Ana Júlia
Richard estava em uma nóia absurda sem falar nada. Ja eu tentei pensar em várias formas de sair dessa situação sem ser tão sonsa.Mas era impossível
— oi — sorri e fui dar um beijo na calvície do meu pai—
— bom dia, ana Júlia – foi a resposta dele, acompanhada de uma cara seria-
Eu fechei os olhos só pedindo por socorro mentalmente para todas as forças divinas.
— É... esse é o Richard, pessoal. Richard, esses são meus pais, Luiz Fernando e Diana. Aquela ali é minha tia Denise, irmã da minha mãe. — apontei, ele sorriu mais falso que tudo—
— um prazer conhecê-los — caminhou torto e cumprimentou cada um—
O meu pai encarava ele, eu prendia o riso junto com a minha tia e ele lá,completamente perdido. Sem camisa e arranhado.
Só imaginei o cenário dele recebendo uma bicuda a qualquer momento de um homem 3x menor que ele.
Estava quase.
— a camisa — falei baixo e imediatamente ele catou uma camisa por lá —
Não foi uma qualquer. Foi a minha camisa do São Paulo. Puta merda.
Eu não iria me aproveitar né?
Ah com toda certeza iria sim!
Tirei umas vinte fotos e a cara de nervoso quando notou que estava com a camisa errada foi impagável.
Ele levantou feito flash e largou o celular que estava desbloqueado no meu colo.
E no momento exato que olhei pro visor vendo o horário de previsão de entrega do remédio o celular tocou.
Adivinhem só? A menina lá da Colômbia ligando de vídeo.
Como o celular estava no silencioso eu só ignorei e voltei a prestar atenção nos meus pais.
— ouviu? — minha mãe chamou minha atenção-te mandamos mensagem e você não respondeu. —tia soltou uma risada — vamos pra sua vó e passamos pra te buscar.
— Victor vai?—perguntei pra menina risonha—
— não. Disse que tá com cólica. —ri e meu pai negou—
— então não vou.
— leva seu namorado — meu pai disse na hora que ele estava de volta. O olhar foi direto pra ele que estava PERDIDO —
—Pai, ele não é meu namorado.— tentei não manter contato visual pra não rir—
— não?
— Não pai. Ele é casado. — o silêncio se instalou, todo mundo sem reação,inclusive eu— Somos só amigos. Ele joga no palmeiras, sabia?
Eu até consigo mentir bem. Mas nessa situação não foi tão convincente.
Ele todo arranhado e ambos de cabelo molhado saindo do quarto quase juntos.
— seu tio vai amar — ele disse já desfazendo um pouco daquela cara seria—
— Vamo conhecer a família... como é teu nome mesmo?— minha tia perguntou arrancando uma risada minha —
— Richard
— sei nem falar. Tu é gringo é? Ana Júlia é cheia desses amigos gringos. Até hoje peço pra ela me apresentar um. — ele foi se perdendo porque ela falava rápido e também porque o celular voltou a tocar—
Nicole 2❤️
Ela tentando ligar nos dois números? Gente será gravidez?
— Ele é da Colômbia, tia.— respondi por ele que me olhou percebendo meu olhar e respirou fundo guardando o celular—
— ei menino. Lá Deve ter cada homão né?
— meu Deus — neguei e a mãe riu—
— para de ser tarada, Denise.— pai disse e nós rimos —
— vocês me dão licença? — ele levantou
— toda cidadão —
E ele saiu do apartamento. Minha mãe puxou assunto comigo sobre diversos assuntos e só quando ia embora falou que Maria Luiza iria vir pra cá.
De novo que saco.
Fiz uma vitamina lá e quando sentei ouvi a porta abrindo.
— tive que me esconder — me entregou a sacola—
— por que?—
— um homem casado com uma pílula do dia seguinte subindo pra casa da amiga — me entregou o copo d'água —
— amigos que se ajudam — engoli aquela coisa com a água que ele trouxe—
— seu pai entenderia — deitou no sofá - ainda encontrei uma criança estranha que parecia uma assombração na escada
— ficou te encarando?— ele assentiu — o Fernando. Ele já me beliscou no dia que ficamos presos no elevador.
— já pensou em se mudar daqui? Ninguém vai com a sua cara, nem mesmo o porteiro — ri—
— ai sei lá, também odeio eles mas amo meu apartamento. — larguei o copo e ele deitou na minhas pernas e ficou me olhando — sai, tô cansada.
— eu também — começou a alisar minha perna com uma mão e a outra ele colocou em volta da minha cintura —
— tá muito grudento, isso sim — bati na testa dele —
— para de ser cavala, Aninha — fez bico—
— aninha, aninha... — afinei a voz fazendo careta
— para cara —
Ficamos nos encarando lá, ele emburrado e eu nem aí pra birra dele.
Até que ele levantou pra pegar o celular e simplesmente deitou na minha perna de novo, dessa vez de costas pra mim.
Começou a mexer e curtir umas coisas sem graça de tio do kawai, só que no Instagram.
— olha — enfiou o celular na minha cara mostrando uma casa na praia—
— lindo. Onde é? — mexi no cabelo dele que olhava o celular todo sorridente —
— Ilhabela — me olhou — quando eu for campeão do Paulistão a gente vai — ele debochou e eu sorri falsa—
— vai a merda — ele riu—
Falei isso com uma vontade de mandar ele chamar a Nicole pra ir com ele. 😊
Se controla.
— não tenho culpa se seu time foi eliminado
— richard, o que aconteceu no dia quatro de fevereiro?— ele sorriu e levantou—
— ah... eu acho que conheci uma doutora clubista gostosa com a cara no gramado que ameaçou me processar— ele ia falando e me dando uma série de selinhos enquanto eu prendia o sorriso — foi isso?
— na verdade não era isso. Mas é válido porque eu sou gostosa — ele sorriu e eu beijei ele —
-Ana Júlia, você é uma otaria.
Foi o que minha mente me lembrava no momento.
Continua.
Melhor forma de conhecer os sogros.
Estou oficialmente de férias pronta pra focar aqui, e também no TikTok que estou pensando em criar. O que acham?🙃
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Inolvidável | 𝐑𝐢𝐜𝐡𝐚𝐫𝐝 𝐑𝐢os
Fanfiction𝐢𝐧𝐨𝐥𝐯𝐢𝐝á𝐯𝐞𝐥 𝐚𝐝𝐣𝐞𝐭𝐢𝐯𝐨 𝐝𝐞 𝐝𝐨𝐢𝐬 𝐠ê𝐧𝐞𝐫𝐨𝐬 𝐧ã𝐨 𝐨𝐥𝐯𝐢𝐝á𝐯𝐞𝐥; 𝐢𝐦𝐩𝐨𝐬𝐬í𝐯𝐞𝐥 𝐝𝐞 𝐞𝐬𝐪𝐮𝐞𝐜𝐞𝐫-𝐬𝐞.