☆ 27 | Plano

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Capítulo 27. |
ATO 2
BLOOM |

"Finally... A plan.."

Hanako não tinha recebido alta ainda, apenas sairía do hospital assim que a última transfusão fosse feita, por isso não estava confortável em sair carregando o suporte onde ficava a bolsa de soro.

Ela e Kaminari bateram e abriram a porta do quarto do Midoriya de forma sutil, sorrindo abertamente quando viram ele com os olhos abertos.

-Ah! Midoriya, você acordou! - Kaminari exclamou.

-Que bom que se recuperou bem! - Hanako completou, entrando na sala educadamente, carregando o suporte do soro e sendo acompanhada pelo resto da turma.

-Suzuki! - Disse meio envergonhado. - Eu que digo isso! - Ele abaixou um pouco o olhar.

-Viu as notícias? - Kaminari começou. - A imprensa toda tá cercando a escola!

-Tá pior que da outra vez...

-A gente trouxe um melão! - Mineta levantou a fruta. - Te compramos um melãozão!

-Me desculpe por causar problemas, Midoriya. - Tokoyami continuava a se desculpar.

-Não! - Ele parecia meio aéreo. - Olha, eu que me desculpo... Veio todo mundo da turma A?

-Não... - Iida abaixou a cabeça.

-A Kyoka e a Tooru ainda estão inconscientes por causa daquele gás venenoso. - Hanako explicou. - A YaoMomo levou uma pancada muito forte na cabeça e também tá internada aqui. - Passou as mãos pelo cabelo para tirar algumas pétalas soltas.

-Parece que ela recobrou a consciência ontem... - Iida completou.

-Foram só elas três que não vieram.

-Nós estamos em 16...

-Porque o Bakugo não tá aqui. - Com a fala de Todoroki, Hanako abaixou a cabeça para esconder os olhos cheios de lágrimas.

Era algo bem delicado para ela. Ela decidiu se retirar assim que as imagens do que aconteceu naquele dia voltaram a mente dela.

-Com licença. - Ela passou pelos outros e saiu da sala rapidinho, se sentando nos bancos do corredor do hospital.

-Ei, Todoroki. - Mina o repreendeu.

-Que mancada cara... - Sero murmurou.

Ochaco saiu para ir atrás dela, mas Aoyama a parou e disse que ela poderia ficar. Ochaco hesitou mas concordou, deixando que o loiro fosse atrás de Hanako.

-Eu... Eu poderia ter alcança o Kazinho... - Izuku tinha um peso na voz. - Eu tinha que ter feito isso...

-Midoriya. - Iida murmurou.

-O meu corpo não se mexia... - Dessa vez, ele chorava. - Tudo o que eu consegui fazer foi salvar o Kota. Se eu não puder salvar alguém bem na minha frente...

-Midoriya, a gente vai fazer isso. - Kirishima o interrompeu, deixando todos em choque. - Pra ser bem sincero, eu e o Todoroki viemos aqui ontem...

Ele suspirou.

-No caminho até o seu quarto, Midoriya... - Continuou. - A gente viu o All Might e a polícia conversando com a Yaoyorozu.

-Ela disse algo sobre ter colocado um rastreador em um dos vilões, e entregou oara eles um dispositivo de rastreio. - Shoto completou.

-Então vocês vão pedir pra Yaoyorozu fazer outro dispositivo pro rastreador? - Iida perguntou.

-E se a gente pedir? - O meio-a-meio provocou, fazendo Iida cerrar a mandíbula.

-Vocês não ouviram o que o All Might disse? - Ele rosnou. - É hora de deixar isso com as autoridades! Não cabe a nós interferir, seus idiotas!

-A gente já sabe disso! - Eijiro gritou de volta. - Mas, sabe, eu não pude fazer nada! A Suzuki não pôde fazer nada! E por causa disso ela tem passados os últimos dias sem comer e chorando. - A esse ponto, todos tinham rostos preocupados. - Depois que eu soube que meu amigo era um alvo, eu não pude fazer nada! Eu não fiz nada! E se a gente não fizer nada agora, não poderei ser um herói e nem um homem de verdade!

-Kirishima, se acalma, estamos em um hospital. - Kaminari o repreendeu. - Tudo bem ter sentimentos, mas dessa vez...

-O Iida tem razão.. - Asui disse.

-O Iida e todos vocês estão certos. - Hanako abriu a porta com Aoyama bem atrás dela, o que fez a atenção se voltar toda para.

O rosto dela estava vermelho e brilhando, flores escorregavam de seus cabelos, algumas estavas presas.

-Mesmo assim... - Tinha um semblante sério no rosto, algo incomum para uma pessoa que sempre sorria.

-Aí, Midoriya! A sua mão ainda alcança! - Kirishima a interrompeu. - A gente pode fazer alguma coisa!

-Então, basicamente vocês querem pegar o dispositivo de reastreamenro da YaoMomo e ir atrás do Bakugo por conta própria? - Mina repetia todo o plano.

-Isso. - Kirishima assentiu.

-Mesmo que tenham dito que éramos alvos fáceis para morrer, - Todoroki comentou. - levaram o Bakugo vivo.  - Mina colocou uma mão nos ombros de Hanako. - Não o mataram ainda, mas não quer dizer que não farão isso. O Kirishima e eu vamos.

-Vocês devem estar de brincadeira, só pode!

-Espera. - Shoji interrompeu. - Calma lá. Eu entendo a dor do Kirishima, do Todoroki, do Midoriya e da Suzuki de não poder fazer nada, já o Bakugo foi levado bem diante deles. Eu mesmo estou frustrado. - Ele explicava com calma. - Só que não é hora de nos deixar levar pelas emoções, não acham?

Kirishima virou o rosto e Hanako secou algumas lágrimas.

-Acho melhor deixar isso pro All Might e prós policiais... - Aoyama disse. - Afinal, a gente não tem mais aquela permissão pra lutar que o professor Aizawa deu no acampamento.

-O Aoyama tem razão, - Disse Tokoyami enquanto encarava Mineta agarrado no melão. - embora não possa falar muito, já que precisaram me salvar.

-Mesmo assim!

-Gente! - Hanako chamou a atenção. - Estamos em choque por causa do sequestro do Katsuki, mas vamos pensar com mais calma...

-A gente vai te esperar na frente do hospital. - Kirishima disse com Hanako ao seu lado. Ela tinha decidido confiar no plano de Eijiro.

Depois que eles saíram da sala, Hanako viltou para o quarto onde estava alojada. Quando se recostou na cama, reparou que na sua mesinha haviam cartas, um pote cheio de morangos e um livro grande e fino enrolado numa fita rosa.

Curiosa, Hanako pegou o livro misterioso junto com um morango. Assim que colocou um morango na boca, desfez o laço que adornava o presente, dando de cara com partituras de piano novas.

Ela finalmente sorriu, sabendo bem de quem era aquele presente.

-Tinha que ser você, Suna. - Ela pegou as cartas, algumas de seus amigos, uma de seu pai e uma de Suna, que tinha a mensagem 'Abra no seu aniversário' escrita em vermelho no envelope.

Soltou uma risada anasalada e abriu a carta que seu pai mandou, onde ele explicou que não poderia aparecer no hospital e se desculpou de todas as formas possíveis, prometendo até um piano novo.

Ela passou a tarde inteira nervosa, esperava que anoitecesse logo, mas tinha medo de tudo dar errado.

Esperava que ele ainda estivesse vivo.

-----JUST LIKE BOOM-----

ó, taí











Just Like Boom! | Bakugo KatsukiOnde histórias criam vida. Descubra agora