Adelheid, determinado a entender a origem das perturbações que assolavam Lydia, decidiu se aproximar da floresta que cercava a casa. O ambiente ao redor parecia se tornar mais denso e opressor a cada passo que ele dava em direção às árvores, como se a própria natureza estivesse impregnada por uma presença maligna. As sombras se tornavam mais intensas, e as vozes que antes ecoavam pela casa agora pareciam emanar diretamente da floresta, sussurrando palavras indecifráveis, carregadas de ódio e desespero.
Vultos nebulosos começavam a surgir ao redor de Adelheid, movendo-se entre as árvores com uma velocidade e fluidez que desafiavam as leis da física. Criaturas sem forma definida, mas com uma presença inegavelmente maligna, espreitavam de todos os lados, esperando o momento certo para atacar. No entanto, Adelheid não se abalava. Seu olhar firme e inabalável demonstrava uma confiança inquebrantável. Ele permanecia parado, observando a movimentação ao seu redor, como um predador à espera de sua presa.
Então, como se seus pensamentos fossem uma convocação silenciosa, os demônios começaram a se manifestar. As sombras tomaram forma, revelando criaturas grotescas, com olhos brilhando em vermelho e corpos deformados pela malícia. Eles avançavam em direção a Adelheid, cercando-o em uma tentativa de intimidá-lo, suas presenças carregadas de malevolência.
Mas Adelheid, com sua habitual confiança e orgulho, não se impressionava. Ele permaneceu imóvel, seus olhos fixos nas criaturas que o cercavam. A escuridão ao seu redor parecia dobrar-se à sua vontade, reconhecendo a força que emanava dele. Para Adelheid, esses demônios eram apenas mais um obstáculo em sua missão, e ele estava preparado para enfrentá-los, independentemente do quão terríveis pudessem parecer. Ele sabia que aquela floresta estava infestada por seres do outro mundo, mas também sabia que eles não eram páreo para ele.
Adelheid, ao perceber que os demônios não recuariam, sacou sua espada com um movimento fluido, e a lâmina cortou o ar, reluzindo como a única luz naquela floresta escura e maldita. Ele avançou contra as criaturas com uma maestria que beirava o sobrenatural, seus movimentos rápidos e precisos, transformando a escuridão em um campo de batalha onde ele reinava absoluto.
Cada golpe de sua espada parecia rasgar a própria escuridão, emitindo um brilho metálico que iluminava brevemente os arredores antes de mergulhá-los novamente na penumbra. Os demônios, mesmo com sua aparência ameaçadora e vozes demoníacas, eram cortados e despachados um a um com uma precisão quase coreografada. Adelheid se movia como um dançarino mortal, cada passo calculado, cada movimento de espada meticulosamente planejado.
O som dos tiros de sua arma ecoava pela floresta, cada disparo iluminando o caminho com um clarão que cortava a escuridão. Ele alternava entre a espada e a arma com uma facilidade impressionante, como se estivesse orquestrando uma sinfonia de destruição. Para Adelheid, aquilo era mais do que uma simples batalha era um espetáculo, uma exibição de suas habilidades que o fazia se sentir vivo e no controle total da situação. Ele sorria entre um golpe e outro, claramente se divertindo com o desafio que aquele caso representava.
Dentro da casa, Lydia observava a cena com os olhos arregalados, o coração acelerado. Ela podia ver os clarões das lâminas e os tiros iluminando a floresta através das janelas, e ouvia os gritos das criaturas que ecoavam no silêncio da noite. O medo e a preocupação apertavam seu peito, mas ela também sentia uma estranha sensação de alívio ao ver a confiança e a habilidade de Adelheid em ação. Ele parecia estar em seu elemento, lutando contra o mal que assombrava sua casa com uma destreza quase sobrenatural.
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The Syzygy
Spiritual**The Syzygy** é uma história épica que segue a jornada de dois irmãos gêmeos, predestinados a um propósito maior: encontrar e reunir guerreiros extraordinários que carregam joias misteriosas, cada uma simbolizando uma cor única. Esses guerreiros, u...