Capítulo 20

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Mais um capítulo que não recomendo a leitura em público!

Nos vemos em breve, até (:


Foi como se Andrea tivesse ficado momentaneamente sem sentidos. Seu corpo experimentou uma carga tão grande de adrenalina e prazer, que no momento que ela atingiu o orgasmo, tudo o que viu foi um infinito breu.

De olhos fechados, a jornalista se deixou levar pelo relaxamento causado pelo sexo, sabia que deveria abrir os olhos, dizer alguma frase, dar um sinal de que estava bem, mas seu corpo ainda precisava de tempo para voltar ao presente.

Andrea sentiu Miranda voltar para o sofá e sentar novamente ao seu lado, e então abriu os olhos. Foi recebida por uma Miranda de cabelos desgrenhados, com resquícios de maquiagem e coberta apenas pela calcinha e sutiã. Era a personificação da luxúria, e trouxe, como em um passe de mágica, energia para o corpo de Andrea.

Completamente nua e após ter Miranda Priestly entre as suas pernas, Andrea já não tinha mais vestígios de insegurança em si mesma, desta forma, foi novamente de encontro ao corpo de Miranda, a boca se colando ao pescoço da mais velha. Ali, Andrea se demorou por alguns minutos beijando, mordiscando e chupando a pele sob os seus lábios.

"Não deixe marcas." - pediu Miranda com dificuldade, em seguida, sentiu o sorriso de Andrea se formar contra a sua pele. A jovem não deu uma resposta, tão pouco parou os movimentos com a boca. Miranda decidiu não insistir no pedido, afinal, ela tinha várias echarpes em seu guarda roupa, ela conseguiria dar um jeito.

Foi então que o corpo de Andrea se afastou e seus olhos encontraram os de Miranda:

"Minha cama é mais confortável que esse sofá."

Andrea se levantou, e sem vergonha alguma da própria nudez, estendeu a mão para Miranda com um sorriso nos lábios. Um pouco atônita, a editora pegou a mão de Andrea e se permitiu ser guiada até o quarto.

Não houve tempo ou oportunidade para que Miranda desse atenção ao cômodo onde Andrea dormia, pois estava ocupada demais sendo consumida pela jornalista, seu corpo colado ao da jovem.

A morena não se preocupou em acender a luz, a claridade lá fora era suficiente para que as duas pudessem se ver, ainda que naquele instante, ambas estivessem mais ávidas pelo tato.

Delicadamente, Andrea guiou Miranda até que ela estivesse próxima da beirada da cama.

"Deite-se," - pediu Andrea contra os seus lábios. Miranda olhou por cima do ombro, se dando conta apenas naquele instante que havia uma cama atrás de si.

Uma vez na cama, Miranda puxou o próprio corpo mais para cima, para que estivesse próxima da cabeceira e houvesse espaço suficiente para ela e Andrea.

A morena ainda estava em pé, olhando para Miranda como se ela fosse a sua primeira refeição em semanas. Miranda nunca havia visto aquele olhar e expressão no rosto da jornalista.

Então, lembrando que ainda estava usando lingerie, Miranda colocou os dedos na borda da calcinha e fez menção de tirar a peça, mas ouviu Andrea a repreender:

"Não, deixa que eu faço isso."

"Então venha para a cama." - falou Miranda com uma voz que imaginava ter saído como ordem, mas soou mais como uma súplica.

Ainda que quisesse continuar admirando o corpo de Miranda, Andrea sabia que precisava de mais do que apenas o ver, precisava desesperadamente sentir novamente a pele de Miranda contra sua.

Andrea subiu na cama colocando primeiro os joelhos e então ficou de quatro, em seguida engatinhou até Miranda e se posicionou inteiramente acima da mulher mais velha.

Cartas de MirandaOnde histórias criam vida. Descubra agora