Capítulo 36

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Aviso
Contém cenas de violência.
Se for sensível, não leia.

*Não revisado.

[...]

Jackson

- Achei. - Levanto a cabeça ao ouvir uma voz estranha.

Desde que Yoongi saiu inesperadamente, estou sendo mantido aqui. Meus braços doi, não menos que minha cabeça. Os lugares aonde levei golpes não me incomodam tanto quanto o local do golpe que me apagou está. Na minha frente, mesmo que minha visão esteja meia embaçada, vejo homens com capuz cobrindo os rostos. Todos com armas em punhos, um deles se aproxima de mim, soltando meu corpo, me preparando para o impacto, caindo de bunda no chão.

- Seu pai está te esperando, senhor - Um deles fala, me ajudando a levantar do chão.

Com dificuldade, mas orgulhoso demais para aceitar ajuda, caminho em direção ao carro blindado no meio do jardim dos Min's. Ao entrar no carro, ouço barulho de tiros. Ainda atordoado pelos ferimentos, lembro que meus possíveis irmãos estão aqui.

- Quem estava na casa? - Pergunto, procurando uma posição confortável no banco de couro do carro.

-São adolescentes dando trabalho. Vai logo Rick, o chefe o aguarda. - O homem informa, batendo a porta do carro na minha cara

Em silêncio, tento pensar o mais positivo possível. Talvez meu irmão não esteja lá, muito menos minha irmãzinha. Mal os descobri, não posso perder eles. O caminho foi rápido, mal desço do carro em frente a mansão do meu pai, sou puxado em direção ao escritório dele. E lá está ele, tão frio e sem sentimentos como sempre foi, meu pai se aproxima. Poderia esperar um abraço, qualquer coisa parecida que um pai faria para um pai normal, um pai de verdade... Mas a minha recepção não é das melhores. Um tapa forte acerta meu rosto do lado esquerdo, o ardor vem imediatamente, junto com o ódio que sinto revirando o meu estômago.

- Não sei onde errei para ter um filho tão fraco como você, Lee Jackson. É vergonhoso como foi fácil pra eles conseguir te levar. - Ele fala com desgosto. Me fazendo sentir mais ódio, se fosse possível, já que esse sentimento está em mim a anos. - Sua sorte foi que eu precisava de uma distração e ter reféns para desestabilizar e conseguir assumir seu lugar é minha melhor escolha, se não. Você estaria morto agora. Morto pelo mesmo homem que levou sua mãe.
- Reféns? - Falo, travando os dentes pela dor e raiva.

- Não dou ponto sem nó. Trate de cuidar desses ferimentos. Mesmo fraco, você é ainda meu filho. Mesmo achando melhor deixar o meu legado para Minho.

- Você sempre se importou mais com ele. - Digo, sem pensar.

- Ele não é fraco como você.

Ouvimos uma batida na porta. Engulo minha raiva, meu irmão mais novo. Esse que é como meu pai se aproxima de mim. Vejo seu olhar percorrer pelos meus ferimentos, devo estar péssimo pela sua expressão.

- Você está horrível, cara. Papai disse que traria você pra nós, fico feliz em te ver. - Meu irmão me abraça, por cima do seu ombro, vejo nosso pai nos olhar com desgosto. Meu irmão se afasta, olhando para nosso pai. - Dois dos três adolescentes estão sendo encaminhados para o local que você não quis me dizer, qual a próxima ordem? - Me atentei ao ouvir meu irmão dizer.

- Quero eles vivos. Livrarei deles no momento certo. - Ele fala.

- Quem são eles? - Pergunto, coração a mil. Mesmo que não seja meu irmão, eu conheço os gêmeos Min desde de bebês, não quero imaginar eles nessa situação.

- Um dos gêmeos, o outro acho que é o cunhado... Jun... Junkok. Algo assim. - Puta merda, E agora? O que faço? Não posso dar bandeira, mas não ficar sem fazer nada.

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