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Ana Júlia

Domingo de manhã e eu aqui no vaso pensando se iria pro interiorzão só pra comer ou se ficaria aqui curtindo o barulho das buzinas.

Se eu ficar não vou ter a comida da minha vó, e se eu for vou me arrepender e ficar irritada com os pernilongos.

Eu definitivamente não tenho ideia.

Ontem eu fui dormir extremamente tarde com o querido, que inclusive estava roncando até agora na minha cama com a boquinha aberta.

Óbvio que tirei foto dessa cena e mandei pro
Endrick, nossa boquinha de gazeta.

Já estávamos conversando ontem sobre o fuso horário quando ele for pra Madrid. Richard disse que ele vai continuar o mesmo vagabundo indo dormir tarde, mas acho que não.

Richard ia embora ontem mas eu fiz ele ficar e ele ficou. Juan foi obrigado a pagar um motoboy pra trazer as coisas dele e o bichinho pagou.

Passei mal com eles brigando em espanhol igual as gaguinhas de ilhéus.

_

Sai dos meus pensamentos e levantei do vaso porque estava quase dormindo sentada.

Entrei no box e liguei o chuveiro molhando o cabelo em seguida.

A água pegando fogo e os vidros embaçando.

Amo banho que parece que você é uma galinha dentro da panela cozinhando para o almoço de domingo.

Quando eu estava terminando de tirar o shampoo do cabelo ouvi o barulho da maçaneta, ignorei porque eu jurei que ele ia voltar pra trás depois de notar minha presença.

Mas o barulho do box abrindo tomou conta dos meus ouvidos e uma coisa ereta tocou na minha bunda.

Meu pai amado. As sete da manhã e já tem uma vareta roçando na minha bunda.

— Richard— olhei por cima do ombro e ele aproveitou pra beijar meu pescoço —

Pra fugir vai ser foda.

—hum?— se fez de louco e deslizou a mão até lá embaixo e eu reprimi os lábios —

Mais uma vez agradecendo a Ana Júlia do passado por ter feito as pazes com a cera.

Eu só travei porque o desgraçado estava no lugar certinho

Uma mão lá, a outra deslizando por todo canto,o negócio duro roçando na minha bunda e os beijos no pescoço.Isso é um teste de resistência impossível.

— porra... eu quero tomar banho — saiu em um sussurro —

— o que você quer? Não ouvi— falou no ouvido com a voz rouca e eu derreti —

Mas quem disse que eu consegui?

—ri... ai — ele enfiou o segundo dedo e soltei um grito quando ele movimentou —

— não ouvi, amor. Repete — a voz,aquela cara de puto do caralho—

— você— olhei pra ele —

— é? — ele fez de novo, que ódio—

— uhum. Você... me fodendo — olhei pra ele-

Ele soltou um sorriso de orelha a orelha quando ouviu e em questão de segundos me fez virar pra ele. Deu uma encarada de queimar e logo em seguida me beijou.

É inexplicável como até rápido o beijo desse ser consegue ser perfeito. Que saco Ríos, brocha aí pra mim ter um motivo pra te difamar.

Ele foi descendo, descendo e de repente estava lá fazendo um oral em mim, enquanto me olhava e eu gemia igual uma cadela tentando me segurar por ali.

Inolvidável | 𝐑𝐢𝐜𝐡𝐚𝐫𝐝 𝐑𝐢os Onde histórias criam vida. Descubra agora