Prólogo

195 13 6
                                    

Omashu

Um menino de no máximo quatro anos, com cabelos pretos curtos, olhos azuis e roupas simples e verdes, estava sentado do lado de fora de sua casa, brincando com pedrinhas.

Ele era um dobrador de terra, e sua família não era nada especial, mas se virava bem. Sua mãe tinha uma modesta loja de roupas, enquanto seu pai era dono de um pequeno dojo onde ensinava crianças mais velhas a dobra de terra.

O nome do menino era Barasu Yojo, mas seus pais e os poucos amigos que tinha o chamavam de Bara. Ele observava seu pai, que parecia atento à rua.

Bara não compreendia completamente o que seu pai estava fazendo, mas imaginava que estava relacionado a um incidente ocorrido semanas atrás.

Enquanto brincava com as pedrinhas, Bara praticava sua dobra de terra. Em um momento, ele conseguiu acertar uma pedra em um alvo de madeira, mas o que mais o surpreendeu foi que a pedra pegou fogo. Embora o fogo tenha durado apenas alguns segundos, foi tempo suficiente para queimar um pouco o alvo. Seu pai, que estava observando, testemunhou todo o evento.

Desde então, Bara aprendeu a criar pequenas brasas. Seu pai pediu que ele continuasse praticando essa habilidade, além de se dedicar também à dobra de terra. Ele praticava em casa e, às vezes, na presença de outras pessoas, incluindo o Rei de Omashu. Havia rumores de que ele poderia ser o Avatar, embora muitos achassem isso improvável, pois o ciclo do Avatar deveria seguir para a Tribo da Água, e o próximo Avatar já havia sido encontrado.

Bara estava confuso. Seria ele realmente o Avatar, como contavam as histórias de ninar? A ideia o fascinava e assustava ao mesmo tempo. Quando crescesse, ele viajaria e treinaria não apenas a dobra de terra, mas também os outros elementos. Além disso, teria que manter o equilíbrio no mundo – uma responsabilidade imensa para uma criança de quatro anos, mesmo sabendo que isso só começaria quando ele fosse mais velho. Para piorar, seus amigos pareciam tê-lo abandonado.

No geral, Bara estava imerso em seus pensamentos...

Uma semana depois...

Bara estava concentrado na prática de sua pontaria com as pedrinhas, habilidade que havia melhorado consideravelmente, quando seu pai o chamou.

Pai: Bara, pode vir aqui um momento?

Bara interrompeu sua prática e correu até o pai. Ao seu lado estava um jovem vestido com um traje índigo com detalhes brancos, uma capa da mesma cor e um manto com padrão de lótus ao redor dos ombros. Embora o homem parecesse intimidador à primeira vista, seu sorriso rapidamente dissipou essa impressão.

O homem se ajoelhou diante de Bara.

???: Barasu...

Bara: Você pode me chamar de Bara, se preferir - respondeu.

O homem sorriu e continuou.

???: Bara, meu nome é Yu. Sou o melhor amigo do seu pai, quase como um irmão. Ouvi dizer que você é capaz de mover a terra e criar fogo. É verdade?

Bara assentiu. — Quer que eu mostre para você?

Yu deu um tapinha na cabeça de Bara. — Sim, por favor.

Bara se afastou, levantou algumas pedras do chão com o braço direito e, em seguida, deixou-as cair antes de criar uma chama que durou apenas alguns segundos.

Yu sorriu: Isso é ótimo, Bara. Você se importaria de brincar por ali enquanto eu converso com seu pai?

Bara assentiu e voltou a treinar com as pedrinhas.

Yu riu alegremente: Não sei exatamente o que isso significa, mas parece que o mundo agora tem dois Avatares. Nunca em meus sonhos mais loucos imaginei algo assim. Fico feliz que você tenha contatado a Ordem Torin.

Dois Avatares?Onde histórias criam vida. Descubra agora