Capítulo 21

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“Eu saí procurando por um anjo, então você veio até mim, minha querida."

Angels — Chase atlantic

— Como você se sente hoje? — perguntei a Aaron assim que entramos no carro para ir à academia. 

Ele jogou o celular no apoio do carro e percebi que seu humor não estava dos melhores; ele já brigou com Apollo e Nicolau hoje na mesa sobre algo relacionado a não poder acessar seus cartões de crédito e que precisava de dinheiro. 

— Acho que nunca recebi tantas perguntas assim como agora — ele disse, olhando pra mim — mas eu tô bem, relaxa. Eu vou cumprir minha promessa, angel, e você vai? 

Fiz que sim. Maldita seja a hora que aceitei beijá-lo simplesmente para o garoto parar de fumar. 

Seus lábios se esticaram levemente.

— Ótimo — o carro ganha velocidade assim que ele toma o controle; Aaron nunca mais acelerou o carro quando descobriu o meu trauma de velocidade, isso era uma evolução. 

Ele para o carro faltando muito para chegar à academia e eu fico sem entender por que ele parou tão longe. Então, ele se vira pra mim; seus olhos brilhavam e eu engoli em seco.

— Tá pronta para cumprir sua promessa? — perguntou, o nervosismo me inundou. 

— Agora? — perguntei insegura. 

Aaron ergueu uma sobrancelha. 

— Temos mais privacidade aqui, não acha? Ou você está desistindo? 

Fiz que não com a cabeça. 

— Tudo bem, um beijo e você para de fumar? 

Ele fez uma cara pensativa e, depois de um tempo, assentiu. Eu realmente faria isso? De qualquer forma, já estava feita a burrada. 

— Trato feito. Eu sempre cumpro minha palavra, pode confiar — não senti confiança. 

— Certo — falei sem jeito. 

— Posso te beijar então? — quis confirmar. 

Balancei a cabeça. 

— Senta no meu colo — ordenou ele, fiquei em transe. 

— O que? — Ele se aproximou de mim e tirou o cinto que estava ao meu redo.

Minha respiração estava presa na garganta, e seu rosto ficou bem próximo do meu, fazendo nossos olhares ficarem fixos um no outro. Tudo o que vi na minha frente foi um banho de azul safira. 

— Eu quero que você sente no meu colo para o beijo ser melhor, não acha? — Seu hálito de menta soprou no meu rosto.

Assenti, Aaron me puxou para cima dele, colocando-me em seu colo. Ele ajeitou para que eu ficasse de frente para ele, com minhas pernas de cada lado do seu corpo, bem ao redor do seu quadril, do jeito que podia em um carro. Meus dedos agarraram seus ombros enquanto ele apertava minhas coxas sobre a legging cinza. Eu fiquei imóvel, não sabia o que deveria fazer ou dizer. Eu sabia como se beija, e a gente já fez isso, mas vocês entenderam.

Aaron puxou o meu rosto para ele e tomou os meus lábios. Foi a melhor sensação da minha vida; sua língua entrelaçou-se com a minha, dando vibrações por todo o meu corpo.

O seu beijo nunca era carinhoso, nem mesmo quando nos beijamos pela primeira vez; era profundo, obsceno e sensual.

Intensificando o beijo, ele agarrou o meu cabelo e me puxou mais contra o corpo dele. A outra mão envolveu a minha cintura. Parecia que eu estava ardendo em febre. Cada vez que ele parava de me beijar e voltava, era mais intenso, mais profundo. Eu soltei uma arfada de prazer quando ele me esfregou contra ele, fazendo eu sentir o quanto ele me queria. Aaron parou de me beijar.

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