I- Alguém novo para odiar

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Avisos iniciais:
Essa é a primeira fanfic que eu estou escrevendo na minha vida
Espero que gostem
( Resolvi respostar então se alguém ler isso deixe um comentário feliz )

💋

Era mais um dia comum quando Carmem entrou no prédio com Paula ao seu lado. Os últimos meses não haviam sido bons para a loira e quinze dias sozinha em Paris não pareciam ter apagado todos os planos que imaginara ao lado da Terrare. Ela tentou manter a expressão alegre desde que voltara como se o cancelamento não a tivesse magoado e funcionou. Tudo parecia normal.

Elas entraram no elevador, e agora ele parecia menor e carmem se perguntou até que ponto conseguiria se manter indiferente. Ela respirou fundo com o perfume da sua ex-inimiga invadindo seus pensamentos novamente.

"Não", ela ergueu o queixo afastando a morena de vez dos seus pensamentos.

-Neném me mandou flores acredita? -O ponto rosa no elevador a encarou e um sorriso surgiu em seus lábios e Carmem espelhou o gesto, ela mal se lembrava de quando começou a gostar de vê-la sorrir, mas a expressão se desfez ao processar a frase, ela levantou a sobrancelha e quase inconscientemente a morena continuou-Ele foi para a Austrália, lembra? Jogo da seleção. Volta na sexta. E aí vamos comemorar.

Sexta. Era o dia que elas saíam para comemorar mais uma semana em que a Wollinger Terrare era a líder de vendas. Uma curta tradição que agora seria quebrada.

As portas se abriram e a loira aproveitou para não ter que dar alguma resposta.

-Sabe o que o pastel de vento quer dessa vez?-Carmem bufou ao fim da frase. Era quarta feira, nunca haviam reuniões as quartas e agora toda a sua rotina parecia ir pelos ares.

-Falar que somos geniais, expetaculares e que a Terrare Wollinger é a maior empresa do mercado -Paula gesticulou saindo do elevador. -Aposto que batemos o recorde com aquele novo hidratante de tulípas amarelas, o comercial foi perfeito.

Carmem se lembrava bem do fatídico dia, ambas de amarelo enquanto a tela verde atras das duas fazia a parte difícil do trabalho. Ela odiava amarelo.

A morena se virou encarando a mais alta, havia algo de errado nas sobrancelhas franzidas da loira que fez Paula parar e cruzar os braços.

-Aconteceu alguma coisa? Você anda quieta.

A mais velha evitou revirar os olhos, ao inves disso sorriu, Paula não enxergaria seus sentimentos nem se ela os escrevesse no céu.

-Não é nada-Carmem tomou uma respiração -Só... a monotonia é estressante.

Era uma meia verdade. Mas qualquer acontecimento parecia melhor do que escutar a sua ex-inimiga falar do jogardozinho o dia todo. Até mesmo no almoço.

-Certeza, certeza? Somos amigas agora, lembra?-Seu estômago afundou e ela assentiu.

-Claro. Está tudo as mil maravilhas -Significava que dinheiro não era problema e que ela havia recuperado a moto e tudo que perdera depois da falência. -Agora vamos.

A porta dupla estava bem na sua frente e a entrada em grande estilo foi feita. Todos se levantaram e a duas sorriram.

-Espelho, espelho meu,-Paula apontou para o homem- existe um creme mais vendido que o meu?

Nêmesis - CarrareOnde histórias criam vida. Descubra agora