Apuração Do Amor

Enleio

sentimento de perplexidade;

confusão, embaraço, indecisão.

Chego em frente ao apartamento de William e antes que eu coloque a chave para abrir a porta e entrar. Ele abre a porta e está arrumado totalmente diferente do que na hora em que saímos e isso não faz nem duas horas.

— Onde você vai? — Pergunto sem entrar.

— Sair. — Ele diz.

Isso me deixa irritado porque queria saber onde ia, porque não sou tão burro para saber que ele vai sair.

— Mas acabou de chegar. — Digo com o tom de voz mais alto. — Logo eu iria ficar com você!

— Eu não quero ficar com você agora, Locke. — Ele me puxa para dentro e vai para o lado de fora. — Tchau! — Ele empurra a porta que bate. Trancando-a logo em seguida e ouço o som do seu coturno batendo no chão. Ele estava andando até o elevador, eu acho.

...?🔍︎...

Alguém bate na porta e saio correndo do cômodo que William disponibilizou até a porta torcendo para que seja William. Destranco a porta e sou tomado por decepção.

— Entra, vem — Digo para Freddie. Eu lembrava que ele viria, mas ainda tinha a esperança que ele atrasasse. Ele costuma ser atrasado.

Vamos até o cômodo e eu explico a situação sobre o caso que Richard mencionou, até falo sobre o chapéu coco.

— Acha que...?

— Peter Berrycloth , ele que incendiou minha residência.

— O que!? — Freddie exclama balançando a cabeça — mas ele não é um idoso? Locke acho que você está ficando doido.

— Duvida? Vamos pegar as provas então! — Abro uma foto de Peter na internet e deixo uma parte do vídeo pausada para que ele possa ver as semelhanças.

— Olha, não tem como acusar ele sendo que as únicas características visíveis são os olhos, Locke. Além de quem qualquer pessoa pode ter um chapéu coco. Isso não faz sentido! Ele não seria burro de usar o chapéu coco dele!

— Freddie, eu ia na casa desse cara quando criança. A filha dele e o outro filho dele... éramos próximos. Ele sabia onde eu morava.

— Como assim...? — Ele pergunta fazendo uma pausa curta. — Ele era amigo da sua mãe?

— Do meu pai. — Respondo à pergunta com um tom de correção. — Não sei o que ele tem contra mim, mas algo tem.

Me levanto pegando o paletó marrom dobrado em cima do encosto da cadeira.

— Onde vai? — Ele pergunta.

— Atrás desse babaca!