Richard RíosNosso primeiro dia começou um pouco tarde porque estávamos cansados e só fomos dormir depois de tomar café da manhã.
Não sabia como seria, porque a Ana Júlia só começava a falar de verdade depois de comer alguma coisa e isso ainda não tinha acontecido; então, ela estava com uma cara emburrada enquanto se arrumava.
Ontem, ela ficou genuinamente feliz com os presentes. Até estávamos conversando bem, mas aí minha mãe ligou de novo, ela viu e ficou pensativa.
Foram vinte ligações em uma hora.
Eu achava que era mentira, mas a Nicole realmente apareceu. Por quê?
Não sei. Mas o Juan disse que ela já até chama minha mãe de sogra.
Eu deixei para resolver isso quando chegasse em São Paulo para não estragar nada com a mulher brava daqui, mas já meio que estragou.
Não sei. É confuso. Ela fala com tanta certeza que não liga, mas as atitudes dela não dizem o mesmo.
Minha cabeça está a ponto de explodir. Uma me confundindo aqui e a outra saindo da Colômbia para minha casa achando que é minha namorada.
— Você prefere passeio de barco hoje ou amanhã? — perguntei da porta do banheiro que estava trancada.
— Tanto faz.
— Só tem amanhã, vi agora — ri fraco.
— Burro — abriu a porta revelando uma vista absurda.
Essa mulher não é de Deus.
— Vai ficar aí olhando até a gente perder o resto do dia? — me olhou e eu assenti sorrindo.
— Vamos comer, você está ranzinza demais.
Deixei ela resmungando e desci para esperar lá embaixo enquanto procurava lugares legais para a gente ir nesses dias.
Foi tudo de repente, só aluguei e a gente veio sem planejar nada.
Não demorou para ela aparecer com aquelas roupas de praia que mulher usa e que eu não entendo muito bem para que servem. O negócio é transparente, vai cobrir o quê?
Mas ainda assim estava bonito e a cor azul combinava muito com ela. O cabelo estava longo e solto, mais liso agora porque ela estava retocando aquele produto que deixa o cabelo liso.
— Tô com um problema — me olhou.
— Qual?
— Estou linda, mas se eu colocar bolsa vai estragar tudo.
É sério?
— Só não colocar
— Preciso levar protetor solar, térmico, hidratante labial, escova... — interrompi ela.
— Você já não passou tudo isso?
— Sim, mas vai sair.
Respirei fundo procurando soluções para o grande problema dela.
— Me dá essa bolsa logo — ela sorriu.
— Vai me ensinar a jogar altinha?
— A gente compra uma bola e eu te ensino — ela me entregou a bolsa e saiu andando toda sorridente.
Me senti um pai solteiro nessa situação.
No caminho, ela foi gravando para o Instagram, que tem privado e deve falar mal de todo mundo, e eu fui ouvindo as atrocidades que ela falava sobre alguma menina que, pelo visto, os seguidores já conheciam.
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Inolvidável | 𝐑𝐢𝐜𝐡𝐚𝐫𝐝 𝐑𝐢os
Fanfiction𝐢𝐧𝐨𝐥𝐯𝐢𝐝á𝐯𝐞𝐥 𝐚𝐝𝐣𝐞𝐭𝐢𝐯𝐨 𝐝𝐞 𝐝𝐨𝐢𝐬 𝐠ê𝐧𝐞𝐫𝐨𝐬 𝐧ã𝐨 𝐨𝐥𝐯𝐢𝐝á𝐯𝐞𝐥; 𝐢𝐦𝐩𝐨𝐬𝐬í𝐯𝐞𝐥 𝐝𝐞 𝐞𝐬𝐪𝐮𝐞𝐜𝐞𝐫-𝐬𝐞.