Olá! Meu Deus, o trabalho tem sido uma loucura e tem me impedido de escrever tanto quanto gostaria. Por isso, só conseguirei atualizar esta fanfic duas vezes por semana, às segundas e sextas-feiras. Espero que ainda tenham paciência para acompanhá-la! Desde já, muito obrigada pela leitura!
Ah, e para esclarecer a leitura deste capítulo, que pode parecer um pouco confuso: destaquei os trechos das cartas de Miranda em negrito e sublinhado, na esperança de facilitar a leitura. Cuidem-se e tenham uma ótima semana!
Assim que as meninas partiram, Andrea foi tomada por uma sensação sufocante. Com passos hesitantes, ela se deixou cair no sofá do escritório, apoiando a cabeça entre as mãos. Já fazia meses que o cansaço parecia mais pesado do que o habitual. Porém, "cansaço" não era a única palavra que descrevia o que ela sentia; a confusão também a envolvia diariamente. Era como aquela sensação estranha de acordar de repente de uma soneca no meio de um domingo à tarde — aquela que deveria durar apenas alguns minutos, mas que se estendeu por horas, transformando o dia em noite e então você luta para lembrar onde está e o que está acontecendo. Mas, no caso de Andrea, essa sensação não sumia em minutos; ela a acompanhava o tempo todo, como um véu constante de desorientação.
Até a visita de Caroline e Cassady parecia irreal. Se não fosse pelo envelope branco repousando sobre a mesa, Andrea poderia jurar que as gêmeas Priestly haviam sido apenas parte de um sonho. Ah, o envelope, lembrou-se Andrea de repente, erguendo o olhar em direção ao objeto. Cartas de Miranda.
Andrea genuinamente não sabia o que estava sentindo. Por mais que tentasse focar no envelope sobre a mesa e no que ele representava—palavras de Miranda, alguém de quem não tinha notícias há muito tempo—não conseguia evitar a ansiedade crescente, ao ponto de sentir náuseas. De repente, como sempre acontecia, flashes do seu último encontro com Miranda invadiram seus pensamentos, obrigando-a a se levantar e encher um copo com água.
A escritora terminou a água em poucos segundos, sentindo-se um pouco mais presente e com pensamentos menos caóticos. Andrea queria ler aquelas cartas como há muito tempo não desejava por algo, mas... ela sabia que não estava pronta, pelo menos não naquele momento. Sem pensar duas vezes, pegou o casaco que estava pendurado na cadeira, jogou o envelope junto com suas coisas dentro da bolsa e saiu a passos largos do escritório.
No caminho até o elevador, Andrea parou na mesa de Elisa:
"Elisa, cancele todas as minhas reuniões e remarque para os outros dias da semana. Não estou me sentindo bem e estou voltando para casa."
Elisa assentiu rapidamente enquanto ajustava a agenda de Andrea no computador.
"Só me ligue em caso de extrema urgência. Até amanhã."
"Até amanhã, senhorita Sachs. Melhoras."
Já dentro do elevador, Andrea se sentiu aliviada por não ser mais uma assistente e poder se dar o luxo de tirar um dia de descanso. Ser a chefe tinha seus privilégios. Ainda assim, ela sabia que, apesar de tudo, passaria a noite trabalhando.
Ao chegar em casa, Andrea foi direto para o banho. Debaixo do chuveiro, a jornalista sentiu seu corpo doer por tensão muscular. Com a água na temperatura mais quente, Andrea fechou os olhos e deixou que os seus pensamentos voltassem para o dia estranho que teve. Nem em seus sonhos mais mirabolantes a jornalista poderia imaginar que Miranda voltaria para a sua vida, especialmente através de suas filhas. O que estaria escrito naquelas cartas?
Desde sua partida de Paris, Andrea nunca se atreveu a contatar Miranda. Ela tinha a absoluta certeza de que a editora-chefe jamais desejaria vê-la novamente. Andrea havia abandonado Miranda em um momento muito delicado, durante uma das semanas mais estressantes de trabalho, e, é claro, no meio de um pedido de divórcio feito por telefone.
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Cartas de Miranda
FanfictionPassaram-se três anos desde que Andrea decidiu abandonar seu cargo como assistente pessoal de Miranda. A saída da jovem não apenas abalou profundamente Miranda, mas também a fez perceber, tarde demais, que estava apaixonada por Andrea. No entanto, o...