31. implorando por uma chance.

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Na noite seguinte, Hyun-a deslizava graciosamente pelo caminho de pedras do jardim, os passos decididos e firmes, as mãos nos bolsos do casaco elegante enquanto o vento frio de outono soprava em torno dela

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Na noite seguinte, Hyun-a deslizava graciosamente pelo caminho de pedras do jardim, os passos decididos e firmes, as mãos nos bolsos do casaco elegante enquanto o vento frio de outono soprava em torno dela. Seo-jun, por outro lado, caminhava atrás feito um cãozinho perdido, tentando parecer casual, mas tropeçando a cada dois passos por não conseguir desviar os olhos dela. Era como assistir a uma deusa inatingível em sua rotina diária. Ele até havia tentado racionalizar ─ é só uma volta no jardim, Seo-jun, respira, você consegue ─ mas nada era simples com Hyun-a.

Para ele, ela parecia a personificação de uma força da natureza. O jeito que os olhos dela analisavam o jardim como se avaliasse cada detalhe... ou melhor, o jeito que ela o ignorava, enquanto ele a seguia, quase tropeçando nas próprias pernas como um fã desajeitado. Ela sequer havia o convidado para acompanhá-la, mas ele estava ali, fiel e determinado, como se fosse sua missão particular. Quanto mais ela o deixava de lado, mais ele se sentia atraído.

Como pode alguém ser tão indiferente?, pensou ele, enquanto apertava o passo para não perdê-la de vista.

Hyun-a, é claro, estava ciente da presença incômoda e insistente atrás de si. Podia sentir o olhar de Seo-jun cravado em cada movimento seu, e uma parte dela até se divertia com a situação. Mas o quê, afinal, ele estava esperando que ela fizesse? Virar-se e chamá-lo para um abraço romântico sob a luz das estrelas? Obviamente, ele ainda não havia compreendido que ela não era uma personagem de drama romântico.

Ela se virou ligeiramente, encontrando o olhar obcecado de Seo-jun, que a encarava como se ela fosse uma miragem que pudesse desaparecer a qualquer momento.

━━ Está tudo bem com você, Seo-jun-ssi? ━━ perguntou ela, com um leve arquear de sobrancelhas. A expressão dela transmitia uma mistura de curiosidade e leve descrença, como se estivesse diante de alguém prestes a dar um vexame em público.

Seo-jun tentou disfarçar, forçando um sorriso que mais parecia uma careta. É agora. Seja homem, Seo-jun. Controle-se. Ele engoliu em seco, tentando acalmar a respiração, mas já era tarde. A confissão saiu quase como um sussurro:

━━ Você me enlouquece.

Hyun-a franziu as sobrancelhas de uma forma que qualquer pessoa com um mínimo de discernimento interpretaria como: "Eu já vi muitos tipos de malucos, mas você definitivamente se supera."

Seo-jun sentiu a frieza do olhar dela percorrer cada centímetro da sua pele, como uma análise impiedosa da sua sanidade mental. Se fosse qualquer outra pessoa, teria se encolhido e dado meia-volta. Mas ele era Han Seo-jun. E, bom, estava irremediavelmente obcecado.

━━ Desculpa… isso foi… ━━ ele tentou justificar, mas as palavras estavam emaranhadas na garganta. Sentia-se um completo idiota, mas a sensação era quase embriagante.

Ele sabia que não deveria, mas não conseguia evitar imaginar os sortudos Harry, Peter e Steve, seus ex-namorados, todos homens que já haviam beijado aqueles lábios, segurado aquelas mãos e, por algum tempo, até acreditado que a tinham conquistado. Ah, aqueles miseráveis não fazem ideia da sorte que tiveram, pensou, enquanto sentia uma pontada de inveja amarga.

❛ 𝐓𝐑𝐔𝐄 𝐋𝐎𝐕𝐄 ❜ ፧ han seo-jun [²]Onde histórias criam vida. Descubra agora