capítulo 26

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Te amo ainda

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Te amo ainda.

Sim, eu ainda te sinto aqui dentro de mim, como uma sombra persistente, uma presença invisível que se recusa a se dissipar, que se aninha nas profundezas do meu ser.

Meus olhos ainda buscam os seus em cada esquina, em cada canto da memória onde você deixou sua marca. A cada lembrança que surge como um fantasma do passado, sinto a dor ressurgir, uma dor que nunca se apaga, uma cicatriz que nunca cicatriza.

A saudade se tornou um peso insuportável, uma âncora que me prende a um mar de desolação, me afunda nas suas águas geladas e me impede de seguir em frente.

Sinto sua falta — falta da sua risada contagiante, da maneira como seu bom humor iluminava até os meus dias mais sombrios, agora transformados em uma penumbra sem fim, onde a luz parece nunca mais voltar.

Às vezes, me pego pensando, me questionando: e se eu não fosse tão ciumenta? E se a insegurança não tivesse se instalado entre nós, como uma sombra traiçoeira que distorceu tudo o que parecia certo? Será que ainda estaríamos juntos?

Essa dúvida me consome, me tortura, como um veneno lento que vai corroendo minha esperança e me deixa à deriva em um mar de incertezas.

Mas, então, me lembro: por que chorar?

Você aceitou tão facilmente que eu fosse embora, como se o nosso amor fosse apenas um capricho passageiro, algo sem valor.

A indiferença com que você lidou com o nosso laço me faz questionar se, no fundo, você realmente me amou alguma vez. Será que, de fato, meu amor foi suficiente, ou fui apenas uma distração temporária, algo a ser deixado para trás quando não serviu mais?

O eco da sua risada ainda ressoa na minha mente, mas agora, em vez de aquecer meu coração, é apenas um lembrete doloroso do que perdemos — uma melodia triste que toca incessantemente, uma canção sem fim que se repete nas cordas da minha alma.

Cada dia é uma luta contra a memória de nós dois, e eu me vejo presa, imersa em um ciclo interminável de “e se” e “por quês”. O que poderia ter sido? O que poderia ter sido diferente? Enquanto o mundo ao meu redor segue seu curso implacável, indiferente à minha dor, eu fico estagnada, paralisada, como se o tempo tivesse parado no momento em que você decidiu partir.

A vida segue, implacável, sem pausas para os corações partidos, mas meu coração permanece enraizado no instante em que você se foi, congelado no tempo que deixou de existir.

E a verdade dolorosa é que eu queria acreditar, eu queria ter fé de que você ainda sente algo por mim. Mas essa esperança vai se esvaindo, se dissolvendo como areia fina entre os dedos, e o vazio angustiante que resta se torna insuportável.

O amor, que um dia me consumiu com a doçura de sua presença, agora se transforma em dor, em nostalgia, e eu fico aqui, sozinha com meus pensamentos sombrios e a certeza devastadora de que você se tornou uma parte de mim que nunca poderei esquecer, uma parte que não posso exorcizar, não importa o quanto tente.

Cada lágrima derramada é como um grito silencioso na escuridão da minha solidão, um pedido de socorro que se perde no vazio.

As memórias nos cercam como fantasmas, como ecos de um amor que não pode mais ser tocado. Cada esquina traz o peso do seu riso perdido, cada sussurro do vento me lembra o calor dos seus abraços, a suavidade de sua pele contra a minha.

E assim sigo, navegando por essa tempestade interna, perdida entre as ondas da saudade, sem saber quando ou como poderei encontrar a paz novamente. Tudo o que sei é que, enquanto você permanece em meu coração, o mar da minha alma continuará agitado, sem calma à vista.

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