Capítulo 37

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Aviso
*Contém cenas fortes de violência.
Se for sensível, não leia.

*Não revisado

[...]

Yoongi

Talvez eu esteja muito errado em deixar algo tão importante nas mãos de alguém que eu não confio. Mas não consigo negar nada para Nina. Como também, não é como se tivéssemos opções. A verdade é que Jackson, por mais que tenha feito tudo que fez, é a nossa única chance de conseguir trazer os meninos de volta.

Ouvir a voz do meu irmão, saber que ele e o Jungkook estão feridos e com tempo contado, me desperta um sentimento de ser insuficiente. Eu jurei cuidar do Jungkook, tanto quanto sempre cuidei dos meus pestinhas, mas eu não consegui manter os dois seguros. A culpa é uma merda.

Mãos pequenas tocam meu braço, viro minha cadeira em direção a pessoa, já sabendo ser minha pequena. Lindos olhos, antes alegres, me olham triste e sem vida nesse momento. Nina vinha mudando, estava radiante até os meninos serem levados, trazendo de volta toda a tristeza e medo que tinha em seus olhos quando a vi naquele quarto de hotel. Levanto minha mão, tocando de leve seu rosto, levo meu braço a sua cintura, trazendo ela com cuidado para meu colo. Entrelaçando seu corpo com o meu, sentindo um suspiro demorado em meu pescoço, onde ela aconchega seu rosto. Beijo seu cabelo, sentindo ela ali.

De todas as maldades que já comete, dos crimes e mortes que tenho na minha extensa lista de delitos, não me acho digno de ter alguém tão doce e inocente como ela na minha vida. Mesmo sabendo disso, eu ainda não posso ficar sem ela. Eu sabia que colocando ela na minha vida, meus inimigos usariam ela contra mim, eu sabia que teria riscos, até tentei me negar... Mas como eu poderia? Eu não sou nada sem ela, Nina já é minha outra metade, ela se tornou antes mesmo que eu percebesse.

- Será se vai dar certo? - Ela sussurra, depois de longos minutos ali, me trazendo de volta do meu desvaneio. Deixo mais um beijo em seu cabelo, apertando ela contra mim.

- Eu vou trazer eles pra casa. - Acaricio suas costas, tocando sua pele por baixo do moletom três vezes maior em seu corpo, provando que ela visitou meu lado do closet. - Vai ficar tudo.

- Não se machuque, eu não posso lidar com mais nada... Só traga meus meninos e não se machuque. - Ela pediu.

- Eu não tenho controle sobre isso, pequena. - Falo, sentindo ela endurecer um pouco.

- Me prometa. - Ela arruma seu corpo no meu colo, afastando para olhar em meus olhos. - Fará de tudo para voltar inteiro pra mim.

Solto um sorriso amarelo, beijando a pontinha do seu nariz. - Se te deixa tranquila, eu vou fazer o possível.

- Melhor mesmo, eu só quero todos vocês bem, meus meninos e você. Minha família. - Meu coração dispara ao ouvir o final. Minha família. É isso, eles chegaram do nada e agora fazem parte da minha família.

- Eu vou buscar os meninos e nossa família logo estará junta outra vez. - Puxo ela para meu peito mais uma vez, abraçando seu corpo e sentindo seu perfume leve.

[...]

Algumas horas passaram, até agora nada. A partir do momento que tivermos a localização, planejamos agir de forma rápida e eficaz. Uma equipe está aguardando ordens, meus melhores capangas, todos bem treinados. Iremos todos, exceto por Jin. Ele ficará com as meninas e o Tae. É arriscado, já que temos um infiltrado, por esse motivo não esclarecemos os fatos, já que assim reduz os riscos da notícia chegar ao meu alvo principal.

Uma busca rápida, já sei tudo sobre a vida de Lee Minho. Descobri coisas interessantes sobre o suposto pai da minha menina, um suposto não tão suposto, já que Jeon Yejin antes se chamava Lee Yejin. Pelo jeito, Jackson não foi tão mentiroso quanto julguei ser.

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