que ele falava, tudo isso, acrescentava mais e mais.

— Tem certeza de que está com fome? — Sussurrou enquanto beijava o meu pescoço.

— Pensando melhor, irmos direto para o chalé é a melhor opção agora!

Ele sorriu, concordando.

Minha respiração estava extremamente acelerada, todas as vezes que estamos juntos é assim. Nós dois não somos adolescentes, mas sentimos como tal. O desejo, o êxtase, é muito forte.

Nas vezes em que nos encontramos em minha casa ou na casa dele, as coisas esquentaram e esquentaram muito, tocamos um no outro, sentimos um ao outro, entregamos um ao outro.

Assim que chegamos ao chalé, Elijah segurou-me pela cintura e entrelaçou minhas pernas em sua cintura, pressionando as minhas costas na parede. Suas mãos hábeis retiraram a minha roupa com facilidade, enquanto as minhas retiravam as suas.

Enquanto a chuva caia tranquilamente lá fora, Elijah e eu explorávamos um ao outro, transmitindo o calor de nossos corpos, sentindo o nosso cheiro. Encontrávamos nosso ritmo, com as carícias e os beijos mais quentes e deliciosos.

Nós estávamos conectados.

(...)

O vapor quente da jakuzi deixava o meu corpo inteiro avermelhado.

Elijah trazia consigo uma garrafa de champanhe e uma taça para si, enquanto trazia em outra mão, uma caixa de morangos bem suculentos.

— Aqui, linda! — Entregou-me a caixa e beijou o meu rosto carinhosamente.

Abri um grande sorriso.

— Meu bem, as pessoas vão passar a suspeitar ainda mais, depois de convenientemente, fazermos a viagem mais romântica possível, juntos! — Ele deitou de costas entre as minhas pernas, acariciei seu cabelo.

— Deixe que pensem, o importante é que estamos vivendo a melhor fase possível juntos! — O moreno curvou a cabeça e me beijou.

Os nossos momentos são assim, com leveza e ternura, não existe cobrança, estamos apenas vivendo.

— Linda, o que acha de postarmos algo? Afinal, nós somos dois adultos, não temos mais a idade de adolescentes cheios de hormônios e sem maturidade. Você gosta de mim, eu gosto muito de você, podemos nos auto-titular da forma que queremos. Quer ser minha namorada? Eu serei seu namorado com o maior prazer da minha vida!

Um sorriso enorme formou-se nos meus lábios.

— Então você quer ser oficialmente o meu namorado? — Ele ficou de frente para mim, o rosto vermelho e os lábios entreabertos com o calor.

— Eu quero ser tudo que você quiser! — Beijou o mesmo pescoço.

Mordi um morango, aquilo estava bom demais.

— Então está bem, serei sua namorada com prazer!

Elijah abraçou minha cintura com os dois braços, fazendo-me rodear as pernas em sua cintura.

— Como você consegue ser tão perfeita, em cada mínimo detalhe? — Beijou o meu queixo.

— Não sei onde vê toda essa perfeição, eu tenho tantos defeitos e traumas, que me tornariam inacessíveis!

Ele apertou-me contra o seu corpo, segurando o meu queixo em seguida.

— Você não faz ideia do bem que transmite a todo mundo com seu jeito amável e compreensivo. Minha namorada! — Simplesmente o abracei, sentindo todas as emoções aflorarem no meu corpo.

Eu tinha vontade de chorar, por finalmente estar conseguindo viver, depois de tanto tempo enclausurada, amarga, com uma dor que ainda alfineta o meu coração, mas ele, em um marco histórico, está conseguindo melhor tudo, ao poucos.

Percebendo agora, eu fui muito precipitada com minha primeira impressão dele, o identifiquei como alguém nojento, asqueroso, mas na verdade, Elijah é um amor de pessoa, muito justo, e firme. Sem perceber, estou deixando que ele entre no meu coração, e isso me causa um pouco de medo.

Mas como posso viver, tendo apenas medo?


(...)

2/2

Comentem o que estão achando, amo ver as reações de vocês!

Entre a vida e a morte Onde histórias criam vida. Descubra agora