The Syzygy

Capítulo 42 - O ataque do Dark Angel

Adelheid correu desesperadamente pelos corredores frios e metálicos do complexo subterrâneo, a respiração pesada e o coração batendo como um tambor em seus ouvidos. A luta entre Kayn e o Vasto Lorde ecoava atrás de si, o som metálico das espadas se chocando e os rugidos demoníacos reverberando pelas paredes, mas ele não podia se deter. A única coisa que importava agora era encontrar Veronica, a irmã que ele acreditava estar perdida para sempre.

Ele atravessava a imensidão daquele local, seus olhos varrendo as fileiras intermináveis de cápsulas, cada uma contendo uma figura humana. A luz fria refletia nos vidros, projetando sombras distorcidas que pareciam se mover com vida própria. Cada passo aumentava sua angústia, cada cápsula que ele examinava e não encontrava Veronica fazia seu desespero crescer.

Finalmente, em um canto mais afastado, ele a viu. Veronica estava lá, submersa em um líquido viscoso dentro de uma cápsula de vidro imponente, seu corpo flutuando inerte, pálido e frágil, como se estivesse adormecida em um pesadelo do qual não poderia escapar. Adelheid sentiu um aperto no peito, a visão de sua irmã tão vulnerável acendendo uma fúria e uma determinação feroz dentro dele. Ele não deixaria que ela fosse uma vítima desse lugar maldito.

Ao se aproximar da cápsula, seus olhos rapidamente analisaram o painel de controle ao lado, buscando desesperadamente uma forma de abrir a câmara sem causar dano. Suas mãos correram pelos botões e alavancas, mas nada parecia funcionar. Ele tentou forçar a abertura manual, mas a cápsula não cedia. Então, ele viu a etiqueta na parte inferior, com o nome "Projeto Legião" impresso em letras nítidas e ameaçadoras. Algo sobre aquele nome fez seu estômago revirar, mas ele não tinha tempo para pensar nisso agora.

Ignorando a etiqueta e qualquer implicação sombria que pudesse ter, Adelheid equipou suas manoplas de fogo, sentindo o calor abrasador que emanava delas. Seus olhos se fixaram na cápsula, e ele soube que só havia uma maneira de tirá-la de lá. Com toda a força, ele desferiu um soco brutal contra o vidro, que tremeu e se rachou levemente. Sem hesitar, ele repetiu o golpe, uma, duas, três vezes, cada impacto ressoando por todo o local como trovões.

O vidro finalmente cedeu, rachando-se completamente em uma explosão de fragmentos e uma torrente de água fria. Veronica caiu desamparada nos braços de Adelheid, seu corpo molhado e trêmulo. Mas enquanto ele a segurava, uma fumaça negra e densa emergiu da cápsula, envolvendo-os em uma nuvem sufocante e venenosa. Adelheid inalou profundamente aquela fumaça antes que pudesse reagir, sentindo-a queimar seus pulmões e se espalhar por todo o seu corpo como veneno líquido.

A fumaça era espessa e sinistra, quase viva em sua malevolência. Seus olhos ardiam, e ele sentiu uma dor lacerante invadindo seus músculos, como se cada célula de seu corpo estivesse sendo corrompida por uma força estranha e maligna. Ele cambaleou, ainda segurando Veronica firmemente em seus braços, lutando para sair daquela nuvem tóxica. Cada segundo que passava parecia uma eternidade, o peso da fumaça o pressionando, drenando suas forças.

Finalmente, Adelheid conseguiu se afastar da nuvem, seu corpo caindo pesadamente de joelhos enquanto ele tossia violentamente, tentando limpar os pulmões daquele veneno. Ele sentia como se estivesse sendo consumido por dentro, uma escuridão crescente tomando conta de sua mente e corpo. Seus braços ainda envolviam Veronica, que estava inconsciente, mas viva. Ele a segurou com cuidado, tentando ignorar a dor lancinante que agora pulsava por todo o seu ser.

Enquanto recuperava o fôlego, Adelheid olhou para Veronica, sua expressão suavizando-se por um momento. Ela estava pálida, mas respirava. Isso era tudo que importava. Ele a aninhou em seus braços, protegendo-a como se fosse a única coisa que ainda o ligava à sanidade naquele inferno.