XXV- Mas que diabos?

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Bônus porque eu sou ansiosa
Feliz terça

Paula se encarou no espelho, a lingerie de couro estava por baixo do robe preto transparente, seus cabelos estavam ondulados, porque? Ela não usava os cabelos assim desde os anos 90. A maquiagem consistia em um delineado preto e o batom vermelho da última coleção da Terrare. O que estava acontecendo? Porque isso estava acontecendo para início de conversa.

As luzes acenderam revelando o quarto do motel, desde a cama redonda até  mesmo o poledance. Ótimo era um sonho. Tinha que ser porque Neném não estava na cidade então logo ele entraria por aquela porta e eles teriam uma noite louca de amor.

—Confortável? —A voz veio de trás dela fazendo com que a Terrare desse uma salto, apenasmpara se virar e encontrar os olhos azuis que ela temia. Violet estava ali, parada, a mesma roupa com que ela a vira com Carmem,  mas dessa vez os botões da camisa estavam fechados. A loira sorriu e seu coração acelerou.

—O que você faz aqui Satanás?—A morena levantou o queixo, mas Baudet apenas riu.

—Eu sou parte do seu sonho.

—Sonho nada! isso tá mais pra pesadelo. Deus me livre, tenho que ver você na vida real e agora tenho que ver aqui?

Ela fechou os olhos precisava acordar. Precisava de um plano que a fizesse sair dali o mais rápido possível.  Ela então sorriu, como se uma lâmpada se acendesse em sua cabeça

Era um sonho certo? E ninguém sabia o que aconteciam nos sonhos, ela se lembrava bem de ter sonhado com Carmem e no outro dia as coisas continuavam a mesma. Até mesmo com Neném quando em sua mente eles estavam noivos a muito mais tempo do que eles realmente estavam. Era um sonho. Um presente da sua mente para que ela relaxasse.

Paula se aproximou de Violet, colocando as mãos na cintura dela, puxando-a com força até que seus corpos se pressionassem. Ela podia sentir a respiração da loira acelear enquanto sua mão subia até o rosto dela, acariciando suavemente a pele macia. Seu olhar fixou-se nos lábios de Baudet, observando-os enquanto se movimentavam quase imperceptivelmente. E ela percebeu que não conseguia olhar para outro lugar além daqueles lábios.

Paula se inclinou, aproximando sua boca a da loira. Ela podia sentir o gosto doce de seu hálito, o quente contra seu rosto. Os lábios se tocaram, e a Terrare fechou os olhos, se entregando inteiramente ao beijo, bem mais do que gostaria, mas ela precisava acordar e precisava de um choque de terror para isso acontecer.

Suas mãos deslizavam pelas costas de Violet, trazendo-a cada vez mais perto. Ela podia sentir o coração da mulher batendo contra o seu peito, rápido e desesperado. Paula aprofundou o beijo, sua língua encontrando a de Violet em um íntimo encontro. Ela podia sentir o gosto dela, doce e irresistível, como se tivesse sido feita apenas para ela e de certa forma era, seu cérebro criando a sua inimiga para aquela situação.

É um sonho, ninguém vai saber.

Ela envolveu a loira em  seus braços, as mãos deslizando por baixo da camisa dela, acariciando a pele nua de seu abdômen.

A morena  puxou Violet com mais força, fazendo-a se inclinar para trás, presa entre seu corpo e a parede atrás delas. Ela podia sentir a pulsação cardíaca da outra mulher acelerar enquanto aprofundava o beijo, sua língua explorando cada centímetro de sua boca.

Nêmesis - CarrareOnde histórias criam vida. Descubra agora