030. um dia de trégua.

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Na manhã seguinte, Seo-jun desceu para o café do hotel já em alerta, preparado para as pequenas provocações que, ele sabia, Hyun-a lançaria de forma absolutamente casual ─ como uma arma secreta devastadora, mas usada com uma habilidade irritante

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Na manhã seguinte, Seo-jun desceu para o café do hotel já em alerta, preparado para as pequenas provocações que, ele sabia, Hyun-a lançaria de forma absolutamente casual ─ como uma arma secreta devastadora, mas usada com uma habilidade irritante.

Quando a viu, sentada à mesa, ele teve que se segurar. Hyun-a estava absolutamente estonteante em um conjunto preto de saia e camiseta, meia-calça fina e botas de cano alto que chamavam a atenção sem esforço algum. Ela parecia estar pronta para dominar o mundo ou, talvez, apenas o coração de todo o restaurante. Ela era perdição até mesmo para os turistas, que vinham a Busan para relaxar, mas que claramente estavam muito mais interessados na figura que era Cho Hyun-a.

Seo-jun aproximou-se, puxando a cadeira e tentando se controlar, mantendo um ar casual. Afinal, ele era um idol; sabia controlar suas emoções, sabia lidar com pressão. Certo? Mas ali estava ela, destruindo completamente essa crença, como se não passasse de uma pedra em seu caminho.

Hyun-a mal levantou o olhar quando ele se acomodou, apenas acenou brevemente com a cabeça, de um jeito que dizia: "Ah, você está aqui? Que conveniente." Ela estava concentrada em algo no celular, um pequeno sorriso afetuoso brincando nos lábios pintados de um tom que parecia querer torturá-lo. Seo-jun, por um momento, sentiu uma leve curiosidade misturada com algo que ele não queria admitir. Por que aquele sorriso era tão… genuíno?

Ele tentou desviar a atenção, focar-se no café da manhã ─ pelo menos, era o plano inicial. Até que finalmente a curiosidade (ou ciúme) venceu. Ele pigarreou, adotando um tom casual, mas o ciúme escapou em uma pontinha:

━━ Hum… Quem te mandou mensagem tão cedo assim? Você parece… feliz.

Hyun-a ergueu o olhar sem qualquer traço de afetação, o que só tornava a situação mais irritante e adorável ao mesmo tempo. Ela deu um risinho leve, como se ele tivesse feito uma pergunta previsível, quase infantil.

━━ Minha irmãzinha ━━ respondeu, voltando os olhos para a tela. ━━ Ela está te mandando beijinhos virtuais, caso queira saber ━━ ela disse isso com um ar tão natural que, se ele não fosse Seo-jun, teria soltado um gritinho de felicidade ali mesmo. Hyun-jung, a temida irmã caçula de Hyun-a, a fã mais ferrenha dele, o aprovava!

Ele sentiu as bochechas aquecerem levemente, mas logo tentou controlar a expressão, mordendo um pedaço de pão como se fosse o assunto mais irrelevante do mundo. Só que ele adorava ─ amava! ─ saber que tinha conquistado, de alguma forma, a aprovação de Hyun-jung. Ele queria manter o ar de superioridade, mas, no fundo, sua mente criava cenários épicos nos quais ele e Hyun-a formavam um casal e, claro, Hyun-jung era a fã número um do relacionamento.

Mas o devaneio foi interrompido quando ele percebeu algo estranho acontecendo na mesa ao lado. Um homem, claramente um turista alemão, talvez uns quinze ou vinte anos mais velho, olhava Hyun-a de um jeito tão descarado que ele quase perdeu o apetite. O sujeito parecia enfeitiçado, com olhos que brilhavam como se tivesse descoberto o Santo Graal. O problema? Seo-jun tinha certeza absoluta de que aquele "Santo Graal" era a mulher à sua frente.

❛ 𝐓𝐑𝐔𝐄 𝐋𝐎𝐕𝐄 ❜ ፧ han seo-jun [²]Onde histórias criam vida. Descubra agora