Uma mulher ruiva e linda chega para me atender e se derrete ao ver Germano. Eu reviro os olhos. Como se ele precisasse de mais motivos para se achar o dono do mundo. Ele cumprimente Roberta polidamente. Ela me encara com um sorriso forçado, mas seus olhos denunciam uma espécie de cumplicidade com Germano, como se estivessem compartilhando algum segredo que eu não faço ideia.
— Então, Camila, vamos começar? — ela pergunta, sua voz suave contrastando com a intensidade de seus olhos.
Assinto com a cabeça, tentando manter uma expressão neutra no rosto. Por dentro, estou fervendo de raiva e frustração. Como ela pode ser tão falsa? Como pode se comportar como se fosse minha amiga, enquanto claramente tem outros interesses em mente?
Quando ficamos a sós, o tom dela muda e ela empurra o vestido que Germano mandou fazer. É um modelo de renda com detalhes em pérolas, e me observa enquanto eu o visto. O tecido é macio contra a minha pele, mas tudo o que consigo pensar é em como isso não importa. Este vestido não é para mim. Este casamento não é para mim.
— E então, o que achou? — ela pergunta, seus olhos brilhando de expectativa.
Suspiro profundamente, me olhando no espelho. O vestido é bonito, sem dúvida. Mas não é o que eu quero. Não é quem eu sou.
— Não é o que eu procuro. — digo, minha voz firme apesar da torrente de emoções que ameaça me engolir.
Ela arqueia uma sobrancelha, claramente surpresa com minha resposta.
— Este é o vestido que Germano escolheu pessoalmente para você. Ele fez questão de que fosse perfeito para a sua figura. — ela diz, sua voz adquirindo um tom de autoridade.
— Eu não me importo com o que Germano quer. Este é o meu casamento também e eu tenho o direito de escolher o meu próprio vestido. — digo, minha voz tremendo de raiva e determinação.
— Fedelha insolente. Deveria ficar agradecida por ter um homem como Germano se casando com você.
Aquilo me faz estourar. Eu encaro Roberta com fúria pulsando em cada parte do meu corpo. Sinto meu coração acelerar, minhas mãos cerrarem em punhos apertados ao lado do meu corpo. Ela realmente acha que pode me tratar assim?
— Escute aqui, sua vaca arrogante! — minha voz irrompe, cortante e cheia de veneno. — Eu não sou uma boneca de porcelana para ser exibida e controlada por você e por Germano.
Roberta parece chocada com minha reação, seus olhos se arregalando em surpresa diante da minha explosão de raiva.
— Como se atreve a falar assim comigo, sua insolente! — ela rosna, sua voz subindo alguns tons.
Eu ignoro suas palavras, minha mente zumbindo com pura indignação.
— Eu não vou ficar agradecida por ter um homem como Germano se casando comigo, porque eu não quero casar com ele! — eu continuo, minhas palavras saindo em um torrente de raiva. — Eu não quero esse casamento, eu não quero esse vestido, e eu não quero nada que tenha a ver com ele ou com você!
— Você não tem ideia do que está falando, sua criança mimada.
— Vadia invejosa. Aposto que adoraria estar no meu lugar.
O volume da discussão aumenta. O ar no ateliê parece congelar quando Germano entra, sua presença imponente enchendo o espaço com uma tensão palpável.
— Algum problema?
Eu o encaro com desafio, meu queixo erguido em determinação.
— Sim, há um problema. Essa mulher aqui — eu aponto para Roberta com um gesto brusco — me tratou como se eu fosse um pedaço de lixo, como se eu não tivesse o direito de existir, só porque eu não concordei com ela sobre o vestido.
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Proposta Indecente: uma mãe para o bebê do CEO
RomancePodem os fins justificar os meios? Em um mundo onde a busca pelo poder é desenfreada, Germano Moretti emerge como uma figura poderosa, determinado a garantir seu legado custe o que custar. Com uma fortuna vasta e um poder incontestável, busca desesp...