NOVE - GERMANO

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Entro no jato particular com Camila ao meu lado, e apesar de todo o seu ar de desafio, vejo o medo e a raiva fervendo por trás daquele olhar desafiador. Ela ainda não percebeu que está lidando comigo, um homem que não aceita desaforo de ninguém, muito menos de uma garota insolente como ela.

— Sente-se aí, Camila. — Ela me encara com uma expressão obstinada, mas obedece, se afundando no assento de couro, ainda com os olhos faiscando de raiva.

Sento-me em frente a ela, mantendo meu olhar fixo no dela, mostrando que estou no controle da situação, que sou o predador e ela, a presa. Não posso deixar que ela perceba qualquer fraqueza, qualquer hesitação da minha parte. Sou um homem de negócios, acostumado a lidar com desafios, e ela não será exceção.

— Minha avó já organizou todos os detalhes do casamento e da festa.

Ela me encara com uma mistura de raiva e desafio, seus olhos faiscando com uma determinação que me irrita profundamente. Ela não tem ideia do que a espera, do que estou disposto a fazer para tê-la completamente sob meu controle.

— Vai escolher o meu vestido de noiva também?

Uma risada sombria escapa dos meus lábios, uma risada cheia de desprezo e superioridade.

— Isso eu mesmo fiz.

A comissária de bordo se aproxima com um sorriso profissional, mas seus olhos mostram um certo desconforto diante da minha presença.

— Senhor Moretti, posso servi-lo com alguma coisa antes de decolarmos? Um drink, talvez?

— Traga-me um uísque, duplo. E rápido.

Ela assente com a cabeça e se afasta rapidamente para cumprir meu pedido. Eu observo sua partida com um leve sorriso de satisfação. Gosto de ver as pessoas se curvando à minha vontade, reconhecendo o meu poder e a minha autoridade. É assim que deve ser. Enquanto espero, volto minha atenção para Camila, ainda com uma expressão de raiva e desafio estampada no rosto. Ela não sabe quando parar, não é? Ela ainda não entendeu que está completamente sob o meu controle, que não há nada que ela possa fazer para me desafiar ou me enfrentar.

— O gato comeu a sua língua? — pergunto.

Ela me encara com um misto de desafio e desconfiança, como se estivesse tentando descobrir se estou sendo sincero ou se estou apenas tentando manipulá-la de alguma forma.

— Vá se foder. 

Eu arqueio uma sobrancelha, um sorriso irônico brincando em meus lábios.

— Que boquinha mais suja. Vou adorar fazer você engasgar com o meu pau. 

A comissária de bordo retorna com meu uísque, colocando-o cuidadosamente sobre a mesa diante de mim. Seu olhar hesita por um momento antes de finalmente se dirigir a Camila, que permanece sentada com uma expressão teimosa.

— E para a senhorita? Alguma preferência? — pergunta, mantendo uma falsa cortesia em sua voz, como se estivesse prestando um serviço normal a qualquer passageiro.

Camila olha para ela com desconfiança, como se estivesse avaliando se há alguma armadilha na pergunta. Ela não confia em ninguém, e isso inclui até mesmo a comida e a bebida oferecidas neste jato particular.

— Não quero nada. — responde com um simples aceno de cabeça, recusando-se a aceitar qualquer coisa da comissária.

Eu sorrio de canto, apreciando a teimosia dela. Se ao menos soubesse como é inútil resistir.

— Traga-lhe uma água. — ordeno à comissária, que se apressa em atender à minha ordem, deixando claro que não há espaço para discussões ou negociações.

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