CINCO - GERMANO

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Dias atuais

Monte Carlo, Mônaco.

Estou na sacada do hotel, observando a paisagem noturna da cidade se estender diante de mim como um mar de luzes cintilantes. O ar fresco da noite acaricia meu rosto, trazendo um alívio momentâneo para a agitação que constantemente me consome. É um momento raro de tranquilidade em meio ao caos implacável do mundo dos negócios. Foi uma boa escapulida e ainda pude ver meu mano ganhar a corrida.

De repente, sinto braços envolvendo minha cintura por trás, um toque familiar e caloroso que me faz relaxar instintivamente. Viro-me para ver o rosto de Samanta, uma executiva que trabalha para mim há alguns anos. Não gosto de foder mulheres com quem trabalho, já que não é recomendável comer a carne onde se ganha o pão, mas abri uma exceção. Ela é uma mulher na casa dos trinta, gostosa, com cabelos loiros e faz absolutamente tudo na cama sem reclamar.

— Germano, você está tão distante. O que está pensando? — Samanta pergunta.

Eu sorrio de leve. Normalmente, eu não misturo negócios com prazer, mas o boquete dela me fez repensar.

— Estou apenas refletindo sobre os desafios que enfrentamos na expansão da empresa na Europa. — respondo, minha voz calma e controlada.

Samanta inclina a cabeça, estudando-me com um olhar penetrante.

— Você é tão sério. Precisa relaxar um pouco. — ela diz, sua voz suave como seda.

— Eu aprecio sua preocupação. Mas tenho que me concentrar nos negócios. — eu digo, desvencilhando-me delicadamente de seu abraço.

Ela me lança um olhar de desafio, seus olhos brilhando com uma faísca de desejo.

— Você pode tentar. Mas eu sei que você não consegue resistir a mim. — ela murmura.

— Preciso ir. Temos uma reunião importante amanhã cedo. — eu digo, dando um passo para trás e me afastando dela.

Bufo mentalmente ao perceber o que Samanta e todas as outras mulheres com quem me envolvo realmente querem. Não são nada mais do que aspirantes a senhora Germano Moretti. Elas querem o status, o poder, o luxo. E, claro, o dinheiro. Reviro os olhos com desgosto, cansado dessa repetição interminável de mulheres que se aproximam de mim apenas por interesse próprio.

Esses pensamentos me fazem franzir o cenho, enquanto os olhos cor de uísque se perdem em uma lembrança não convidada. Um rostinho lindo e inocente surge em minha mente, desencadeando uma série de emoções que eu preferiria não ter que lidar. Camila. Minha bonequinha. Um sorriso cínico surge em meus lábios ao recordar nosso último encontro, há um ano. Droga, meu pau começa a pulsar apenas com a lembrança dela. O que está acontecendo comigo? Nunca me senti atraído por fedelhas, mas essa em particular mexeu comigo desde o primeiro momento em que a vi.

Poderia ter seguido com o acordo original e colocado Danilo na cadeia, mas ver minha bonequinha me fez repensar todas as minhas estratégias. É como se uma força magnética me puxasse em sua direção, mesmo contra minha própria vontade. A verdade é que eu a quis assim que bati os olhos nela. Parir meu filho será apenas um bônus em nosso acordo.

Suspiro profundamente, tentando afastar os pensamentos perturbadores que ameaçam consumir minha mente. Não posso me dar ao luxo de ficar obcecado por uma garota tão jovem e inexperiente. Preciso me concentrar nos negócios, nas responsabilidades que tenho como líder da empresa.

Samanta se anima ao sentir meu pau duro novamente, seus olhos brilhando com uma faísca de desejo enquanto me encara intensamente. Ela se inclina para mais perto de mim, um sorriso malicioso brincando em seus lábios.

— Parece que você mudou de ideia, Germano. — ela murmura, sua voz carregada de sugestão.

Eu suspiro, afastando-me dela com um gesto de recusa.

— Isso não é para você. — digo, minha voz firme e sem espaço para argumentos.

Ela franze o cenho, parecendo confusa e um pouco irritada com minha rejeição.

— O que está acontecendo, Germano? Você estava tão receptivo antes. — ela insiste, sua voz ganhando um tom de desafio.

Eu hesito por um momento, ponderando se devo ou não compartilhar a notícia com ela. Mas então decido que é melhor ela saber a verdade.

— Vou me casar. — anuncio, minha voz soando firme e decidida.

Samanta fica chocada, seus olhos se arregalando em surpresa.

— O que? Com quem? Por que não me contou antes? — ela dispara uma série de perguntas, sua voz ficando cada vez mais agitada.

Eu suspiro, tentando manter a calma diante de sua reação exagerada.

— Não devo explicações sobre a minha vida pessoal. — digo sem rodeios, minha voz cortante e sem piedade.

Samanta fica furiosa com minhas palavras, seus olhos faiscando de raiva enquanto ela me encara com indignação.

— Mas eu pensei que...

Eu a ignoro, virando-me para sair dali. Não tenho tempo para lidar com suas birras.

— Sem ofensas, Samanta, mas você não é a mulher certa para mim. — digo com toda a calma, observando seu rosto bonito se contorcer de raiva. — Pelo menos, não para casar. Pertencemos a mundos muito diferentes. — dou de ombros, como se estivesse discutindo algo trivial. — Se ainda estiver disposta, podemos manter nossos encontros. É muito gostosa, me agrada na cama e...

— Você vai trair sua esposa? — seu queixo cai em descrença.

— Não será um casamento convencional. É um meio para um fim. Ela é bem jovem e vai me dar um herdeiro forte, saudável. Apenas isso. — afirmo sem culpa, como se estivesse discutindo negócios.

— Você é um filho da puta frio. — ela meneia a cabeça, indignada.

— Querida, se quiser continuar como minha amante, posso fazer os arranjos... — começo a dizer, mas ela parece pronta para me matar.

— Você pode ir se foder, Germano Moretti! — ela dispara, seu rosto contorcido pela raiva.

Eu apenas dou de ombros, indiferente às emoções dela. Em minha mente, há clareza sobre o que quero e o que estou disposto a fazer para garantir meu legado. No mundo dos negócios e nas relações pessoais, sentimentos não têm espaço. E se Samanta não compreende isso, não é problema meu. A vida é dura, e eu não tenho tempo para lidar com dramas emocionais desnecessários. Apenas sigo em frente, decidido a construir meu império da maneira que achar mais conveniente.

Ela pega as roupas espalhadas pelo chão e sai do quarto com uma expressão de indignação estampada no rosto. Eu simplesmente observo, sem sentir nenhum remorso ou arrependimento. Mulheres como ela são facilmente substituíveis, e não me afeto por suas emoções passageiras.

Sacando meu celular do bolso, envio uma mensagem ordenando que preparem o jato particular para o retorno a São Paulo. É hora de voltar para casa e pegar o que é meu por direito.

Sinto uma sensação de excitação percorrer meu corpo enquanto penso na minha bonequinha, Camila. Desde o momento em que a vi pela primeira vez, soube que ela seria minha. Não importa o que aconteça, eu a reivindicarei como minha.

Enquanto o jato particular decola e corta os céus em direção à minha cidade natal, eu me sinto invencível. Nada pode deter um homem determinado como eu. Camila será minha, não importa o que aconteça. E ninguém, nem mesmo ela, poderá me resistir por muito tempo.

(❁'◡'❁)(❁'◡'❁)(❁'◡'❁)(❁'◡'❁)(❁'◡'❁)

Bom dia!

Se vocês gostam de mocinhos possessivos, vão amar o Germano.

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Beijos.

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