UM - GERMANO

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Um ano antes

São Paulo.

Aquele desgraçado do Danilo conseguiu me tirar do sério de uma vez por todas. Eu seguro os papéis que comprovam o desvio dinheiro na empresa, e meu sangue ferve. Não dá para acreditar que esse filho da puta teve a coragem de fazer isso. O cara come pelas minhas mãos, e o que ele faz? Mete a faca nas minhas costas.

Pego o telefone, já com a mão tremendo de raiva, e mando a secretária chamar Rodrigo, meu advogado de confiança. Esse é o tipo de situação que não dá para deixar passar em branco. O safado do Danilo vai pagar caro por essa traição. Enquanto espero Rodrigo chegar, fico remoendo cada detalhe dessa merda. Eu confiei nesse cara, dei oportunidades, e ele me apunhala desse jeito. Os papéis nas minhas mãos são a prova do crime, e eu vou fazer esse desgraçado engolir cada centavo desviado. Ele entra na sala, já percebendo pela minha cara que a porra ficou séria.

— O que aconteceu, Germano? Tá com essa cara de quem vai explodir a qualquer momento.

— Senta aí, Rodrigo. Precisamos resolver essa merda agora. Danilo, aquele desgraçado, desviou um valor considerável da empresa. Olha esses papéis.

Mostro os documentos pro Rodrigo, e ele solta um palavrão.

— Caralho, Germano! Esse filho da puta realmente fez isso?

— Fez, sim. E agora a gente vai dar o troco. Quero ele fora da empresa, na cadeia, e quero cada centavo de volta. Não vou deixar barato.

Rodrigo concorda, sério. A conversa é rápida, mas as decisões são pesadas. Vamos processar o Danilo até o talo, não vou deixar pedra sobre pedra. Eu não sou idiota, porra. Confiei, dei poder, e o cara me apunhalou. Agora é hora de justiça.

— Rodrigo, quero que você cuide de toda essa papelada. Não quero nenhum detalhe fora do lugar. — Ele assente, Eu fico ali, olhando os papéis, jurando que o Danilo vai pagar caro por essa traição. Não é só dinheiro, é uma questão de honra. Eu não vou deixar que ele saia ileso dessa merda. Vou garantir que ele se afunde até o pescoço nesse mar de problemas. — Esse filho da puta vai pagar caro. Eu não vou deixar isso passar em branco. Ele não vai sair ileso dessa.

— Vou começar a preparar toda a documentação necessária.

— Ótimo. Quero isso resolvido o mais rápido possível. Não vou descansar até ter esse desgraçado pagando por tudo o que fez.

Rodrigo assente, e eu vejo nos seus olhos a determinação em fazer justiça. Essa não vai ser uma batalha fácil, mas eu estou disposto a ir até o fim para garantir que o Danilo pague pelo que fez.

Eu pego a garrafa de uísque da minha mesa e encho o copo até a borda. O líquido âmbar parece brilhar na luz fraca da sala, mas nem mesmo a visão da bebida consegue acalmar os meus nervos. Tomo um gole generoso, sentindo o líquido queimar minha garganta enquanto desce.

— Porra, como posso ter sido tão idiota? — murmuro para mim mesmo, colocando o copo de volta na mesa com um baque.

A sensação de impotência é sufocante. Eu confiei no Danilo, dei a ele responsabilidades, e ele me traiu dessa forma. A raiva e a frustração se misturam dentro de mim, criando uma tempestade de emoções que não consigo controlar. Nem mesmo o uísque, com seu gosto amargo e reconfortante, consegue diminuir a tensão que sinto. Eu fecho os olhos por um momento, tentando encontrar alguma calma dentro de mim, mas tudo o que consigo é reviver cada detalhe dessa traição.

— Merda! — exclamo, batendo com força na mesa.

A raiva borbulha dentro de mim, fervendo como lava quente. Eu me sinto traído, ludibriado, como se tivesse sido enganado por alguém em quem confiava plenamente. E agora, não há como voltar atrás. O estrago já está feito, e eu tenho que lidar com as consequências.

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