Nêmesis - Carrare

XXVI- Beije-a

Quase segunda, mas ainda é domingo, parece que foi mais dificl achar um título do que escrever o capítulo. Espero que vocês gostem. Nas notas finais vamos ter uma conversinha

O quarto estava escuro e Carmem demorou para saber onde realmente estava, ela tateou o outro lado da cama procurando por violet mas o lugar da loira estava frio. Não havia sequer o sinal de que ela havia se deitado. A platinada encarou o celular, horas atrás elas estavam ali, juntas e agora tudo que restava era o vazio.

A luz entrava por debaixo da porta, fazendo Carmem se levantar, o que quer que estivesse acontecendo. A platinada saiu da cama, seguindo para o andar debaixo. Frio e mal iluminado.

Ela suspirou caminhando até o unico lugar que parecia habitado. Vozes altas ganham força até o escritório da loira. Há uma discussão ali, a Wollinguer respira fundo antes de decidir se continua ou não. Não é uma boa ideia, definitivamente. Ela não deveria se meter nisso, deveria? Quer dizer, Violet e ela estavam juntas mas isso não significava que elas deveriam ser praticamente siamesas. Ela odiaria se tornar mais uma versão de Paula e Neném. A mulher parou quando seus pés finalmente a deixaram na porta fechada do lugar, ela respirou fundo antes de colocar seus pensamentos em ordem. Poderia interromper aquilo ou...

-O que foi? Sua vida perfeita não parece mais tão perfeita? -Era a voz de Kate, irritada e estridente.-Porquê Violet?

-Eu sei o que eu faço. -Violet quase parecia calma. -Eu não preciso que você venha aqui e...

-Cause mais problemas? É isso? Porque eu posso ir embora agora e eu te garanto que é a última vez que você vai me ver.-Silêncio. Interminável.-Qual é o seu problema Violet? Eu não vou morrer, a sua nova namorada também não vai morrer, nem as crianças, nem esse cachorro que não larga do seu pé. Todos nós estamos bem! Você deveria aproveitar isso ao invés de surtar!

-Eu não estou surtando! Eu não quero mais enterrar ninguém que eu amo! Eu estou cansada disso Kate.

-Mas isso significa perder todos que você ama? Isso não é proteção. É paranoia. -Mais um silêncio interminável -As meninas querem ficar com você mesmo com isso tudo acontecendo, nem elas suportam os seus pais. A única coisa que você precisa fazer é ser a mãe delas. E nem é tão difícil, nós fizemos um bom trabalho, você fez um bom trabalho.

-Você é a única que acredita nisso.-Houve uma risada depois, mas sem nenhuma pitada de humor.

-Eu te amo, mas não vou ficar aqui pra ver você destruir tudo.

-Eu sei que você acha que sabe o que é melhor, mas...

-E a sua namorada sabe? Quantas vezes ela te defendeu daquela maluca? Quantas vezes?

-Eu não preciso que ninguém fale por mim.

-Claro que não. Mas Quantas vezes ela fez? No shopping quando você estava com as meninas? Ela deve ter feito alguma coisa para parar aquilo, ela não ficou só olhando ficou? Ou... já sei, já sei, quando ela colocou aquilo tudo na Internet, nossa como ela deve ter ficado brava com aquele marca texto gigante, pelo menos por telefone, em uma ligação ou até um e-mail.-A mulher riu alto-Não. Ela não fez nada. Ela não moveu um dedo para te ajudar, nem te apoiar ou qualquer caralho! Ela só mandou você ficar calma e te usou pra fazer ciúmes na outra. Ela não passa de uma espiã Violet.

Carmem mal teve tempo de se esgueirar pelo corredor antes que a porta abrisse.

✨️💄✨️

Paula encarava a tela do notebook como se a sua vida dependesse daquilo. E dependia, ela precisava escolher o melhor vestido para o ensaio fotográfico com Neném e o mais novo casal maravilha, o pensamento de Carmem é Violet juntas fez seu estômago embrulhar. O que Violet tinha que ela não tinha? O que Violet fizera para que Carmem a pedisse em casamento tão rápido? Neném demorara séculos para que percebesse que a amava, e tudo se dera pelo maldido/bendito vestido preto e branco de Rose. Ela cansaram de ouvir da melhor amiga que o jogador era apaixonado pelo vestido. Se Neném tivesse visto Flávia com aquele vestido ele não iria... A Terrare balançou a cabeça. Não, jamais.