XXIX- Nunca é tão simples assim

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Feliz domingo!
Espero que gostem do capítulo!

Enquanto Carmem se dirigia à reunião, seu pensamento continuou.

Nunca é tão simples assim. Suspirou ela para si mesma, lembrando-se de todas as dificuldades que ainda estavam em seu caminho

Mas deveria. Continuou, agora falando baixinho. Ela sentiu um nó se formar em seu estômago, uma mistura de ansiedade e determinação.

Carmem parou por um momento na frente da porta da sala de reunião, seus pensamentos continuavam.

Parece que nunca nada na minha vida foi simples. Tudo sempre acaba se tornando mais complicado do que eu esperava.

A platinada respirou fundo, tentando acalmar-se. Ela sabia que as coisas dificilmente seriam fáceis, mas esperava pelo menos conseguir manter o sangue frio.

Depois de um momento para reunir coragem, Carmem abriu a porta da sala e adentrou. A reunião já estava rolando, e ela procurou por uma cadeira disponível.

Enquanto escutava a discussão dos presentes, sua mente continuava a divagar. Pensamentos sobre o passado e o presente misturando-se, uma bagunça de emoções e dúvidas.

—Bom...se todos estiverem de acordo...—Marcelo falou dando um passo para trás,  as reuniões nunca foram muito boas para ele.

—Por mim está  tudo ótimo —Paula soltou a caneta do outro lado da mesa. Simples.

—Então estamos bem com isso?—Ela encarou Violet,  os óculos na ponta do nariz e uma sobrancelha levantada. Carmem conhecia muito bem aquela expressão, seu olhar passou dela, para a assistente e depois para uma Terrare impaciente. 

A loira suspirou deixando o contrato sobre a mesa e o empurrando para o centro.

—Eu não vou assinar isso. —A voz ressoou pela sala agora silenciosa.

—O que? É um contrato justo!—Paula cerrou os olhos. Ambas haviam passado horas revisando os papéis, não havia nada que fosse prejudicial para nenhuma das empresas.

—Não, não é. —Ela espalmou as mãos sobre a mesa, o topázio amarelo ainda no dedo anelar,  como uma lembrança concreta de uma dor oculta. —Vocês querem 70% dos lucros, além do uso livre das fotos e campanhas. Nem se eu estivesse maluca aceitaria isso.

—Bom, você é a que mais tem interesse nessa campanha, nós temos uma imagem a proteger. —A morena voltou a se defender.

—Então encerramos por aqui—Violet sorriu. —Sem contrato. Sem campanha. Sem dores de cabeça o que acha?

—Espera ainda podemos conversar sobre isso—Marcelo tentou mediar um  acordo. Mas aquele não era o contrato que ela é Paula revisaram.

—E o que você sugere?—Violet se inclinou sobre a mesa

—Bom—Ele gaguejou seu olhar encontrando o de Carmem —Talvez...pudéssemos...mudar alguma coisa.

—Quero 50/50—Ela suspirou—É mais do que justo e sinceramente eu deveria ficar com a maior parte. Eu também não abro mão de decidir sobre como, onde e quando a publicidade será usada. E eu quero que Kate faça as fotos.

—Isso não é nepotismo não? —Paula levantou a sobrancelha.

—Confio nela. Além do trabalho dela ser ótimo. Eu não escolheria outra pessoa. E não vou.

—Então 60 pra gente e 40 pra você.  E você pode levar sua fotógrafa de estimação.  —A Terrare negociou, ela se lembrava de como Paula amava uma dessas discussões.

Nêmesis - CarrareOnde histórias criam vida. Descubra agora