Kate

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Pov: Kate

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Estou de volta e S/n não perde por esperar. Aquela desgraçada me afastou da minha família e me prendeu longe de todas as memórias que tenho da minha irmã. Odeio a S/n, ela arruinou a vida da Luna ao deixá-la. Luna era uma menina doce e ingênua, e não posso afirmar que S/n foi cruel ou que maltratou minha irmã, pois ela realmente se mostrou boa para ela. Contudo, cometeu o maior erro da sua vida ao abandonar Luna, que sempre lutou contra a depressão.

Quando minha irmã conheceu S/n, ela começou a mudar, e eu percebia o brilho em seus olhos. Luna estava feliz como nunca antes, e eu fiquei ainda mais contente ao ver minha irmã sorrindo. Apoiei o relacionamento delas com a firme convicção de que S/n seria a solução, o antidepressivo que tiraria minha irmã daquele abismo e faria dela a mulher mais feliz do mundo. Mas eu estava enganada.

Quando meus pais souberam sobre o relacionamento entre as duas, ficaram desapontados. Sempre foram preconceituosos e não aceitavam que sua filha caçula estivesse namorando uma "aberração", como costumavam se referir a S/n. Na frente dela, faziam questão de ser educados, mas era apenas uma farsa, uma encenação. S/n, por sua vez, era tão ingênua que não conseguia enxergar isso; era fácil para todos a enganarem.

Eles sempre a trataram com cordialidade apenas por conta da riqueza de S/n; seu sobrenome carrega peso e sua família tem poder suficiente para conseguir o que quiser. Eles são influentes o bastante para arruinar a vida de qualquer um, e foi exatamente isso que ela fez comigo.

Quando Luna encerrou seu relacionamento com S/n pela primeira vez, meus pais a repreenderam e, a partir de então, mudaram completamente sua atitude em relação a ela. Tornaram-se frios, e para Luna, isso foi devastador, pois ela os amava profundamente. Essa mudança cruel, somada a outros fatores, a levou a tentar o suicídio.

Não culpo S/n pela primeira vez; na verdade, ela não foi a culpada. A responsabilidade recai sobre meus pais, que trataram minha irmã de forma tão cruel simplesmente porque ela havia terminado seu namoro. Eles a ignoravam, como se não a conhecessem, e essa situação era terrível de se presenciar. Quando ela foi internada no hospital, acreditei que meus pais voltariam a ser como antes e ofereceriam o amor que ela tanto necessitava, mas isso não aconteceu...eles pressionaram Luna a reatar com S/n, alegando que, se ela não o fizesse, a situação deles ficaria insustentável, já que o dinheiro de S/n poderia transformar nossas vidas. Eu entendia o ponto de vista deles, pois também desejava que a situação financeira melhorasse, mas não queria que isso acontecesse a qualquer preço. Não queria que minha irmã voltasse com alguém que já não despertava mais seus sentimentos. No entanto, Luna decidiu ceder e acabou voltando com S/n, mas a relação já não era a mesma. Sempre possessiva, Luna ficou ainda mais insegura, e S/n, não ajudava em nada, já que não era exatamente a pessoa mais confiável. Passava horas sem dar notícias, o que só aumentava a inquietação de Luna. A situação piorou quando S/n mudou de escola. Luna ficou completamente fora de si, convencida de que S/n a estava traindo.

Tudo piorou quando recebeu uma foto de S/n abraçada de maneira íntima com outra garota. Luna ficou descontrolada, sentindo-se péssima. Ela convencionou que S/n não a amava e que era uma filha da puta. Durante meses, essas ideias a atormentaram, até que engravidou. Ao descobrir a gravidez, entrou em desespero, pois, evidentemente, era muito jovem e ainda estava estudando.

Embora não desejasse ter o bebê, meus pais a pressionaram a seguir em frente, já que, afinal, como poderia haver algo melhor que um filho com S/n? Para meus pais, isso garantiriam o nosso futuro, mas ela não via dessa maneira. Se eu estivesse em seu lugar, teria feito tudo para agradar S/n, mesmo colocando meu orgulho de lado, pois sabia que no final isso traria recompensas. Porém, Luna era ingênua demais para lidar com este mundo tão duro. Por muito tempo, alimentei um ódio por S/n até perceber que, na verdade, o que sentia era amor. Agora, voltei para recuperar o que é meu; S/n será minha, e essa filha da puta vai comer na minha mão. E isso é uma promessa.

𝘋𝘰𝘤𝘦 𝘔𝘦𝘯𝘵𝘪𝘳𝘢 𝘌 𝘈𝘮𝘢𝘳𝘨𝘢 𝘖𝘣𝘴𝘦𝘴𝘴𝘢𝘰 (S/n G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora