TRÊS - CAMILA

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Na manhã seguinte, desço para o café e encontro Sabrina, meu pai, minha mãe e, para minha surpresa, Germano, todos sentados à mesa. A atmosfera pesada é palpável, e minha curiosidade se transforma em preocupação. Pergunto com um tom desconfiado:

— O que está acontecendo aqui?

Meu pai troca um olhar rápido com Germano antes de decidir explicar a situação.

— Camila, sente-se. Precisamos conversar. — ele diz, com uma expressão séria.

Sento-me à mesa, ainda sem entender o motivo da presença de Germano no meu café da manhã. Minha mãe evita meu olhar, e Sabrina observa tudo com um sorriso malicioso nos lábios.

— Germano veio nos visitar e... — meu pai começa a explicar, mas sou abrupta em interrompê-lo.

— Visitar? Não me parece apenas uma visita social. — retruco, cruzando os braços.

Germano permanece em silêncio, observando cada movimento com seus olhos penetrantes. Finalmente, ele decide quebrar o silêncio.

— Vim buscar você, Camila. — ele diz com uma calma desconcertante.

Meus olhos se arregalam com incredulidade, e eu solto uma risada nervosa.

— Me buscar? Para quê? Estávamos juntos por, o que, cinco minutos em uma boate? Isso não faz sentido. — minha voz reflete minha confusão.

Ele sorri de maneira enigmática, como se estivesse se divertindo com a situação.

— Camila, você é a minha escolhida. Não importa o tempo que passamos juntos. O destino nos uniu, e agora é hora de cumprir com o nosso compromisso. — ele afirma, sua voz soando como uma sentença.

Levanto-me da mesa, sentindo uma mistura de raiva e incredulidade.

— Compromisso? Eu não me comprometi com nada! E certamente não tenho a menor intenção de me casar com você. — minha voz eleva-se, ecoando pela sala.

Sabrina solta uma risada cínica, enquanto meu pai tenta manter a compostura.

— Camila, por favor, entenda. É uma questão de negócios, de preservar o nome da família. — ele tenta explicar, mas minhas emoções estão à flor da pele.

— Negócios? Preservar o nome da família? Não vou ser parte de nenhum acordo que foi feito sem o meu consentimento. — berro, sentindo minha paciência se esgotar.

Germano permanece calmo, como se estivesse acostumado a enfrentar situações assim.

— Camila, você será uma Moretti. E como tal, há responsabilidades e compromissos que precisam ser cumpridos. — ele declara, como se estivesse sentenciando meu destino.

Minha indignação atinge um ápice, e eu grito com toda a força que tenho:

— Eu não pedi por isso! Não vou me tornar parte de um negócio sujo e arcaico. Não vou me casar com você, Germano Moretti, nem que isso custe o nome da família!

Eu rio, incrédula com a situação absurda em que me encontro, e solto uma risada nervosa antes de me dirigir ao meu pai com uma pitada de sarcasmo.

— E você contou ao Poderoso Chefão que sua filha só tem 17 anos? — pergunto, minha voz carregada de ironia.

Meu pai suspira, parecendo desconfortável com a minha reação.

— Camila, isso não é engraçado. É uma questão séria que precisa ser discutida com seriedade. — ele responde, tentando manter a compostura.

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