Entre a vida e a morte

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Bônus:         Elijah Mikaelson

Estou de frente para possivelmente a mulher mais bela que já cruzou o meu caminho antes.

Trabalhamos juntos a quase três meses, ela é uma funcionária exemplar, por isso a escolhi especificamente. Ela é amiga da minha irmã e de meu cunhado a anos, nunca tivemos proximidade alguma. Eu soube quando o marido dela infelizmente faleceu, Rebekah contou-me sobre sua depressão crônica depois disso.

Confesso que me interessei, apesar de nunca ter rolado nem que seja um flerte entre nós, talvez seu desprezo fosse atraente. Agora, estamos aqui juntos nesse leilão, arrematei uma viagem de dois dias para Vermont por nada menos que cem mil reais, tudo pelas crianças.

— Você é mais babaca do que eu imaginei! — Disse ela com um sorriso presunçoso após eu comentar sobre como o reitor está ridículo com um terno.

— O que? Vai me dizer que você também não acha?

— Óbvio que eu acho, mas ele é nosso chefe, se algum desses fofoqueiros ouvir, nossa cabeça será entregue em uma bandeja de prata para ele!

Revirei os olhos.

— Não precisa ser tão dramática! — Avistei um antigo amigo de longe e dei com a mão para ele.

Hayley olhou com vergonha para mim, que apenas dei sinal com a cabeça para que ficasse calma.

Lorenzo Sant'jhon é mais que um amigo, é um irmão de coração. Estudamos juntos na universidade de Oxford, eu cursei medicina e ele optou pelo direito, sendo meu advogado até hoje. Somos verdadeiros melhores amigos.

— Elijah!! — Ele apertou a minha mão e abraçou-me logo em seguida.

— Lorenzo, é sempre bom encontrar-te, menos quando o assunto é jurídico. — Meu amigo riu em concordância. Sua esposa estava ao lado. — Olá, Bonnie. Está radiante como sempre!

Dei um beijo em sua mão.

— Você parece ótimo, Elijah! — Eu assenti. — Quem é essa moça extremamente linda que está com você?

Hayley levantou para cumprimenta-los.

— Está é Hayley, trabalhamos juntos no hospital! — A mesma cumprimentou aos dois.

— Como você aguenta esse homem todos os dias? — Disse Lorenzo, me fazendo revirar os olhos.

— Eu me faço a mesma pergunta todos os dias!

Isto foi o suficiente para que se tornassem amigos, pelo canto do olho, percebi que ambos ficaram encantados com a beleza e educação de Hayley. Uma mulher verdadeiramente encantadora, pena que é tão marcada do passado doloroso.

— Vocês querem beber alguma coisa? — Perguntei levantando da mesa para ir ao bar.

— Só uma água para mim! — Disse minha acompanhante.

Lorenzo acompanhou-me, deixando as duas novas amigas conversarem.

— Você está caidinho por ela! — Pontuou ele assim que chegamos ao bar.

— O que? Pare de loucura!

— Está estampado na sua cara o interesse por essa moça. E com todo respeito a minha esposa, ela é adorável!

Não pude deixar de sorrir.

— Mas é arisca como uma pedra! — O garçom entregou-me um copo com uísque.

Contei a ele a respeito do falecido marido de Hayley, e a forma como ela é fechada com tudo e todos no hospital.

— Idiota, você esqueceu como se conquista uma mulher? Aquela idiota daquela Celeste te traumatizou o suficiente para que não consiga seguir em frente?

Engoli seco.

— Sim, ela me fez amar como ninguém nunca amou uma criança para depois me destruir dizendo que não era minha!

— Desculpe! — Pediu.

— Tudo bem, eu vou me virar com as armas que tenho.

— O importante é seguir em frente. Kaleb pode não ser seu filho de sangue, mas permanece no seu coração.

Balancei a cabeça positivamente.

Retornamos a mesa e conversamos até que ninguém mais quisesse ficar aqui. Levei Hayley para tomar um sorvete antes de irmos para casa, ela tem cara de que gosta de coisas assim, tranquilas.

Estávamos sentados em uma praça, tirei o meu blaser e coloquei sobre o banco para que ela não sujasse o vestido, agora estamos os dois rindo devido a um casal de bebados dançando ao som de jazz, que vaga por toda a cidade.

— A vida parece mais simples pra eles! — Disse ela.

É incrível como Hayley consegue ficar mais linda a cada segundo que passa.

— Realmente...— Ela retribuiu o olhar para mim.

Ficamos nos encarando por alguns minutos, que pareceram horas.

Os olhos dela são de um verde tão sútil e delicado, sua expressão fácil chega a ser angelical de tão bela.

— O que? — Seu rosto estava corado.

— Estou apenas observando os mínimos detalhes do seu rosto, você é muito linda, tão linda quanto à noite estrelada desse céu sobre nós!

Um sorriso escapou de seus lábios.

— Amanhã será um dia estranho no hospital depois dessa cantada! — Foi minha vez de sorrir.

— Você não gosta que te admirem? Eu posso parar!

Ela voltou a olhar pra mim.

— Não é isso, você mostrou-se não ser o babaca que eu pensei, por outro lado, é muito gentil e educado. O problema é que estou voltando para esse mundo agora, depois de muito tempo!

Coloquei uma mecha de cabelo que estava solta, atrás de sua orelha.

— Eu entendo. Foi muito traumático pra você, mas não se engane, eu também estou recomeçando!

— É verdade!

Respirei fundo.

— Posso concluir que somos amigos agora?

Hayley sorriu.

— Posso te dar essa colher de chá! — Tomou o seu sorvete.

Mais tarde naquela noite, depois de deixá-la em casa, não precisei vagar pela cidade até que me desse sono o suficiente, cheguei na minha casa e capotei completamente.

(....)

Capítulo curtinho para dar o ponto de vista do Elijah.

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