VINTE E SEIS - GERMANO

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Vinte dias depois

Eu sei que Camila me odeia, mas isso não diminui o tesão louco que temos um pelo outro. Passei as últimas semanas sobre ela, fodendo-a em cada canto do seu quarto como um maldito adolescente tarado. E só consigo pensar nisso.

O telefone em minha mesa toca, tirando-me do devaneio. É Eva, minha secretária, e ela avisa que Samanta chegou. Mando-a entrar. Espero que Samanta se atenha aos negócios. É uma ótima profissional e não quero demiti-la por achar que ainda tem direito sobre mim apenas porque trepamos algumas vezes.Samanta entra na sala, com um sorriso sedutor nos lábios. 

— Germano, querido! — ela se aproxima, passando os dedos pelos meus cabelos. — Que saudades!

Eu me afasto um pouco, mantendo uma distância profissional. 

— Samanta, por favor, vamos direto ao assunto. — Eu a interrompo.

Ela parece um pouco surpresa com minha frieza, mas rapidamente recupera a compostura.

— Claro, Germano. Temos alguns assuntos importantes para discutir sobre a expansão da empresa na Itália. — Ela se senta na cadeira em frente à minha mesa.

— Ótimo, vamos começar então. — Eu digo, pegando alguns papéis sobre a mesa.

Samanta começa a falar sobre os planos de expansão, mas minha mente está em outro lugar. Estou pensando em Camila, em como ela me enlouquece, em como nossos corpos se encaixam perfeitamente. Eu não posso deixar que isso interfira nos negócios, mas é difícil manter o foco quando ela está constantemente em minha mente. Tento me concentrar nos detalhes dos planos de expansão, mas é como se minha mente estivesse em outro lugar. Eu preciso me controlar, manter a compostura e não deixar que meus desejos pessoais interfiram nos negócios.

— E então, Germano, o que você acha? — Samanta me olha, esperando minha resposta.

Eu volto à realidade e respondo, tentando manter a seriedade.

— Parece uma proposta interessante, Samanta. Vou revisar os detalhes e entrar em contato em breve. Obrigado por vir.

Ela sorri, satisfeita com minha resposta, e se despede. Assim que ela sai da sala, eu suspiro, sentindo-me aliviado por finalmente poder me concentrar nos negócios novamente. Reviso os relatórios e percebo que é necessário observar as coisas de perto. Ligo para o meu piloto e mando preparar o jato. Partiremos para Roma ainda está noite. Depois, mando Eva fazer uma ampla pesquisa sobre os investidores italianos e mandar para o e-mail. 

Estou lendo tudo quando meu telefone toca. É Rodrigo. Ele me avisa que terminou a investigação sobre a vida de Camila. Minha bonequinha tinha razão ao dizer que eu não sabia nada sobre ela. Entre as informações, descubro que ela trancou a faculdade de Jornalismo na PUC para fazer o curso de fotografia em Londres e que as fotos que ela tirou seriam expostas em uma galeria londrina no final do mês. Porra, minha bonequinha ia participar de uma exposição e eu tirei isso dela.

— Rodrigo, você tem certeza disso? — Pergunto, minha voz soando mais tensa do que eu gostaria.

— Absoluta, Germano. Fizemos uma investigação completa. Ela tem talento, não posso negar.

Sinto um nó se formar na minha garganta. Eu estraguei tudo. Eu tirei dela a oportunidade de seguir sua paixão, de mostrar ao mundo o seu talento. E por quê? Porque sou um maldito egoísta que só pensa em si mesmo.

— Obrigado, Rodrigo. Pode encerrar a investigação por enquanto. Eu preciso resolver algumas coisas pessoais.

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