Proposta Indecente: uma mãe para o bebê do CEO

DEZESSEIS - CAMILA

A música alta e pulsante ecoa nos meus ouvidos enquanto eu me movo freneticamente na pista de dança, impulsionada pela sensação de liberdade que a tequila proporciona. Cada gole da bebida parece anestesiar a dor queima dentro de mim, afogando temporariamente as lembranças dolorosas de tudo o que Germano fez.

Mas mesmo em meio à névoa do álcool, não consigo escapar completamente da realidade. Vejo um homem beijando Helena, minha amiga. Antes que eu possa processar o que está acontecendo, sou arrastada para um canto escuro, onde o cheiro de uísque permeia o ar e o calor do corpo de um homem se pressiona contra o meu. É ele, é Germano. Seus olhos azuis me encaram com uma intensidade furiosa, misturada com um toque de desdém.

— O que diabos você está fazendo? — sua voz é áspera.

Com um sorriso bêbado nos lábios, eu respondo, minha voz carregada de sarcasmo e desafio:

— A mesma coisa que você, Germano. Aproveitando a festa, tentando esquecer por um momento toda a merda que você fez.

Meus olhos encontram os dele, faiscando com uma mistura volátil de raiva e desejo. O sorriso de Germano se alarga, como se ele estivesse se deliciando com a audácia desafiadora em minha resposta. Ele inclina a cabeça para mais perto, seu hálito quente batendo contra meu rosto, e eu posso sentir o peso de sua presença, poder e controle me envolvendo como uma âncora. O calor de seu corpo ainda está tão perto que posso sentir sua respiração irregular contra minha pele. Seu rosto está tenso, os músculos da mandíbula rígidos enquanto ele me encara com uma intensidade que me deixa arrepiada.

— Você sabe onde está, Camila? — ele pergunta, sua voz baixa e perigosa. — Este lugar é um antro de vadias e você não deveria estar aqui.

Eu engulo em seco, lutando para manter minha compostura sob seu olhar penetrante. A verdade é que eu sabia exatamente onde estava e com quem estava, mas a dor e a raiva dentro de mim estavam gritando tão alto que eu só queria fugir da realidade, mesmo que apenas por algumas horas.

— E você, Germano? — retruco, minha voz carregada de desafio. — O que você está fazendo aqui? Não é exatamente o tipo de lugar que você levaria a noiva perfeita para a despedida de solteiro, não é mesmo?

Um músculo salta em sua mandíbula enquanto ele aperta os lábios, seu olhar faiscando com uma mistura de raiva e frustração.

— Não mude de assunto, Camila. Estou falando sério. Você não devia estar aqui. Isso é perigoso e irresponsável. E você, mais do que ninguém, deveria saber disso. Eu me importo com você.

Sua voz está mais alta agora, sua irritação palpável no ar entre nós. Eu sei que ele está certo, que minha presença aqui é imprudente e arriscada, mas a raiva queimando dentro de mim está cegando qualquer senso de juízo ou precaução.

— A única coisa que importa pra você é se eu ainda tenho ou não um cabaço pra perder.

Seu rosto se contorce em uma expressão de fúria, sua mandíbula cerrada enquanto ele me encara com intensidade.

— Você não sabe do que está falando, Camila. — Sua voz é baixa, mas carrega um peso ameaçador.

Eu me aproximo ainda mais, desafiadora, sentindo a adrenalina correr pelas minhas veias.

— Ah, eu sei exatamente do que estou falando, Germano. Você é apenas mais um macho dominante, pensando que pode controlar tudo e todos ao seu redor.

Ele dá um passo para trás, como se minha ousadia o surpreendesse. Mas eu não estou disposta a recuar agora.

— Você pode ter dinheiro, poder e influência, mas isso não te dá o direito de me tratar como propriedade sua. Eu não sou um objeto para você usar e descartar a seu bel prazer. — Sua expressão se contorce em uma mistura de raiva e frustração, e eu posso ver que minhas palavras o atingiram onde mais dói. Mas eu não estou disposta a baixar a cabeça diante dele. — Você acha que pode me comprar, me controlar, me moldar de acordo com sua vontade. Mas eu não sou sua, Germano. Nunca serei.