Apuração Do Amor

Atinar

dar-se conta, ter consciência; reparar.

Antes de qualquer julgamento a este fato, eu estou consciente que deveria passar mais tempo com William. Sei que estamos aqui para jantar e não para resolver casos, entretanto, acredito que se eu resolver todos agora, ficarei menos ocupado e terei a oportunidade de dar a ele mais atenção. Por isso estou revisando o vídeo da câmera de segurança da casa de Phoebe, minha vizinha. O tempo inteiro saio para anotar coisas visíveis no cara na câmera.

— Locke! — Ele exclama batendo na mesa fazendo a mesa balançar um pouco.

— Cornish pasty. — Faço uma pausa. — Você tem Whisky? — O garçom nega com a cabeça. — Pode ser refrigerante de cola sem açúcar.

O garçom olha para William.

— A bebida querei a mesma.

— Certo. — O garçom diz e da meia volta.

Volto o olhar para o celular.

— O que está fazendo? — Ele pergunta com as sobrancelhas arqueadas.

— Patavina.

— O que?

— Significa "nada"

— Entendi. — Ele pega o celular também.

...?🔍︎...

Aproximo o cartão de crédito da máquina de cartão e pago a conta, o que acho justo já que William está me alimentando e me dando moradia sem custos. Meu celular começa a vibrar em meu bolso, retiro o cartão de cima da máquina indo em direção a saída.

Richard, meu chefe, está me ligando.

— Olá senhor Richard.

— Finalmente atendeu de forma descente.

Dou risada.

— Compareça ao meu escritório agora, Locke.

— Certo.

Desligo e William aparece do meu lado.

— Tenho que trabalhar. — Digo. — Serei o mais breve possível lá.

Vou em direção a ele para dar um beijo rápido, mas ele desvia. Isso me deixa meio chateado, mas finjo que não ligo. William revira os olhos.

— Vou pegar um taxi. Vai para casa logo que acabar.

— Sim, senhor. — Digo.

...?🔍︎...

Me sento na poltrona feita de couro de frente para Richard.

— Soubemos que sua casa pegou fogo e lá havia conteúdos muito valiosos sobre seus casos então...

— Eu salvo a maioria em HD. — Interrompo.

— Não fez mais que sua obrigação, e pare de me interromper.

— Desculpe.

Richard bufa.

— Acho bom resolver pelo menos um caso se não quiser ser demitido. entendeu? Seja o da garotinha de oito anos que foi assassinada, ou o do cara com um chapéu coco...

— Chapéu coco? — Interrompo novamente. — Você disse, chapéu coco?

Ele revira os olhos.

— Você nem lembrava mais desse caso, não é?

— Eu só não lembrava desse chapéu... — Retiro o celular do bolso e olho o vídeo. O cara do vídeo tem um chapéu coco. — Acho que descobri uma coisa. — Digo me levantando.

— Eu não terminei! — Richard diz e aponta para cima e para baixo em direção a cadeira. Eu me sento. — Você precisa terminar pelo menos um caso, e rápido e se não quiser ser demitido. Vai logo, agora saia daqui! — Ele abana a mão para que eu saia logo.

Saio da sala e ligo para Freddie.

— Me encontra no apartamento de William, Agora!

— O que!? mas o que aconteceu, explica. Eu... — Desligo antes dele terminar e corro para meu carro.