ALIADO

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AVISO: O CAPÍTULO COMEÇA NA VISÃO DA MARI DEPOIS QUE CHAT A VISITOU 

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Assim que o Chat Noir foi embora, senti um alívio imediato. Deixei escapar um suspiro.

— Que gatinho chato... — murmurei, ainda sentindo a tensão diminuir. Pelo menos, consegui convencê-lo, mesmo que por pouco.

— Vamos, Mullo. Está na hora de entrar — chamei minha Kwami, voltando ao quarto.

Assim que entramos, o cenário me pegou de surpresa. Tikki estava voando em círculos pelo quarto, como se estivesse em uma corrida desenfreada.

— Tikki, o que está acontecendo com você? — Minha voz subiu um pouco, tentando controlar a situação. — Você deveria estar descansando! — Segui correndo atrás dela, sem entender o que se passava. — Segundo o Su-Han, você está bem doente... — Continuei correndo, tentando acompanhar sua velocidade. — Depois de todos esses anos, eu achei que você fosse mais responsável!

Mas logo o cansaço me venceu. Eu tropecei em algumas coisas espalhadas pelo chão e caí desajeitadamente. A dor foi leve, mas atingiu o local onde já tinha um hematoma, me fazendo soltar um gemido irritado.

— Tikki, venha aqui agora! — Ordenei, cerrando os dentes com a raiva que começava a subir. Finalmente, Tikki reduziu a velocidade e voou lentamente até pousar na palma da minha mão.

— Vai me explicar o que está acontecendo? — perguntei, esperando uma resposta convincente.

Tikki respirou fundo antes de começar:

— O Su-Han disse que a cura não havia surtido efeito, mas eu sabia que a magia poderia se manifestar de forma diferente com o tempo. Eu evoluí ao longo dos anos, mas a magia antiga sempre esteve comigo. O que estou tentando dizer é que estou me curando lentamente. Antigamente, a cura do Grão-Mestre era imediata, mas agora é um processo gradual. Pelo menos, é o que parece — explicou ela, ainda ofegante.

— E por que estava correndo pelo quarto? — perguntei, ainda sem acreditar no que tinha visto.

— Eu queria testar minha condição antes de te dar falsas esperanças — respondeu Tikki, com um tom de vulnerabilidade que eu raramente via. — Agora você poderá voltar a ser Ladybug, mas terá que esperar um pouco mais. Por enquanto, ainda precisará ser a Multimouse.

A felicidade explodiu dentro de mim. A ideia de voltar a ser Ladybug me encheu de alegria. Não que eu desgostasse de ser a Multimouse era empolgante, com menos responsabilidade e mais ousadia, mas a sensação de não poder reverter tudo no final era assustadora. Pensar que poderia surgir outro vilão como Caos, cujo objetivo era destruir a cidade, e eu não poder desfazer os danos me apavorava.

Saber que Tikki estava se recuperando me trouxe uma paz enorme. Sentei-me na cama, ainda segurando minha Kwami nas mãos, e fiz um carinho em sua cabeça. Agora, eu podia descansar um pouco mais tranquila. Deitei-me na cama, decidida a dormir mais cedo para não me atrasar no dia seguinte.

No entanto, na manhã seguinte, acordei em um pulo, já com a sensação de estar atrasada. Me vesti rapidamente e saí correndo, sem nem lembrar de pegar meu moletom. Só peguei uma caixa com doces da padaria para lanchar. Cheguei à escola com cinco minutos de folga. Respirei fundo, aliviada, mas exausta.

Foi só então que percebi que meu relógio estava adiantado em dez minutos. Eu ainda tinha quinze minutos até o início da aula. Soltei uma risada nervosa. Pelo menos, dessa vez, não me atrasei.

Tava indo para a cantina comprar um café, notei o Adrien indo para a sala com aparência cansada parecia que não dormiu a noite inteira. Acho que está na hora de devolver um favor. Vou na cantina comprei um café e vou para a sala

Miraculous: Além do HeroísmoOnde histórias criam vida. Descubra agora