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Ana Júlia.

Desde que a bendita menina do cachorro falou tudo aquilo no Twitter e me acharam, não tenho paz. Meu Instagram foi DERRUBADO logo de início e, com menos de um dia, acharam o Facebook de metade da minha família.

Deve ser o Karma, né? Eu amava fuçar a vida dos outros, mas quando você é o alvo não é legal.

Um detalhe é que já está quase indo para a terceira semana desde que aconteceu tudo e ninguém esquece essa história. Na verdade, estava caindo no esquecimento, mas o Richard apareceu com uma menina, me ressuscitaram, não sei por que, e desde então começaram novamente as mensagens me xingando.

Desativei tudo e estou vivendo de WhatsApp e SMS. 🥰

Hoje faz uma semana que nos vimos. Na verdade, ele me viu enquanto estava tirando fotos com o pessoal que fica na porta do CT. Estava atrasada no horário de almoço, passei correndo na frente do carro e só fui saber que era ele porque a benção mandou mensagem.

Depois de tempos. Vê se pode.

Conversamos e ele se irritou, dizendo que eu estava tratando ele mal, sendo que eu só estava ocupada estudando e por isso as respostas breves. 🥰

Desde então, só.

Hoje tenho uma festa. As mais temidas festas privadas que lotam de jogador. Nunca gostei porque me sentia desconfortável. É tipo um cardápio, sabe? Tendo todo tipo de mulher para os jogadores escolherem como e quantas quiserem. Mas essa, segundo os meninos, é diferente.

E cá estou eu subindo uma ladeira A PÉ com uma bota que tem uma lapa de salto e uma saia que sobe a cada passo.
Tudo porque os emprestáveis não foram me buscar e ainda tiveram a capacidade de errar o endereço.

Homens.

Joãozinho me encontrou e nós subimos juntos de mãos dadas porque estava realmente difícil ter equilíbrio naquelas ruas escuras.

Chegando lá, tive que deixar meu celular guardado porque não podia entrar com. Já não gostei. Em seguida, adentrei aquele furdunço indo em busca dos queridos com a ajuda do português, que não soltava minha mão por nada, inclusive perguntou se eu queria que ele fosse comprar um outro calçado pra mim. 🥹 Fofo.

Quando achei, fiquei igual ao chaveirinho deles. Como sempre.

Antes de sair, falei que não ia beber, mas tinha uns homens tão sarados fazendo uns drinks lá que eu fui só pelo entretenimento. Eu em. Numa dessas foi vodka e whisky. Tudo que você deve beber pra morrer de arrependimento e dor amanhã.

Ativei o modo só se vive uma vez e fui. Quando fui ver, estava no brilho e só as forças divinas sabem como eu estava me segurando no salto quinze daquela bota e ainda fazendo coreografia do bonde das maravilhas que, na minha cabeça, estava certo.

Dancei até cair, literalmente. Meu pé virou e de repente eu estava caída no chão com o copo na mão.

Torcer o pé sim, derrubar bebida jamais.

Aproveitei que estava no chão e me deitei pra descansar as pernas. Por sorte, o pessoal estava muito entretido então ninguém notou esse tombo ridículo que eu tive e nem eu deitada no chão. Só Diego que já veio todo preocupado me ajudar e atrapalhar meu descanso.

— Olha aí, trouxa, eu avisei — puxou meu copo—

— Me deixa vai — tentei pegar— aí — senti a dor do pé —

— Que foi?

— Nada — fiz careta botando a mão lá e ele negou—

— Vamo pro sofá ali. — sentei no chão e olhei pra ele — Consegue andar?

Inolvidável | 𝐑𝐢𝐜𝐡𝐚𝐫𝐝 𝐑𝐢os Onde histórias criam vida. Descubra agora