The Syzygy

Capítulo 14 - Oraculo

Adelheid e Ruby atravessam o imponente portão que se abre lentamente, revelando uma casa que mais parecia um templo. O ambiente era sagrado, com a arquitetura reminiscente de uma catedral, seus arcos altos e vitrais coloridos refletindo a luz do sol em padrões caleidoscópicos. A atmosfera era carregada de uma aura solene, quase sufocante, e enquanto eles caminhavam, sentiam o olhar pesado de inúmeros padres e sacerdotes que se reuniam ao longo do caminho.

Cada passo ecoava pelo chão de mármore polido, e o silêncio absoluto fazia com que cada movimento parecesse amplificado. Os rostos ao redor deles mostravam um misto de medo, espanto e desconfiança. Ruby, que costumava ser destemida, sentia um frio na espinha ao perceber a intensidade daqueles olhares. Adelheid, por outro lado, mantinha sua postura firme e determinada, mas até ele estava desconfortável com a hostilidade velada que emanava dos religiosos.

Eles caminharam por corredores longos e majestosos, decorados com tapeçarias e estátuas de anjos e santos, até que finalmente chegaram a uma grande porta de madeira trabalhada. Adelheid hesitou por um momento, trocando um olhar significativo com Ruby, antes de empurrar a porta e entrar na sala.

A biblioteca era vasta, com prateleiras que se estendiam até o teto, repletas de livros antigos e tomos sagrados. No centro da sala, iluminado pela luz suave que filtrava através das janelas altas, estava um homem de aparência angelical. Ele tinha a pele pálida, a barba rala e ruiva, e cabelos que caíam até os ombros. Seus olhos brilhavam com uma serenidade quase sobrenatural, e havia algo em sua presença que exalava poder e tranquilidade ao mesmo tempo.

Adelheid e Ruby pararam, surpresos pela figura diante deles, que parecia emanar uma luz própria, quase como se fosse uma entidade celestial. O homem levantou a cabeça lentamente, seus olhos fixando-se nos dois.

"Adelheid e Ruby..." ele disse, sua voz suave e gentil, mas carregada de uma autoridade inegável. "Sem vergonha, podem se aproximar. Meus seguidores não vão fazer nada."

Aquelas palavras, ditas com tanta confiança e serenidade, quebraram a tensão que pairava no ar. Adelheid e Ruby trocaram um rápido olhar de alívio misturado com curiosidade antes de avançarem em direção ao homem. A tensão nos ombros de Ruby diminuiu um pouco, e Adelheid, embora ainda alerta, sentiu que havia algo seguro na presença daquele homem, algo que prometia respostas, talvez até proteção.

Ao se aproximarem, o homem os observava com um olhar conhecedor, como se já soubesse tudo sobre eles. Adelheid, sempre cauteloso, manteve sua postura rígida, mas havia uma faísca de reconhecimento em seus olhos. Ruby, por sua vez, ainda estava absorvendo o ambiente, tentando entender o porquê de tanto medo e reverência por parte dos sacerdotes.

O homem sorriu levemente, um gesto quase imperceptível, mas reconfortante. "Sejam bem-vindos ao Templo do Grande Senhor. Há muito que precisamos discutir."

Suas palavras deixaram no ar um misto de mistério e expectativa, e tanto Adelheid quanto Ruby perceberam que estavam prestes a entrar em um território desconhecido, onde as respostas que buscavam poderiam ser mais complexas do que imaginavam.

Adelheid

Sabia q viriamos então, Senhor....