capítulo 31

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Talvez, se eu tivesse me entregado de corpo e alma,Se eu tivesse lutado contra as correntes do destino com mais coragem,Você não teria partido para longe, como um pássaro que foge da tempestade

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Talvez, se eu tivesse me entregado de corpo e alma,
Se eu tivesse lutado contra as correntes do destino com mais coragem,
Você não teria partido para longe, como um pássaro que foge da tempestade.
Talvez, se eu tivesse sido menos intensa, menos possessiva,
Não teria sufocado o amor que tentava florescer entre nós.
Talvez não teria te perdido dessa maneira tão irreparável.
E se eu não tivesse sido sua amiga,
Talvez nunca tivesse experimentado essa dor dilacerante
Que é amar em silêncio, um amor que nunca pude confessar.

Esses "talvez" ecoam como sombras em minha mente,
Como um vento que não se cala, transformando nossa história
Em um labirinto sombrio de arrependimentos,
Onde cada escolha, cada palavra não dita,
Se transforma em espinho que rasga minha alma.
O que poderia ter sido? O que eu poderia ter feito diferente?
Esses pensamentos me afligem, mas não tenho respostas.
Apenas um vazio profundo e um medo de que seja tarde demais.

É como estar à deriva em um mar revolto de emoções,
Com um navio desgastado pela solidão,
Navegando para um cais que parece cada vez mais distante,
Um lugar onde meus pés jamais tocarão a areia quente,
Onde a esperança de um futuro ao seu lado se dissolve como névoa.
E assim, seguimos: eu, perdida em um oceano de "e se",
E você, distante, talvez já com os pés firmes em outra praia.
O nosso amor foi uma tempestade incessante,
Uma força bruta que arrasou tudo ao redor,
Mas, no fundo, eu só queria um amor que trouxesse paz.

Se ao menos eu tivesse me afastado quando tive a oportunidade,
Talvez hoje não estivesse presa a essa espera angustiante,
A essa angústia que consome cada parte de mim,
Como se o tempo, que deveria curar, apenas me torturasse.
Se meu "oi" tivesse se perdido na multidão de vozes,
Quem sabe você nem teria olhado para mim?
E mesmo assim, com tantos "talvez" e "porquês",
Aqui estou eu, congelada no tempo, aguardando sua volta,
Esperando por um amor que nunca chega,
Mas que, em minha mente, ainda é tão real quanto o ar que respiro.

E eu continuo esperando por um amor suave,
Uma brisa tranquila que você parece incapaz de oferecer.
Somos como furacões, incontroláveis e violentos;
Quando nos encontramos, deixamos um rastro de destruição,
Desespero, e a sensação de que nada jamais será o mesmo.
O nosso amor não é sereno, nunca foi,
É um oceano revolto que se quebra nas rochas da realidade,
E talvez eu tenha deixado de ser o oceano e me tornado a rocha,
Suportando a fúria das ondas, sem esperança de alívio,
Ficando cada vez mais fria, cada vez mais quebrada.

Quem sabe o nosso "talvez" chegue ao fim agora?
Quem sabe? A incerteza pesa como uma névoa densa em meu coração,
E eu fico presa a esses pensamentos que me sufocam,
Sem saber se devo deixar ir ou continuar esperando.
Mas o que eu sei é que essa espera, essa dor,
Me transformou em algo que não reconheço.
Talvez a resposta que eu procuro esteja em aprender a me soltar,
Em aceitar que alguns amores são apenas tempestades,
E que, talvez, a paz que tanto busco precise vir de mim mesma,
E não de você.

Porque, no fundo, amar não é esquecer de si,
Não é se abandonar em nome de um sentimento que destrói.
É se encontrar, mesmo na ausência do outro,
É descobrir que, mesmo quebrada, ainda sou inteira.
E agora, enquanto escrevo o último capítulo dessa história,
Percebo que o amor que eu tanto busquei em você
Talvez sempre tenha estado em mim, esperando para ser descoberto.
E, nesse instante, um raio de luz atravessa minha escuridão,
Trazendo a certeza de que, sim, posso florescer sozinha,
Mesmo após a tempestade, mesmo após você.

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