Capitulo 14: baiacu filha da puta meo

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15/05/95 | Nathi Pov's

Eram 11:30 e os meninos chegaram para almoçar. A baiacu ficou bem na dela, até estranhei. Nós ficamos conversando enquanto o almoço não saia.

— Vou no banheiro — A baiacu fala depois de tagarelar 20 minutos sobre um assunto muito "interessante"

— Graças a Deus — Samuel fala depois de ela sair — Não sou de falar mal dos outros mas...

— Não é de falar mal dos outros? Ce quase faz a caveira de meio mundo em uma hora de conversa comigo! — eu digo.

— Cala a boca Nathi — ele limpa a garganta — como eu ia dizendo, não sou de falar mal dos outros, mas a Ísis é insuportável demais.

— Por que ce convidou ela, hein japonês paraguaio? — Sérgio disse dando um soquinho leve no braço dele.

— Ela é minha namorada gente, e outra, ela já tava me cobrando

— Voltei — no mesmo instante que ela chega todos reviramos os olhos e bufamos, menos Alberto. — como eu tava falando.

— Pode calar a boca por favor? — eu falo.

— Que?

— Pode calar a boca? Ninguém mais aguenta esses teu papos chatos! Se poder deixar outras pessoas falarem agradeço, desde que você chegou ninguém fala mais merda nenhuma.

— Melhor você... — ela diz se levantando e vindo em minha direção, mas por algum motivo ela respira fundo e se senta de novo, mas dessa vez fica quieta.

• • •

Finalmente o almoço ficou pronto. Me sirvo e me sento pra comer, e acabo comendo igual uma morta de fome. Acho que esse foi meu erro.

Tava apimentado. Eu sou totalmente alérgica a pimenta, três pitadas já é o suficiente para eu desmaiar, cinco eu já vou pra vala. Dinho não ia botar pimenta sabendo que eu sou alérgica.

Sinto minha garganta fechar e começo a tossir. Tenho certeza que a baiacu que botou essa porra na comida, ela sabe da alergia. Por enquanto ninguém havia percebido que eu estava passando mal.

— Dinho... tem pimenta aqui? — Sérgio fala em choque.

— Que? Eu odeio minha irmã mas não quero matar ela — ele prova um pouco do macarrão. — oxi, tá com gosto apimentado mas eu não coloquei de certeza.

Começo a tossir mais ainda e ficar pálida, até que finalmente os meninos olham pra mim.

— Vão me deixar morrer aqui?? — falei com muita dificuldade porque já não estava respirando direito. Quando os meninos perceberam todos vieram ao redor da minha carteira

— Nathi tá tudo bem?? — Dinho fala preocupado, mas eu não respondo — alguém pega água rápido!! — ele grita e Alberto vai até o bebedouro e pega, eu tomo mas ainda não passa. Eu comi quase metade do prato

— Que merda por que você tem que ser tão esfomeada! — Dinho diz desesperado enquanto estava tossindo muito.

— Dinho não adianta você dar broncas agora! Ela vai morrer porra — Samuel diz assustado, o coitado tava tremendo

— NÃO ME ASSUSTA NÃO PELO AMOR — Ele diz desesperado — NATHI NÃO MORRE PELO AMOR DE DEUS — ele diz me sacudindo.

É, eu acho que minha hora de ir de arrasta chegou. Eu já não conseguia nem tossir mais, eu caí da cadeira quase sem forças.

𝐕𝐎𝐆𝐔𝐄 𝐆𝐈𝐑𝐋 , 𝖡𝖾𝗇𝗍𝗈 𝗁𝗂𝗇𝗈𝗍𝗈 Onde histórias criam vida. Descubra agora