Richard Ríos.🇨🇴
Estava há três horas rodando São Paulo inteiro com Endrick em busca de ovos dos ursinhos carinhosos.
Motivos: Noah, Gabrielly e Ana Júlia.
Depois de semanas ele descobriu que a gente parou de se falar, perguntou o motivo e me xingou porque disse que eu tô errado.
Ai de repente ela posta um negócio sobre o ovo e surge a ideia na cabeça do pequeno grande homem.
De início eu achava que ele ia comprar para ela, aí depois eu vi que eu ia comprar como pedido de desculpas??
Eu neguei, disse que nem morto, e ele fez questão de lembrar do Diego Costa.
Pensei melhor e cá estou, véspera de Páscoa indo para oitava loja da cacau show.
— Aí você leva um buquê e...— olhei incrédulo quando parei para prestar atenção — que?
— Buquê? É sério?
— é?— devolveu a pergunta e eu estalei a língua voltando a atenção na rodovia — dei flores para gabi no nosso segundo encontro.
— E o que ela fez, menino endrick?— ele deu os ombros e eu neguei —
— São histórias diferentes tá?— eu ri — confia no pai.
— Já tá sendo uma maluquice eu dar um ovo de Páscoa, imagina se eu chego com um buquê — estacionei—
— Qual o problema? Amigos se presenteiam—sorriu—
— não somos amigos —
— Ficantes— neguei— porque você é um otário, Richard.
— Você tem algum problema comigo e tá querendo falar? — perguntei e em seguida caímos na gargalhada —
— vocês ficam de doce, isso que me dá raiva.—
Nós descemos do carro e fomos direto para loja que estava com um grande movimento por ser a véspera do dia que todo mundo procura chocolate.
Ao chegar lá encontramos o que procurávamos.
Para nossa sorte eram as últimas unidades nas numerações das patroas e estavam sendo disputadas.
Endrick quase arrumou briga por um, já eu só fui para o outro, peguei o azul e já fui indo para o caixa enquanto duas mulheres que estavam indo buscar esse me olhavam querendo voar em mim.
Peguei primeiro, então é meu.
Paguei e esperei o bonitão decidir qual levaria para o irmão que exigiu cada detalhe do dele.
Quando ele pagou, a gente finalmente foi comer, as cinco e meia da tarde, porque a tarde inteira ficamos rodando em um carro e o máximo que comi foi uma batata murcha.
Se eu chegar lá e ela não gostar, eu juro que Endrick vira camiseta de saudade.
[...]
Deixei endrick em casa e vim para minha. Juan me chamou para sair, tomei banho e me arrumei para no fim de tudo ele desistir e abrir live.
Fiquei puto e fui dormir.
Ou tentar porque o adolescente me mandou mensagem perguntando se eu já tinha ido lá.
Eu esqueci completamente disso.
E eu to aqui, nove da noite, na frente do prédio.
Peguei a sacola no banco de trás, desci do carro, travei e fui até o portão.
O porteiro que ela odiava que estava lá e nem ligou, só falou para subir.
Por conhecer, talvez.
Subi, toquei a campainha e logo ouvi ela resmungar aparecendo logo em seguida.
Cabelo solto com umas ondas leves, o famoso pijama, a camisa que bate nas coxas do timinho dela com o nome do amiguinho atrás para piorar ainda mais.
Quando me viu arqueou a sobrancelha e ficou me olhando em silêncio e antes que ela cogitasse fechar a porta eu levantei a sacola e ela continuou me olhando.
Calada.
— É para você, estranha.— ela revirou os olhos e deu um sorriso de lado—
— eu estou ótima, obrigada — ignorou o que eu disse—
— não perguntei — ela me deu o dedo e pegou a sacola —
— Entra idiota — fiz careta e passei olhando para ela, roubei um selinho e levei um tapa — seus glúteos estão durinhos, minha mão até doeu.
— Eu vou ficar calado pra você não perder a linha — sentei no sofá — tem água?
— Só chá — eu olhei para ela, o silêncio se instalou e logo depois ela gargalhou — pega lá, não sou sua empregada.
Fui até a cozinha e peguei um copo enchendo em seguida com água gelada.
Fui dar meu primeiro gole, bati a cabeça no armário e quase me engasguei porque ela decidiu que era uma ótima ideia pular nas minhas costas.
— Como você sabia? — Senti a respiração no meu pescoço. Eu não sabia se tossia ou segurava a cabeça que estava latejando com a pancada — que foi? Tá passando mal?
Ela desceu e começou a bater nas minhas costas.
— De graça?— olhei para ela que começou a prender o riso — que foi?
— Eu vou pegar gelo — virou e eu ouvi ela rir baixo —
Olhei meu reflexo no micro-ondas e vi o calombo na testa.
— Obrigado, Ana Júlia. —
Ela riu e eu fui pra sala notando só agora que ela estava assistindo aqueles vídeos que faz barulho pra dormir.
Ela apareceu com uma bolsa de gelo, me entregou e foi na direção das pantufas.
Os minutos seguintes foram assim, eu com uma bolsa de gelo na testa e ela pulando manca com a pantufa no pé igual criança.
Gravei a cena e mandei para o adolescente que só conseguiu reparar no calombo da minha testa.
— É linda. Obrigada — apertou minha bochecha —
— parece você
— Eu sei, sou linda.
— Tô falando da cara de cu — ela fez careta —
— invejoso
E assim terminou um sábado, ela feliz com a pantufa enquanto assistia uma série besta agarrada comigo.
Continua...
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Inolvidável | 𝐑𝐢𝐜𝐡𝐚𝐫𝐝 𝐑𝐢os
Fanfiction𝐢𝐧𝐨𝐥𝐯𝐢𝐝á𝐯𝐞𝐥 𝐚𝐝𝐣𝐞𝐭𝐢𝐯𝐨 𝐝𝐞 𝐝𝐨𝐢𝐬 𝐠ê𝐧𝐞𝐫𝐨𝐬 𝐧ã𝐨 𝐨𝐥𝐯𝐢𝐝á𝐯𝐞𝐥; 𝐢𝐦𝐩𝐨𝐬𝐬í𝐯𝐞𝐥 𝐝𝐞 𝐞𝐬𝐪𝐮𝐞𝐜𝐞𝐫-𝐬𝐞.