Proposta Indecente: uma mãe para o bebê do CEO

QUATORZE - CAMILA

Madalena anuncia que o jantar já está pronto e conduzimos nossa pequena comitiva para a sala de jantar, onde a mesa está impecavelmente arrumada, uma verdadeira obra de arte culinária. Germano, como sempre, age como se fosse o mestre da cerimônia, puxando uma cadeira para mim com um gesto arrogante e convidando-me a me sentar como se estivesse fazendo um favor.

Eu me acomodo na cadeira, sentindo-me como uma marionete nas mãos de um manipulador mestre. Enquanto isso, Germano se posta ao meu lado com um ar de superioridade, seus olhos frios e calculistas sondando cada movimento meu.

Eu pego a taça de vinho e tomo um grande gole, sentindo o líquido suave queimar minha garganta. Um suspiro involuntário escapa dos meus lábios, um breve momento de alívio em meio ao tormento que é estar aqui. Mas meu breve momento de paz é interrompido por um sussurro gélido ao meu ouvido. É Germano, sua voz carregada de autoridade e controle, repreendendo-me por minha ousadia.

— Camila, controle-se. Não precisa exagerar com o vinho. — Sua voz é um sussurro ameaçador, um lembrete silencioso de que estou sob seu domínio absoluto.

Ele está me monitorando de perto, observando cada movimento meu, cada respiração. É como se ele estivesse sempre lá, à espreita, esperando por qualquer deslize meu para me punir. Mas por mais que eu deseje me rebelar, por mais que eu anseie por liberdade, sei que estou presa a ele, enredada em suas teias de manipulação e controle. E enquanto ele continuar me mantendo sob seu domínio, continuarei sendo sua marionete, dançando conforme sua vontade, sem esperança de escapar.

O jantar finalmente termina e Isabel se despede, dizendo que adorou me conhecer. Murilo e Valentim ficam na sala bebendo com Germano e enquanto subo as escadas escuto Murilo dizer que arrumou a melhor puta da cidade para satisfazer meu noivo aquela noite. Não posso acreditar que Germano vai comer outra mulher na véspera do nosso casamento. Sigo meu sangue ferver e volto, soltando todos os palavrões que eu conheço.

Subo as escadas, sentindo meu sangue ferver dentro das veias enquanto as palavras de Murilo ecoam em minha mente. A raiva borbulha dentro de mim, uma fúria incontrolável que ameaça transbordar a qualquer momento. Chego ao topo da escada e hesito por um momento, tentando conter a avalanche de emoções que ameaça me consumir. Mas então, a indignação toma conta de mim e eu me viro, descendo as escadas com passos rápidos e decididos.

— Que porra é essa, Germano? Você acha que pode sair por aí contratando prostitutas como se fosse a coisa mais normal do mundo? — Minha voz é um rugido, cheio de desespero e incredulidade. — Você vai mesmo me trair na véspera do nosso casamento?

Meu coração está acelerado, minhas mãos tremem de raiva enquanto eu encaro Germano com fúria nos olhos. Eu me sinto traída, humilhada, como se tudo o que vivemos juntos fosse apenas uma farsa cruel.

Germano ergue uma sobrancelha, sua expressão fria e calculista. Ele não demonstra nenhum remorso, nenhum arrependimento. Apenas uma calma glacial que me enche de ainda mais raiva.

— Calma, Camila. Você continuará a ser a preferida no meu coração, bonequinha. — Sua voz é calma, quase condescendente, como se estivesse falando com uma criança birrenta.

Eu o encaro, sem acreditar em uma palavra do que ele está dizendo. Como ele pode ser tão frio, tão insensível? Como ele pode brincar com meus sentimentos dessa maneira?

— Sério? — Minha voz é um rosnado, cheio de desdém. — Você contratou uma prostituta para satisfazer seus desejos mais baixos e ainda tem a coragem de tentar me convencer de que não é nada demais?

Eu estou fora de controle, minhas palavras saindo em um turbilhão de raiva e desespero. Eu me sinto como se estivesse à beira de um abismo, prestes a cair no vazio escuro da traição e da decepção.