Richard Ríos.Cheguei em casa e fui recebido pelos gritos dela, que pioraram ainda mais quando ela notou minha presença.
Minha mãe tentava conter a situação, que de repente ficou pior quando ela caiu no choro e foi para o quarto.
— O que você fez? — minha mãe perguntou após um longo silêncio.
— O que eu fiz? — perguntei, sem entender. — Estava na rua até agora, ela surtou na minha ausência, e eu fiz algo?
— Ela te xingava sem parar. É claro que você fez algo.
— A Nicole é maluca, tia. Pra ela surtar, não precisa de muito — disse Juan.
— Ela gritou e beliscou seu neto e ainda sai como vítima, mãe? — perguntei com raiva.
— Vai conversar com ela.
— Não tem conversa. Ela vai embora no primeiro voo que eu achar.
Saí andando sem ouvir o que minha mãe estava dizendo atrás de mim.
Ela me viu e ficou me encarando.
— Tá mais calma? — Perguntei, mas, assim que falei, ela veio com tudo e, em um piscar de olhos, eu estava levando tapas e arranhões.
— Nicole — minha mãe tentava separar—, toma água, querida. — Ela esticou o copo, que não demorou para virar estilhaços no chão.
— Você é doente? — segurei os pulsos dela com certa força, porque ela estava fora de si —se controla.
— Menina mimada e chata, volta pra sua casa estranha — Juan disse, enquanto tampava os olhos do Thian, piorando ainda mais a situação.
— Juan, por favor — olhei para ele, que fez careta e saiu puxando minha mãe e Thian dali —você pode me explicar o que aconteceu com você? Pirou?
— Você estava com aquela piranha de novo — ele sentou e começou a chorar — Você é um burro. Enquanto você está atravessando a cidade para encontrar com ela, ela está lá te esperando com o amigo dela, fazendo você sabe o que.
— Nicole, você não teve a coragem de clonar meu WhatsApp de novo, né? — respirei fundo — diz que não para eu ter um problema a menos.
— Otário, pega babado mesmo.
— É... você teve essa coragem de novo. — Bufei e respirei fundo para tentar ser educado —. Você descontou tudo em uma criança que não tem nada a ver com a situação. Eu estou muito puto com isso, mas vou poupar estresse.
— Poupar estresse? Você sabe que está errado. Admita.
— Sabe o que você faz? Arruma suas malas que você vai voltar para a Colômbia no primeiro voo que eu achar. — Ela ficou séria de novo —chegando lá, faça o favor de procurar ajuda psiquiátrica. Você precisa.
Ela me encarou e deu para ver que se segurou para não vir para cima de mim. Mas toda a raiva foi colocada pra fora com ela quebrando ou derrubando o que ela encontrou pelo caminho.
— Você tem que quebrar muito a cara na vida, Richard. Tudo que você está fazendo comigo vai voltar para você — disse chutando a mala no chão —. Quem vai desgraçar a sua vida é ela. Pode esperar.
— Nicole, quebrar as coisas e gritar não vai mudar nada. — Sentei, olhando para ela —o que vai acontecer comigo não é um problema seu.
— Claro que é. Vamos ter um filho.
— Isso não te dá o direito de se intrometer na minha vida.
— Você é o meu maior arrependimento, Richard.
Acredite, o meu também é você.
— Arruma suas coisas. Vou comprar sua passagem. — Saí andando para fora do quarto.
Procurei a primeira passagem disponível sem nem olhar o preço, comprei e mandei tudo pelo WhatsApp dela.
Quando vi ela saindo, foi um alívio gigantesco.
Paz.
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Ana Júlia.
— Então, vocês estão juntos?
— Não. — Deitei na perna dele — Estou confusa.
— Não sei se te aconselhei a fazer o certo. Você voltou três vezes pior. — Eu ri.
— A ficante dele surtou e beliscou o sobrinho dele. Ele ficou tão atordoado que quase me levou junto no carro. — Fechei os olhos quando recebi um cafuné.
— Você quer ele. Assume logo.
— Vamos jantar o quê? — Troquei o rumo da conversa e ele riu.
— Você se faz. - negou- Pode ser japa. Comprei um vinho muito bom na Argentina.
E assim terminávamos a noite: vinho, comida japonesa, música boa e conversa.
Continua...
Clima de sapecagens misteriosas. Tudo depende de vocês
😼
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Inolvidável | 𝐑𝐢𝐜𝐡𝐚𝐫𝐝 𝐑𝐢os
Fanfiction𝐢𝐧𝐨𝐥𝐯𝐢𝐝á𝐯𝐞𝐥 𝐚𝐝𝐣𝐞𝐭𝐢𝐯𝐨 𝐝𝐞 𝐝𝐨𝐢𝐬 𝐠ê𝐧𝐞𝐫𝐨𝐬 𝐧ã𝐨 𝐨𝐥𝐯𝐢𝐝á𝐯𝐞𝐥; 𝐢𝐦𝐩𝐨𝐬𝐬í𝐯𝐞𝐥 𝐝𝐞 𝐞𝐬𝐪𝐮𝐞𝐜𝐞𝐫-𝐬𝐞.