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Ana Júlia 🌞

— problema seu se você tá curioso. Eu não vou mandar — Victor estalou a língua —

— Nem agradecer,Ana Júlia? Que sem educação você — fiz careta mesmo sabendo que ele não ia ver —

— vai fazer alguma coisa útil e deixa eu terminar aqui vai — liguei o chuveiro novamente —

O sem teto do Victor estava aqui de novo. Tava me enchendo o saco desde que falei isso pra ele antes de entrar no banho, aí ficou eu no box hidratando o cabelo enquanto Victor estava sentadinho no vaso me enchendo de perguntas e me incentivando a mandar.

Eu fiquei noiada com isso depois porque podia ser QUALQUER pessoa, até mesmo uma que encontrei em uma avenida qualquer e como eu não lembrava de nada isso só aumentava meu medo.

Mas essa pessoa sabia onde eu morava, meu apartamento e poderia me sequestrar quando quisesse.

Terminei o meu banho e sai já vestindo um pijaminha. Dei uma arrumada meia boca no cabelo e fui fazer algo pra comer, ou tentar, ser uma pessoa séria quando Victor tá do lado é missão impossível.

No fim foi uma tentativa de macarrão ao molho branco com vinho do fundo do meu cantinho do alcoólatra que foi quase secado da última vez que recebi os meninos aqui.

Ainda falaram mal da minha comida, vê se pode.

Sair é muito bom, mas ficar em casa, cheirosa, limpa, comendo e escutando a música que você quer não tem preço.

E nessas emoções que o vinho me proporcionou eu peguei meu celular e minha curiosidade subiu.

Mandei, nove da noite de um domingo, as vésperas de um feriado. Tava nem aí pra horário, quem trabalha amanhã? Eu hein gente.


Richard Ríos 🇨🇴

Eu nunca mais confio em ninguém daquele clube. Falaram que o lugar que íamos era uns 20 minutos, no fim de tudo atravessei a cidade e parei no mato.

E não reclamando da natureza mas já reclamando. Que tanto de inseto é esse nesse lugar? Já estava cheio de bolinhas vermelhas e não tinha nem duas horas aqui.

o sinal que era como se você estivesse em um buraco. Mas tirando isso o lugar era bonito, eu só não servia pra ser do mato mesmo.

Endrick chegou com uma cara fechada. Tinha sumido o dia inteiro ontem, só apareceu pra confirmar a presença.

Falou com todos e veio até mim.

— fala colombiano — fizemos um toque —

—suave? — ele assentiu meio estranho — qual foi?

— prejuízo daquela noite maldita. —eu ri — não ri não colombiano. Briguei com minha loirinha,cara.

— por que? Você fez merda? — busquei na mente algo grave naquela noite e não encontrei —

— ela brigou mais porque eu cheguei no outro dia e viu meus vídeos bebaço — eu gargalhei e ele me olhou nervoso — ri mesmo seu caralho, tô torcendo pra ser muito pior com sua mulher.

— não tenho — ergui minhas mãos sem alianças —

Fui rir chorei.

Era recente ainda ta?

— otario — riu — aí tava lá tranquilão, as coisas tinham acalmando, deitei pra dormir e ela me apareceu com a foto que tirei com aquela menina.

— aquela menina é a sua cópia, se não for pior —ele riu — vocês deitaram na calçada e ficaram cantando, cara, tem noção do nível de cachaça?

— acontece mano — deu os ombros —

— aham. Todos os dias.

E aí eu me distrai. Depois que almoçamos ficamos jogando e vendo os possíveis 'pts' de hoje. Não seriam poucos, fato.

Continua...

Quando o livro bater 1k de leituras e 75 votos eu faço maratona. Aí fica com vocês.
😔
🙏

Inolvidável | 𝐑𝐢𝐜𝐡𝐚𝐫𝐝 𝐑𝐢os Onde histórias criam vida. Descubra agora