Capítulo 33

118 6 40
                                    

— Hum... — Anahí se espreguiçou manhosamente, ainda de olhos fechados. Um sorriso surgiu em seus lábios antes mesmo de abrir os olhos, enquanto os flashes da noite anterior brincavam em sua mente. Seu corpo estava deliciosamente dolorido, como uma lembrança viva de tudo que haviam vivido na noite anterior, e mesmo assim, ela sorria, sentindo um calor gostoso de contentamento se espalhar por todo o seu ser. O som rítmico do coração de Alfonso batendo debaixo de sua orelha trazia uma sensação de paz e segurança, uma batida constante que a fazia ter a certeza de que poderia ficar ali para sempre.

— Bom dia. — Ele murmurou com a voz baixa, rouca de sono, ainda de olhos fechados. Anahí se encolheu mais nos braços dele, sentindo o toque suave das mãos dele acariciando distraidamente sua barriga, como se fosse um gesto inconsciente de carinho. Quando ele abriu os olhos, os dele encontraram os dela, em um verde ainda quebrado pelo sono, um olhar de serenidade misturado com satisfação. — Você está com uma carinha ótima. — Alfinetou, o sorriso malicioso dançando nos lábios. — Cara de quem foi bem comida.

— Eu não trocaria seu romantismo por nada nesse mundo. — Ela retrucou com um sorriso irônico, revirando os olhos, mas não conseguindo esconder o brilho divertido que tomou conta deles. Ele riu baixinho, o som vibrando em seu peito, e inclinou-se para dar um beijo leve nos lábios dela, um gesto de ternura que contrastava com suas palavras provocativas.

— Você me adora do jeitinho que sou, não é? — Provocou ele, enquanto a olhava de forma cúmplice, o sorriso dele se suavizando.

— Sim. — Admitiu Anahí, e a sinceridade em sua voz fez Alfonso hesitar por um breve momento. O sorriso nos lábios dele se ampliou de forma involuntária, como se as palavras dela tivessem acendido algo dentro dele, deixando o coração dele deliciosamente acelerado.

Ela se inclinou na direção dele, os olhos se fechando suavemente enquanto seus lábios se encontravam novamente em um beijo que começou suave, mas logo se tornou mais profundo. O corpo dela se estreitou ao dele, buscando aquele calor familiar, o coração batendo em um ritmo tranquilo, mas cheio de uma intensidade silenciosa. O beijo era um reflexo de tudo que eles compartilhavam: a paixão, a provocação, e a profunda conexão que os unia. Quando finalmente se separaram, Anahí manteve os olhos fechados por mais um segundo, como se quisesse guardar aquele momento por mais um instante. A sensação de segurança e contentamento a envolvendo maravilhosamente, e ela sorriu contra os lábios dele antes de abrir os olhos e encontrá-lo a observando com uma expressão de amor que era incontestável.

— Eu adoro quando você faz isso. — Ele sussurrou, a voz baixa, quase reverente, enquanto acariciava o rosto dela com o polegar, como se estivesse memorizando cada traço. Ela riu suavemente, aninhando-se ainda mais nos braços dele.

— Eu também. — Murmurou de volta.

Os lábios de Alfonso traçaram uma rota de beijos pelo maxilar delicado de Anahí, cada toque carregado de uma sensualidade despretensiosa, mas que fazia o coração dela acelerar em antecipação. Quando os lábios dele alcançou o pescoço dela, seus beijos se tornaram mais lentos e profundos, despertando uma inquietação deliciosa que percorria seu corpo. Ela sentiu os dedos dele tocarem suavemente seu seio, quase como se o movimento fosse casual, despretensioso, mas o efeito foi imediato. O toque leve fez com que ela arquejasse, o peito se erguendo ligeiramente em direção à mão dele, ansiando por mais.

Os mamilos de Anahí ficaram instantaneamente túmidos, sensíveis ao toque, e ela ofegou, o ar escapando de seus lábios em um som suave, enquanto Alfonso capturava sua boca em um beijo profundo e possessivo. Cada movimento de seus lábios contra os dela era um lembrete da conexão intensa que tinham, misturando desejo e amor em um só gesto. Ela sentiu o calor subir pelo corpo, uma onda de prazer começando a se formar com cada beijo e toque. Alfonso parecia perceber o efeito que estava causando nela, e seus dedos se moveram com mais determinação, explorando os contornos de seu corpo com uma familiaridade que a deixava ainda mais excitada. A respiração de Anahí se tornou mais pesada, os gemidos suaves escapando de sua garganta enquanto suas mãos se enterravam nos cabelos dele, puxando-o mais para perto, sem conseguir resistir ao desejo crescente que a consumia.

Em nome da dor - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora